Algumas ideias sobre o investimento de risco, minha carteira de ETFs na Avenue e como isso pode afetar minhas decisões futuras
Leitores do blog sabem que iniciei, pelo “cansaço Brasil”, uma carteira de investimentos no exterior. Fiz estudos sobre ETFs, mostrei as vantagens em usar a Remessa Online para fazer o câmbio e a transferência do dinheiro para a corretora Avenue e decidi, por otimização de meu tempo, aportar apenas em um fundo que engloba vários ETFs, facilitando o gerenciamento da carteira.
Pretendo finalizar o assunto “carteira de investimentos no exterior” com esse texto, compartilhando algumas reflexões com vocês. Antecipo que decidi, ao invés de apenas um ETF na Avenue, uma mínima diversificação para ter a liberdade de investir o percentual que desejo em renda fixa e renda variável. Explico adiante qual e o porquê.
Exposição em renda variável
Durante toda minha jornada para a independência financeira, o investimento em ativos de risco, excluindo os primeiros anos onde aprendia sobre o assunto, esteve sempre presente. Ações de empresas, com certeza, eram as protagonistas. Mesmo na renda fixa, sempre preferi títulos longos (maiores riscos de marcação a mercado no período até o vencimento) e, posteriormente, as debêntures (riscos de crédito).
Claro que nunca me expus demasiadamente em um ou outro ativo. O gerenciamento de risco, sempre presente através da alocação de ativos e regular rebalaceamento, sempre me impediu de fazer grandes bobagens.
Porém, uma dúvida que pode surgir para quem já avançou um pouco mais no conforto financeiro na experiência de mais de 11 anos de aposentadoria antecipada é: o quanto ainda vale se expor a riscos? O que tenho pensado para minha carteira de ETFs na Avenue?
William Bernstein
Neurologista e teórico financeiro, William Bernstein é autor de um best-sellers das finanças: “The four pillars of investing“. Uma de suas frases mais marcantes é:
Quando você ganha o jogo, pare de jogar com o dinheiro de que realmente precisa”
É uma frase de impacto, embora, à primeira vista, não pareça. Evoca várias questões para reflexão. Quanto de dinheiro eu realmente preciso? O “saldo” do dinheiro deve ser importante apenas para uso em minha vida ou devo deixar herança abundante para os filhos?
Repare que essas questões podem clamar por várias ramificações. Arriscar-se em possuir uma herança maior para os filhos pode fazer com que você fique mais pobre em vida prejudicando seus filhos em uma idade na qual eles mais precisam de você.
Além disso: o que é “jogar”? Afinal, ações de empresas são papéis que, teoricamente, o protegem da inflação. A renda fixa, talvez, possa trazer mais riscos com problemas de crédito (inclusive de governos com graves problemas fiscais) e desvalorização pela inflação (com suas máquinas de impressão de dinheiro trabalhando intensamente).
Podemos ainda extrapolar o raciocínio inverso: se você possui uma boa margem e gasta anualmente menos de 2% de seu portfólio, você possui ainda uma boa segurança. Não deveria usar suas habilidades para gerar mais riquezas para a sociedade? Por que parar de jogar? Para ter mais tempo para sua família, talvez?
Gerenciamento de risco: sempre ele
São perguntas difíceis de responder com um grau de certeza que se sobreponha a variáveis como contexto socioeconômico, escolha correta dos ativos na carteira de investimentos, especificações familiares de cada pessoa e aos diferentes objetivos que possuímos na vida.
O que é certo é que tenhamos um conceito bem arraigado na mente: gerenciamento de risco, tão comentado aqui no blog, possui uma importância maior do que qualquer indicador fundamentalista ou técnico.
O interessante no estudo de tais conceitos é que seus parâmetros podem mudar com o tempo. Na criação da carteira de ETFs na Avenue, passei a pensar mais na frase de William Bernstein, associando com a dúvida que possuo hoje na sustentabilidade dos preços das ações no exterior. Como diz o neurologista:
Comecei a entender esse ponto há 10 ou 15 anos, mas agora estou convencido: quando você ganhou o jogo, por que continuar jogando?
O quão arriscadas as ações são para um determinado investidor depende de qual parte do ciclo de vida ele ou ela está. Para um investidor mais jovem, as ações não são tão arriscadas quanto parecem. Para a meia-idade, elas são muito arriscadas. E para uma pessoa aposentada, elas podem ser fundamentalmente tóxicas.
Será que esses ativos vão subir indefinidamente? O quão esse gigantesco estímulo monetário, principalmente dos EUA, é defensável? Até quando essa inflação de ativos vai durar? Mesmo a valorização do dólar perante as moedas mundiais, é sustentável?
Adiciono essas reflexões com minha situação financeira atual. Quem me acompanha por aqui, talvez se lembre que minha TNRP (taxa necessária de remuneração do portfólio) para esse ano está em 2,8%. Isso é, eu preciso de uma rentabilidade de 2,8% anuais para que o patrimônio caia a metade nos próximos 40 anos (estou hoje com quase 49).
Supondo que meus cálculos estejam corretos e não ocorra nenhum desastre financeiro mundial e no Brasil, a pergunta é: será que vale a pena arriscar demais em renda variável na carteira de ETFs na Avenue, com todas as dúvidas expostas? Será que não é hora de ser um pouco mais conservador, mesmo que isso impeça rentabilidades maiores?
A carteira de ETFs na Avenue
Quem acompanhou meus estudos de ETFs no exterior viu que cheguei à conclusão de que iria investir, ao menos inicialmente, em apenas um ativo: o AOA, o qual abriga cerca de 80% de sua carteira em renda variável.
Apesar de ser uma carteira diversificada, comecei a achar que isso seria excessivo, em resposta a todas as dúvidas que estou com o mercado acionário, principalmente no exterior. Pensei em investir no exterior, nessa classe de ativos, mais ou menos o mesmo percentual que invisto em minha carteira de investimentos no Brasil: cerca de 30%, subindo lentamente conforme eu ficar mais seguro nesses vieses (até porque a renda fixa no exterior paga bem menos que a brasileira).
Porém, não gostaria de diversificar demais, justamente porque não pretendo aumentar meu tempo destinado ao gerenciamento dos investimentos. Assim, resolvi adicionar na carteira de ETFs na Avenue, para esse ajuste, apenas mais um ativo ao lado do AOA: o AOK.
O AOK possui em sua carteira os mesmos ativos do AOA, porém, com percentuais diferentes. Ele investe, como meta, 30% em renda variável, com um rebalanceamento semestral. Hoje está com 15% do IVV (ações USA), quase 10% em IDEV (ações mercados desenvolvidos) e 3,5% em IEMG (ações de mercados emergentes).
O AOA está, atualmente, alocado 41% em IVV, 26% em IDEV e 9% em IEMG, além de quase 5% em ações mid e small caps, perfazendo um total de 83% de exposição em renda variável.
Mas qual o sentido, afinal, de comprar o AOK e não apenas o AOA e outro ETF de renda fixa? Justamente pelo rebalanceamento ativo semestral que ambos possuem. Além de também não precisar fazer a gestão de duas estratégias diferentes. Controlo apenas o percentual de ambos na carteira de ETFs na Avenue.
Fazendo um balanço teórico entre AOK e AOA, é possível ter a composição desejada:
Assim, por enquanto, ao menos ter uma visão mais clara do futuro e poder responder mais honestamente todas as questões feitas nesse texto, resolvi manter a proporção em renda variável no exterior apenas um pouco acima daquela que possuo aqui no portfólio tupiniquim: 40%. Ao menos até a entrada de novas variáveis na equação.
E, provavelmente, vou acrescentar mais um ETF de ouro para me proteger da desvalorização do dólar e um pequeno percentual de um ETF de criptomoedas, quando estiver disponível nos EUA.
E você, como responderia às provocações realizadas dada sua situação pessoal? Vale a pena arriscar mais? Qual sua intenção financeira? Compensa gastar mais seu tempo procurando mais rentabilidade? Ou o presente já está bom o suficiente para aproveitá-lo melhor?
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Boa tarde. Que excelente trabalho.
Ter apenas o AOR, não será mais prático que balancear entre AOK + AOA?
Obrigado, Anon! Sim, essa era uma possibilidade, mas que não me permite trabalhar com os vieses em percentual na renda fixa e variável. Por exemplo, desde o final do ano passado, estou concentrando mais em AOK do que AOA, porque estava achando que o mercado acionário mundial, principalmente os USA, estavam meio inflados. Isso permitiu em trabalhar com o “viés” de ter menos alocação em renda variável. Se eu investisse apenas no AOR, esse percentual seria sempre constante. Escolhi essa opção porque ainda estou envolvido no mercado financeiro. Se, um dia, decidir sair de vez mesmo, nada impede que eu… Leia mais »
Muito bom
Obrigado, Anon!
Olá, André! Estou fazendo simulações semelhantes às suas para definir minha carteira de aposentaria de forma que seja o mais simples e eficiente possível. Estou chegando à mesma conclusão que você sobre as inúmeras vantagens das carteiras prontas da Black Rock e combinações possíveis entre essas duas em específico. Sobre o percentual de combinação entre AOA e AOK para a meta de renda variável escolhida, não será que cometeu um equívoco? Porque AOA tem 80% renda variável e 20% renda fixa; já o AOK, tem 70% RF e 30% renda variável (acredito que tenha feito os cálculos considerando que AOK… Leia mais »
Olá, Juliana!
Olha, eu vi seu comentário ontem e perguntei: será? Daí fui conferir, procurei para ver se havia tido alguma modificação recentemente e não achei nada. Conclusão: acho que errei mesmo nesses valores. Fiquei surpreso, pois sempre avalio com atenção números de alocação, e não sei o que me deu na cabeça. Deveria estar bem avoado no momento que escrevi o post ou pensando em algo diferente. Vou corrigir sim, com certeza!
Muito obrigado pela sua observação e sucesso nas suas alocações! A simplificação nos dá melhor qualidade de vida, né?
Abraço!
Belo post, André. Abri minha conta na Avenue recentemente e pretendo usar os novos aportes mensais lá, mantendo o que tenho na XP sem mexer. Nesse caso, para quem está começando agora na Avenue e ainda está em fase de expansão da carteira e do patrimônio e não apenas a gestão (ou seja, ainda estou jogando rs), entendo que deveria começar com aportes maiores em AOA e menores em AOK, certo? Pretendo aportar em torno de 5k mensais por lá. Abraço!
Parabéns pela decisão!
A divisão dos aportes em AOA e AOK vai depender exclusivamente do percentual de renda variável que deseja em sua carteira no exterior. Os ativos que eles investem são os mesmos, só mudam os percentuais.
Então, essa divisão vai depender de seu perfil, risco, prazo e, talvez, algum viés se a renda variável lá fora está esticada demais ou não, concorda?
Excluindo considerações que desconheço, entretanto, o que vc disse tem sentido. Se ainda tem um longo prazo de acumulação, a probabilidade de se fazer mais dinheiro é com o AOA, sem dúvida!
Abraço!
Excelente post André.
Forte abraço!
Obrigado, Danilo!
Abração e boa semana!
Olá Andre. Achei seu post e idéia simples desalavancada e inteligente e são geralmente idéias simples que funcionam e te tomam menos tempo. Como alternativas ou complementos a esses dois etfs analise outros que compõe uma mistura de renda fixa americana, opções de indice americano e stocks tais como DMRL, FCO e SWAN que eu acredito que acrescentarão no seu proposito. Abs
Olá, Marcos! Seja bem-vindo!
Antes de se decidir pelo AOA, eu fiz várias simulações de carteira nesse post, acredito que não viu. Usei vários ETFs.
Porém, não pretendo sair dessa classe de investimentos, pois o que venho escrito aqui no blog é que desejo diminuir meu tempo de gerenciamento com o portfólio. Você pode ter mais detalhes nesse texto, onde explico melhor esse objetivo.
Abraço, obrigado pelo comentário e volte sempre!
Ótimo post André.
Parabéns.
Forte abraço!
Obrigado, Danilo!
Abração!
Ótimo texto. Entendi que o objetivo do aumento da alocação em renda fixa nos EUA foi diminuir a exposição a riscos nesse cenário de incerteza no mercado americano/global.
Mas ainda fiquei com a seguinte dúvida: esse objetivo não poderia ser atingido aumentando apenas sua alocação de renda fixa no Brasil?
Afinal, a rentabilidade da renda fixa no Brasil é maior que a americana e penso que deixar sua alocação de renda fixa toda no Brasil não impediria o rebalanceamento da carteira geral.
Luiz, o investimento no exterior busca ter uma segurança fora do Brasil. Esse é o objetivo principal: cair fora de nosso risco-país. Logo, não faria sentido em investir em renda fixa aqui.
Porém, uma vez enviado o dinheiro com esse objetivo, aí entra a análise que você fez na primeira frase.
Lá fora não estou buscando rentabilidade propriamente dita, e sim diminuição de riscos.
Abraço!
Fala Dom André! Eu tenho como meta internacionalizar minha carteira em 80%. No longo prazo (10 anos, que é onde pretendo começar a usufruir) acredito que será mais rentável e protegida, afinal dólar é dólar, e Real (Brasil) não é para amadores. Lá fora, via Avenue, optei pelo ETF VT – 90% (RF Global) e o ETF SHV – 10% (Tesouro USA). Preferi ETFs separados para poder dosar mais livremente as % entre eles, cfme mais perto do usufruto chegar. No Brasil (20% da carteira) vou investir 60% via fundos de ações e 40% em RF (Selic, Dbture Vale, IPCA+,… Leia mais »
Fala Dom Eder! Eu não sei se pretendo chegar a tanto, mas penso em um percentual em torno de 50%, incluindo ativos dolarizados brasileiros. Mas é claro que tudo depende de como as coisas vão acontecendo em nosso país. Se eu sentir algum risco de intervenção, algo do gênero, aumento rapidamente esse percentual. Você procurou simplificar bem a carteira com apenas esses dois ETFs. Eu também estou com dois no momento (AOA e AOK), mas, apesar do AOA ter somente 80% em renda variável (e ela é o destaque de alta recente), ele vem performando melhor do que a combinação… Leia mais »
Interesting, my friend! Não conhecia esse site de comparação. Muito bom! A comparação entre o VT puro e o AOA puro tem pouca diferença no LP: CAGR 11,94% x 11,40%), sendo que AOA tem menos vol (visto ter aprox 20% em bonds/caixa) e por consequência sharpe melhor (0,75 x 0,85). Realmente AOA eh uma opção mais segura que entrega quase a mesma coisa. Vou reavaliar. Valeu! Abraço.
Dom Andre, uma pergunta… Na parte Brasil vai focar mais em qual carteira? ETFs, FoF da Vitreo? Vai aos poucos direcionar para uma só ou continuar balanceando entre todas as carteiras? Como está a % entre suas carteiras hoje? Vai aos poucos direcionar para uma só ou continuar balanceando entre todas as carteiras? Abraço!
Olá, Dom Eder! Boa pergunta! Como eu tenho apenas um curto histórico de rentabilidade de todas as carteiras, ainda não dá para tomar decisões definitivas. O objetivo final seria a melhor escolha entre rentabilidade e menor tempo, mas gostaria de, ao menos, um histórico de 3 a 5 anos para começar a fazer movimentos mais profundos. Hoje, estou procurando diminuir a exposição da carteira ativa (que ainda contém mais de 50% do total) para as demais. E, na carteira de fundos, ir colocando nos FOFs, que estão com boa performance até então (ainda mais considerando o “sossego” nos investimentos). Mas… Leia mais »
Pois é, Dom André. Estava bem inclinado a alocar minha parte Brasil no FoF Melhores Fundos. Mas eles vem fazendo uns movimentos estranhos devido a “capacity e estratégia”. As explicações deles nos relatórios de mudanças no portifólio estão mais com cara de passar uma conversa do que convicção efetiva. E hoje veio a notícia de que o BTG comprou o grupo Universa (Empiricus/Vítreo e afins). Fico receoso de “aguarem” o FoF com viés de interesses do nosso chefe, e todo aquele movimento de mercado 3.0 acabar sendo mais um canto da sereia (grandes chances). No final do dia, os velhos… Leia mais »
André,
Eu penso que dá para arriscar uma pequena parte do capital como você está fazendo.
Mesmo com o jogo ganho, são novos investimentos e novos conhecimentos. Eu faria algo parecido.
Abraços,
Sim, Rosana! Por enquanto, não penso em aumentar esse 1/3 clássico que invisto em ações. Se considerar os FIIs como renda variável, esse valor já sobe para quase 50%. Acho que está bom rsrs
Abraços!
Quando você ganha o jogo, pare de jogar com o dinheiro de que realmente precisa” Esta frase talvez seja a mais importante frase FIRE que poucos levam em consideração. A maioria rí daqueles que investem a grande maioria do patrimonio em renda fixa, mas se pegarmos hj uma NTN_B pagando 4,5%aa REAL, sua TRNP vai ser mais de 3,5%aa. Pronto, para que arriscar no cassinão da B3 se o jogo tá ganho? Por que? Simplesmente pela ganancia humana de nunca estar satisfeito com o que tem e sempre querer mais e mais. Se vc conseguir se livrar disto viverá em… Leia mais »
Olá, Leandrinho! Obrigado pelo comentário.
Pensando apenas em rentabilidade, você está certo. Mas, em gerenciamento de risco, não concordo.
No exemplo que deu, todo o patrimônio estaria nas mãos de políticas públicas brasileiras. Isso é um risco tremendo tratando-se do histórico brasileiro. Cada pedacinho de minha alocação procura conciliar riscos e retornos de uma forma adequada.
Abraços!
Não digo tudo mas uma boa parte. Qual o risco? De quebra do Brasil e calote da divida publica? Acho que se isto acontecer como estará o Ibov, empresas, CDbs, debentures, dolar, infalcao?
Leandrinho, mais ou menos.
Se o Brasil quebra, o dólar vai para as nuvens, em uma direção totalmente contrária. As ações de empresas devem cair, mas elas são ativos tangíveis, vão continuar existindo. Já os títulos do governo, vão para próximo de zero.
Ou seja, são riscos totalmente diferentes.
Bom dia André. Eu concordo com você. Você está numa situação já confortável e aposentado financeiramente. Você tem uma vantagem em relação aos demais que estão correndo para a IF.
com essa posição conservadora você pode aproveitar oportunidades que podem ocorrer de novo como ocorreu em março de 2020. Grande abraço
Obrigado pela opinião, Gustavo!
Estou tendendo a, ao menos, manter meu % histórico em RV. Achei mais de 80% do AOA muita coisa.
Abração!
Parabéns pelo post, ótima estratégia essa de balancear os dois ETFs para conseguir a porcentagem que você quiser. Se não me engano existe ETFs que mudam a porcentagem de renda variavel ao longo do tempo automaticamente, eles vão alocando menos em renda variavel a medida do tempo, só não lembro quais ETFs exatamente.
Sobre os ETFs serem sediados nos estados unidos, você não se preocupa com o imposto sobre herança que pode chegar a 40%? Isso pode comprometer metade do teu patrimônio na hora de passar para os herdeiros.
Olá Anon! Obrigado!
Eu não conheço esses ETFs. Mas é meio estranho… Faria sentido se você aportasse no seu início quando era jovem e carregasse até o final da vida. Mas quem aporta no meio de sua existência vai pegar um % em RV médio? Teria que entender esse decaimento em RV ano a ano para entender melhor.
Agora no começo não pretendo ultrapassar o limite para ser enquadrado no imposto de herança, pois faço mudanças no portfólio aos poucos. Depois, vou entrar com uma estratégia diferente.
Abraço!
Poderiam me explicar melhor esse limite? Qual seria a estratégia?
Leonardo, abaixo de 60k você não paga imposto nenhum sobre herança. Depois entra em uma tabela progressiva, onde o imposto pode chegar a 40%. Para US$100mil, por exemplo, você pagaria 22% do excesso ($40mil), ou seja, $8.800. Esse imposto equivale a de cerca de 8% que é cobrado em alguns estados brasileiros. Para SP, como o imposto é de 4%, o valor em dólares que equivaleria a ele é de uma carteira com US$80mil. Você pode, entretanto, começar a transmitir a herança em vida para seus filhos ou abrir uma conta da patroa lá fora e direcionar seus rendimentos para… Leia mais »
Olá, Andre! Manter uma conta conjunta JTWROS com a esposa não resolveria a questão de forma mais simples? Olha a informação que consta no próprio site da Avenue: A conta conjunta oferecida pela Avenue Securities é do tipo Joint Tenants With Rights of Survivorship (JTWROS) – estrutura norte-americana na qual cada parte tem igual direito aos ativos da conta. Cada parte também tem o direito de “sobrevivência” (right of survivorship) – pelo qual o(s) coproprietário(s) sobrevivente(s) automaticamente absorve(m) a parcela da conta do coproprietário falecido em decorrência de sua morte, sem a necessidade do processo de inventário. (https://avenue.us/faq/conta-conjunta/) Grande abraço e parabéns pelo… Leia mais »
Olá, João! Obrigado! Então, essa conta “facilita” a sucessão, mas não impede o pagamento do percentual devido na herança. O imposto deve ser pago de qq jeito. Há pessoas que passam por cima disso, transferindo o dinheiro para outra corretora, etc. Eu não sei até que ponto isso pode dar algum xabu, se um dia formos nos EUA, etc. Essa foi minha primeira alternativa. Agora, penso em fazer a abertura em vários CPFs (meu, minha esposa, filha, filho, etc… Aí, teríamos, em conjunto, uma parcela maior de saldo não tributável e o processo de inventário nem existiria, pois cada conta… Leia mais »
ola andré, se não me engano esses ETFs são reservados aos residentes americanos, tem no blackrock, são feitos para ter 1 só ETF a aportar a vida toda.
para a aposentadoria
Olá, Benjamin!
Na verdade, não, já estou com eles na carteira. Pesquisei antes com pessoas que mexem bastante com o assunto ETFs nos EUA e já ouvi bons comentários desses produtos.
Abraço!