A dúvida entre comprar fundos de índices como ETFs ou ações individuais persistem entre os investidores iniciantes.
Veja as vantagens e desvantagens a partir de um podcast do Bastter e uma sugestão de carteira em ETFs e fundos de índice.
Sou um assíduo ouvinte de podcasts. Eles são ótimos para passar o tempo enquanto estamos em atividades sem concentração. Um dia desses, enquanto corria na esteira, uma publicação do Bastter pareceu interessante: investimentos no exterior e as vantagens e desvantagens da escolha de ações individuais sobre a compra de ETFs, os fundos de índice passivos de renda variável.
Mas o conteúdo decepcionou: ele falou apenas das vantagens das escolhas das ações individuais. Mas o pior é que não precisava também proferir tantas bobagens contra os ETFs. Ficou devendo muito uma análise honesta sobre os pontos positivos e negativos de ambos.
- As desvantagens apontadas dos ETFs (e a ausência de vantagens)
- 1) É possível investir em ações no exterior através de ETFs no Brasil?
- 2) Investir em ETFs é uma forma de diversificar sua carteira?
- 3) É fácil escolher “boas” empresas e realizar uma boa diversificação?
- 4) Fundos de investimentos não batem ETFs?
- Exemplo de uma carteira de ETFs bem diversificada
- Enfim, ETFs ou ações?
As desvantagens apontadas dos ETFs (e a ausência de vantagens)
O podcast foi apresentado por um tal de Huoya que insistiu em várias frases prontas (e falsas) para reforçar o seu ponto de vista. No fundo, ao invés de falar sobre ETFs ou ações, parecia mais interessado em fazer com que os clientes usassem as corretoras estrangeiras e enviassem dinheiro através da Remessa Online, a qual o Bastter possui, como esse blog, vouchers de desconto com uma comissão embutida.
Não é feio oferecer links afiliados. Porém, se o site deseja manter sua independência e credibilidade junto aos leitores, precisa ser honesto nos argumentos oferecidos a eles. Aqui, regularmente é feita uma comparação entre a Remessa Online e seus concorrentes, certificando-me de que é a melhor escolha para enviar dinheiro ao exterior, sem forçar a barra. Clique abaixo para checar, se houver interesse.
O podcaster afirmou que investir em ETFs no Brasil não significa investir em empresas do exterior, pois o dinheiro fica aqui, além de que os fundos de índices não são uma forma de diversificação. Com a arrogância característica do pessoal do Bastter, disse que é “muito fácil” escolher boas empresas. E, ao final, ampliou seu repertório de bobagens quando compara a gestão ativa de fundos de investimentos ativos com fundos passivos como ETFs.
Vamos analisar cada uma das tolices e depois criar uma carteira adequada caso você pense em aventurar-se no mundo dos ETFs.
1) É possível investir em ações no exterior através de ETFs no Brasil?
Segundo o amigo da Bastter não, apesar de termos ETFs que seguem índices de bolsas americanas, os quais você pode comprar aqui mesmo, através de seu home-broker. Os mais famosos são o IVVB11 e SPXI11, que representam o índice S&P 500. Veja uma lista completa dos ETFs disponíveis no Brasil e os índices que seguem.
Mas para ele, investir nesses papéis não é investir no exterior. Não seria forçar a barra argumentar que, por não tirar o dinheiro do Brasil não estamos investindo em empresas lá fora? É claro que estamos investindo no exterior! Os estrangeiros também não investem no Brasil através de papéis de empresas brasileiras negociadas em Nova Iorque?
O argumento honesto: investir em ETFs ou ações das empresas?
Dizer que, quem não compra as ações diretamente de uma corretora no exterior não está investindo no exterior é algo superficial e leviano. Argumentos melhores seriam:
- É possível investir em ativos no exterior através de ETFs negociados no Brasil pelo seu home-broker como os fundos passivos de ações americanas IVVB11 ou SPXI11. A vantagem seria clara: não é necessário enviar dinheiro para fora e você pode controlar mais facilmente seus investimentos.
- Você, entretanto, não retirando seu dinheiro do Brasil, estaria sujeito ao risco-país. Se ocorrer algo mais drástico, o que você possui são papéis, e poderiam ser confiscados pelo governo brasileiro. Essa seria a desvantagem maior.
- Em relação às taxas, há vários cenários possíveis. Você precisa computar as taxas de transferências, de câmbio (spreads) e a administração de cada fundo ou corretora. Fiz uma pesquisa privada há uns dois anos e não vi vantagem nas taxas lá fora, computando todas as variáveis. Ultimamente, tem aparecido novas opções de investimentos no exterior através da Vítreo.
Ou seja, há cenários para debates, algo que o podcaster não apresentou nem de longe. Fica claro que seu intuito era fazer apenas com que o cliente usasse seu cupom de afiliação e não ajudar, realmente, as pessoas a decidirem entre ETFs ou ações individuais.
2) Investir em ETFs é uma forma de diversificar sua carteira?
O moderador da Bastter também fica um bom tempo batendo no dilema entre ETFs ou ações dizendo que os primeiros trazem uma falsa sensação de diversificação. Como assim?
O investimento nos ETFs possuem várias desvantagens, como por exemplo, no Brasil, o pagamento de imposto de renda sobre os dividendos das empresas. Quando temos ações individuais, os recebemos livres de impostos, mas nos ETFs, eles são incorporados às cotas, o que faz que, no dia do resgate, eles sejam tributados.
Porém, não está entre as desvantagens a “falsa sensação de diversificação”. Na verdade, você está muito bem diversificado, dentro daquele conjunto de ativos. Depende, entretanto, de como você monta sua carteira da investimentos: para diversificar entre categorias diferentes, podemos escolher vários ETFs.
Por exemplo, você pode dividir a alocação de ações no Brasil entre o BOVA11, BOVX11 (lançado pela XP em junho de 2021) ou ainda, o BOVV11, o mais barato com taxa de administração de 0,10% com o SMAL11 (ou SMAC11, ETF lançado pelo Itaú em fev/2020). São grupos de ações diferentes: o primeiro ETF foca as ações mais negociadas na bolsa e o segundo, em companhias menores. Poderia-se pensar também no DIVO11, índice composto por ações pagadoras de bons dividendos.
As opções aqui são menores, sem dúvida. No exterior, você pode investir em ETFs de grandes empresas, em vários índices e em REITS, os fundos imobiliários americanos. Mas tem sentido falar dizer que um ETF não é diversificado? Segundo o podcaster, se um ETF possui, dentro dele, uma concentração maior de algumas empresas, ele não pode ser considerado um ativo de diversificação. Argumento sem pé nem cabeça…
O argumento honesto: ETFs auxiliam a diversificação de meus ativos?
É claro que sim. Existem pontos de debates na escolha entre ETFs ou ações individuais, com vantagens e desvantagens que o moderador não desenvolveu de forma a orientar melhor seus ouvintes. Vamos a eles:
- A diversificação existe nos ETFs. É motivo de debate até se ela não é excessiva, uma vez que a quantidade de ativos que existem normalmente nos ETFs é muito grande.
- A qualidade da diversificação é questionável. Em um ETF existem ativos bons e ativos ruins. Logo, você sempre ficará na “média” do mercado, sem obter rendimentos excelentes, mas também sem correr o risco de ter grandes prejuízos.
- Para obter uma diversificação plena de classe de ativos, é necessário investir em ETFs com objetivos diferentes.
3) É fácil escolher “boas” empresas e realizar uma boa diversificação?
É repetido incessantemente no podcast que é muito fácil escolher “boas” empresas e montar sua própria carteira de investimentos. Não é assim. Eu possuo e mantenho uma carteira diversificada por quase 15 anos e não é fácil não… Eu mesmo já acompanhei o Bastter em outros momentos da minha vida e sou testemunha como eles já falaram bobagens por lá.
Com uma autoridade e egolatria que assustaria até Warren Buffet, ele fala tranquilamente que devemos escolher as empresas que serão vencedoras e evitar as que serão perdedoras no futuro. Simples assim. Relaciona empresas que cresceram muito nos últimos anos e assinala que era muito “fácil” perceber que elas se valorizariam. Adivinhar o futuro olhando pelo retrovisor é fácil, não?
Mesmo desconsiderando sua presunção, o podcaster vê apenas uma realidade e a entende como a “verdade”. Não sou um apoiador do relativismo, mas no caso em questão, isso depende fortemente do tempo que você tem ou quer deixar disponível para se dedicar ao assunto.
Uma das mudanças que minha filha fez em sua carteira de investimentos, foi a compra de ETFs. Essa decisão teve origem na forma como ela prefere se relacionar no mercado financeiro: acompanhar sua carteira, diversificá-la, mas dando prioridade ao seu trabalho particular, de acordo com seu perfil de investidora.
Ela está ciente de que, para cada ETF, irá navegar pela média do mercado. O que a fará superar a maioria dos investidores é a gestão de sua alocação de ativos, usando bem o potencial dos rebalanceamentos. Ambos os assuntos já foram tratados no blog e podem ser acessados pelos links.
O argumento honesto: o TEMPO e INTERESSE de cada pessoa é fundamental para a resposta
Os palpiteiros da internet precisam entender que cada pessoa tem uma realidade, diferente da dele. Ele deveria apresentar as vantagens e desvantagens entre escolher ETFs ou ações e definir qual a melhor opção. O que poderia ser debatido:
- Se você tem tempo e interesse, pode valer a pena dedicar-se ao estudo das empresas. Se for uma pessoa inteligente, possuir bom senso, capacidade analítica, entender o mercado onde ela está inserida, estudar também seus concorrentes e ter uma boa visão de políticas econômicas, nacionais ou globais, você pode performar acima da média. Mas não é tão fácil, percebe?
- Se você tem tempo, mas não tem interesse, foque em investir na formação de uma boa carteira de investimentos com os ETFs como alguns de seus pilares. Ela não exigirá tanto estudo, mas demandará um tempo para rebalanceamentos e uma boa gestão de risco.
- Se você não tem tempo e nem interesse, delegue. Gaste uma energia inicial escolhendo bons gestores de fundos multimercados, reserve um fundo de emergência líquido e sem risco para despesas e inesperados e seja feliz. Não sinta culpa por alguém ficar falando que você precisa ficar escolhendo boas ações.
Em um post recente, encorajei as pessoas a descobrirem qual é a forma ideal para elas se relacionarem com o mercado financeiro e gerenciar seus investimentos, nomeando os perfis acima de resignado, equilibrado e entusiasta. Leia um pouco mais sobre esses perfis aqui, se desejar.
4) Fundos de investimentos não batem ETFs?
Mais ao final do podcast, o influenciador adentrou pela seara dos fundos de investimentos ativos, dizendo que a maioria não bate os fundos passivos como ETFs porque… rodam muitos seus ativos.
Mas não era muito fácil escolher “bons” ativos? Veja que é uma relação de causa e consequência que só existe na cabeça dele. Vejamos…
- Gestores de fundos procuram valor nos ativos. Eles estudam as empresas, escolhem as “boas” e trocam quando deixam de ser atrativas: é exatamente o que o podcaster propõe para cada investidor individual. E, para ele, é isso que faz com que o rendimento dos fundos ativos seja baixo.
- Gestores de ETFs giram muito pouco seus ativos: eles seguem o índice. Ora, mas não é exatamente o que ele defendeu nessa observação: que devemos evitar girar os ativos? Nesse caso, seria por isso que os ETFs teriam melhores rentabilidades? Afinal, ele quer que escolhamos nossas ações e nos sentemos em cima delas para sempre então? Como então investir em valor quando as condições das empresas mudam?
Percebe-se que o foco dele é a avaliação de uma carteira de investimentos com ativos escolhidos a dedo por cada pessoa. Mas relacionar alto giro com rentabilidade está totalmente fora do contexto, concordam?
Exemplo de uma carteira de ETFs bem diversificada
No mês de maio/2020, comecei a montar uma carteira somente com ETFs e fundos passivos (que replicam a mesma ideia dos ETFs). A ideia é comparar seus rendimentos com minha carteira ativa e passiva, que já faço mensalmente. Pensei na seguinte composição:
Alguns comentários:
- Tentei incluir os ETFs do Bradesco na carteira, com taxas de administração um pouco mais baixas, mas a liquidez é pífia;
- O ETFs de pré-fixado do Itaú (IFRM11) também possui baixa liquidez, mas mantive para consolidar a ideia. Talvez melhore com o tempo;
- Escolhi os fundos de índice da Vítreo em virtudes das baixas taxas de administração, que compensam o come-cotas. E, no ambiente interno da plataforma, é fácil fazer rebalanceamentos entre renda fixa e câmbio (dólar e ações);
- A sugestão para os fundos imobiliários são três FoFs com alocações variadas. Essa situação não é a ideal, pois os gestores dos FoFs, além de não possuírem um histórico previsível, não seguem índices. O ideal seria o surgimento de um ETFs de FIIs, ainda não lançado apesar da tentativa do Banco Inter. Assim um instrumento desse tipo estiver disponível, os FoFs serão trocados imediatamente. Por enquanto, é o que temos à disposição. Exclui-se também na opção o viés de baixa no mercado imobiliário, onde os FoFs são menos competitivos.
A taxa de administração final e ponderada dessa carteira ficaria em 0,16% SEM incluir os três fundos de fundos imobiliários. Colocando uma taxa média destes em 1,0%, a taxa média final da carteira ficaria em 0,31% ao ano. Números que só serão atingidos se escolhermos uma corretora de valores com taxa zero de negociação e custódia. Veja aqui quais são as corretoras que oferecem essa isenção.
A carteira estará formada ao final de junho/20 e, a partir dos primeiros 30 dias de rentabilidade, publicarei aqui o primeiro mês com os resultados. Mensalmente, será checada a alteração dos percentuais originais e o rebalanceamento será feito se o desvio atingir 10%. Por exemplo, para o percentual de SPXI11, o rebalanceamento será feito se seu percentual cair abaixo de 9% ou subir além dos 11%.
A partir de agosto, manterei uma página fixa no blog com as rentabilidades da carteira de ETFs, da carteira passiva e ativa e dos fundos com robôs de investimentos.
Enfim, ETFs ou ações?
O moderador da Bastter teve por objetivo convencer o ouvinte de que, para você ter uma carteira globalmente diversificada, você precisa comprar individualmente ações e cotas de empresas, evitando os ETFs.
Imagine o trabalho… Imagine novamente.
Segundo ele, isso é muito fácil. Afinal, é muito natural encontrar boas empresas que irão só crescer a longo prazo. Ainda, segundo ele, quem compra ETFs são um bando de preguiçosos (lá pelos 56 minutos, caso você deseje ouvir por si mesmo).
Eu não tenho nada contra quem deseja investir em ETFs ou ações no exterior. Pelo contrário, tenho o maior respeito por pessoas que buscam ser melhores que o mercado. Eu mesmo, nos últimos 15 anos, operei dessa forma e estou bem satisfeito com os resultados.
O que ele não entendeu é que existem diferentes aspirações. Ou ainda, ao longo da vida, elas podem se alterar. Eu mesmo estou testando diversas alternativas, avaliando se a diferença compensa o tempo investido em análises.
Será que virei um “preguiçoso”? Ou estou reavaliando as prioridades da minha vida? É uma pena que conselhos tão frívolos e irresponsáveis possuam destaque no mundo financeiro. Uma forma de vomitar respostas simples para perguntas mais complexas. O Bastter tem sim suas qualidades, mas sugiro pinçar com cuidado as coisas que prestam. A “aversão às XXXX4” e “o preço não importa” não estão entre elas…
Explore mais o blog pelo menu no topo superior! E para me conhecer mais, você ainda pode…
… assistir uma entrevista de vídeo no YouTube
… ler sobre um resumo de minha história
… ouvir uma entrevista de podcast no YouTube
… participar de um papo de boteco
… curtir uma live descontraída no Instagram
… ou adquirir um livro que reúne tudo que aprendi nos 20 anos da jornada à independência financeira.
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Artigos mais recentes:
- Comparação da rentabilidade dos FOFs – atualização
- Atualização das rentabilidades de todas as carteiras de investimentos (out/24)
- Atualização das carteiras ativa e passiva (out/24)
- Atualização das rentabilidades das carteiras de ETFs (out/24)
A iShares (BlackRock) fez um estudo que consta que 66% dos fundos ativos em ações obtém desempenho abaixo do Ibovespa. Resumindo: Isso demonstra que 2/3 das equipes profissionais (com pessoas qualificadas da área de finanças) que se dedicam 100% do tempo ao fundo, perdem para o Ibovespa. Se você utilizar a estatística então para tentar verificar quantos fundos batem o índice em 2, 3 ou 5 anos consecutivos, essa porcentagem diminui cada vez mais. Mas no fórum do Bastter eles preferem chamar de burro, aqueles que não concordam com o líder da seita deles huahuahuahua. A arrogância faz a pessoa… Leia mais »
Olá, João! Obrigado.
Pois é, concordo contigo. Para eles é “muito fácil” escolher boas ações.
Se se interessar, acompanhe a rentabilidade da carteira de ETFs aqui: Qual a rentabilidade de uma carteira de ETFs e fundos de índice? – Viagem Lenta
Abraço!
Viagem lenta, pessoal do Bastter tem total aversão a qualquer coisa que tenha “taxa”. Não se dão nem o trabalho de avaliar. Diferente do Fábio Holder, por exemplo. Uma coisa que gostaria que você avaliasse são as postagens do link ao final. Apesar da realidade daquela época (2016-2018) ser diferente de hoje: temos ETF com dividend yeld melhores (4-5%), baixa taxa (0,03%), baixo custo de corretagem etc, o argumento dele de regra dos 4% vs viver de Dividendos, me parece bem lúcido. Mas muita gente é contra ETF de distribuição devido ao IR de 30%, preferem o de acumulação. Mas… Leia mais »
Olá Lucas! Os links não abriram para mim (talvez pelo controle que faço no navegador sobre cookies e segurança). Além disso, não acompanho o blog dele, até porque não estou procurando investir diretamente no exterior. Adicionalmente, eu não sou a pessoa mais adequada para fazer tais análises, pois nunca estudei investimentos no exterior a fundo. Como já falei em outros textos, acho importante a diversificação e a faço através de fundos que investem lá fora. Não faço por mim mesmo. Isso está ligado ao tempo que desejo demandar de minha vida no controle dos investimentos: estou diminuindo-o e não quero… Leia mais »
Sou iniciante nós investimentos, e depois de estudar bastante, vi que a rentabilidade dos ETFS são ótimas a médio prazo, e que superam a maioria dos investimentos ativos, e também superam a maioria dos investidores individuais em ações. Para mim hoje vou cair matando nos ETFS, e quem sabe com mais estudos ao longo dos anos, possa começar a arriscar em ações individuais.
Acho que está correto, Jesiel, principalmente se você ainda não iniciou os estudos para investir em ativos individuais. Assim você não usa a Bolsa como balcão de apostas como muitos hoje fazem.
Boa sorte e vamos acompanhando essas rentabilidades. Eu tendo a ir por esse lado também.
Abraço e feliz Ano-Novo.
Achei bem interessantes os teus argumentos. Parabéns!
Obrigado Claudio! Abraço e bom final de semana!
Mais um ótimo post.
Eu, particularmente, prefiro escolher minhas próprias ações. Inclusive, esta semana, postei sobre isso no blog, abrindo minha carteira no exterior.
Existem muitas particularidades envolvidas em ambos os casos, mas acho que a principal característica e diferença entre essas duas modalidades é justamente o perfil do investidor.
Eu prefiro ser sócio, receber dividendos (Ainda que tributados), gerando renda passiva em moeda forte. Pretendo um dia me mudar para o exterior (~10 anos) e não vejo muitas vantagens em investir nos ETFs.
Mas a discussão é bem válida. Ansioso por saber seus resultados.
Abraços, Stark.
http://www.acumuladorcompulsivo.com
Perfeito, Stark!
Às vezes, além do perfil, é o momento que o investidor está passando. São, de fato, muitas variáveis.
Acredito que só vou tomar uma posição definitiva depois de alguns anos comparando as 3 carteiras. Mas, de qualquer forma, já estou diminuindo a variabilidade de em ações e FIIs fazendo a migração da carteira.
Abraços!
Olá André, acompanho seu blog e o mesmo foi de grande ajuda para mim no meu amadurecimento financeiro, principalmente o posto do Alugar X Comprar que foi um divisor de águas na minha vida. Só tenho a lhe agradecer as reflexões e provocações. Recentemente tenho acompanhado com bastante interesse essa série de carteiras passivas (robôs, fundos, ETF). Especificamente essa do ETF, já que o intuito é simplificar, não entendi a necessidade de ter três fundos atrelados à inflação. Principalmente ter o Inflação Longa (Vérios) e IMAB11, ou a nota de roda pé (3) era justamente pois você manteve o… Leia mais »
Olá Bruna! Primeiro, desculpe-me pelo atraso. Alguns comentários foram diretamente para a lixeira aqui do painel do WordPress, acredito por uma configuração restrita do spam. Vou acertar. Que bom que os textos estão sendo úteis a você! É essa a intenção do blog e fico feliz com isso! São dois fundos de inflação, um com carrego médio (IMAB) e outro longo (Vítreo), perfazendo 30% do total. O terceiro é pré-fixado. Você poderia ter apenas um de inflação, sem dúvida. O ponto é que os de carrego longo proporcionam rebalanceamentos mais frequentes em virtude da variação de taxa. O IMAB varia… Leia mais »
Excelente artigo. Vou lincar a alguns dos meus. Abcs
Opa, obrigado AA40! Espero que seja útil aos seus leitores!
Abraço!
Otimo artigo andre..meu irmao tem 20 anos, ta começando e tem pouco saco. Tenho pensado em sugerir a ele uma carteira com 33% de bova11, 33% ivvb11, 33% ntnbprinc. Ou fii (Fora a reserva de emergência), usando a estrategia de rebalanceamentos. Acho que fscilita muito adm a carteira.
Obrigado Leo!
Eu pensaria um pouco mais nessa carteira, avaliando as correlações negativas. Em um dado momento, onde os preços dos ativos de renda variável caírem, os juros longos também costumam subir, empurrando os preços das ntnbs para baixo. Ou seja, ele não teria “de onde tirar” para investir mais nos ativos que caíram.
Um fundo de renda fixa pós como reserva de oportunidade e um pilar de câmbio ajudariam bem a dirimir riscos e aproveitar as correlações.
Abraço!
Olá! Interessante o seu post, recentemente comecei a estudar investimentos no exterior e por lá o investimento em ETFs é muito comum, muito mesmo, se não me engano quase 30% do mercado investe nessa modalidade. Mas isso não é à toa, há todo um arcabouço teórico por trás (mais especificamente a hipótese de mercado eficiente e os trabalhos de Fama e French). De acordo com esses estudos a exposição da carteira a alguns fatores de mercado (como small caps, empresas de valor e o mercado como um todo) explicam 90% das diferenças entre carteiras de gestão ativa e os retornos… Leia mais »
Olá Fire Jovem!
Seu post ficou no spam e eu bobeei em checar isso regularmente… Desculpe o atraso!..
Você tem razão, lá é muito mais desenvolvido. Acredito, porém, que vamos caminhar aqui no Brasil nesse sentido também. Essa carteira é a proposta inicial, mas, conforme termos novidades, vamos fazendo as alterações adequadas.
Afinal, é melhor começar com o que temos mesmo, senão nunca começamos, não?
Abraço e bom final de semana!
Olá, amigo blogueiro! Talvez você me conheça, talvez não. Talvez conheça o meu modesto blog, talvez não.
Lancei um podcast, MUNDO SOUL, e venho aqui convidar você e o seus leitores a escutá-lo. Talvez agrade, talvez não. Será um programa de conversas que não terá um formato de debate, mas sim de uma discussão aberta sobre os mais variados temas para uma boa vida.
Fica aqui mais uma vez o convite. Se gostar, siga na plataforma escolhida e compartilhe.
Valeu!
Link no spottify (também disponível em outras plataformas) https://open.spotify.com/show/3RVLyhN1MUbNsCIIMZ9MxF
Sucesso, Soul!
André, se a pessoa montar uma carteira defensiva, do tipo “dividendos”, no longo prazo, tanto pelo pagamento dos dividendos quanto pela resiliência das boas empresas de perfil defensivo, não teria um somatório de rentabilidade + IR mais vantajoso do que ETFs ou muitos rebalanceamentos, sabendo que pode-se também errar a mão na hora de rebalancear e acabar fazendo-se uma mudança de posição ruim (ou seja: manter-se em boas empresas com perfil defensivo e pagadoras de dividendos tende a ser saudável no longo prazo, independente das variações de curto). Aproveito a oportunidade pra perguntar quais ações você recomendaria com este perfil?
Olá Marcos! Teoricamente sim. Nesse caso, teríamos que comparar com o ETF DIVO11. “Errar a mão” pode ocorrer nas duas possibilidades, concorda? É difícil avaliar. Se você acredita que a carteira montada será melhor, vc precisa acertar a mão de cada empresa. No ETFs, vc delega essa escolha ao índice. Não penso que o rebalanceamento age dessa forma que citou. O rebalanceamento é, primeiramente, uma gestão de risco. Como consequência, ele tende a dar um resultado melhor para a carteira no longo prazo. Já li vários estudos sobre isso. É claro que existem muitas variáveis como a frequência e momento… Leia mais »
Fala André! Gostei muito do artigo, parabéns!!! Gostaria de colocar mais alguns pontos de vista ao longo da minha leitura para debatermos idéias. – Alguns pontos do podcast parece muito com um vídeo do Fábio do Canal do Holder (YouTube) que mostra algumas desvantagens dos ETF brasileiros no caso do reinvestimento dos dividendos e posterior IR na venda aqui; – ETF lá fora não bem assim, lá existe os ETF que distribuem dividendos e tem a isenção de IR até 35 mil na venda. E me parece que não foi abordado pelo podcaster; – Eu particularmente acho a didática do… Leia mais »
Olá Engenheiro! Apesar de nunca ter ouvido esse Fábio, eu concordo com todos os pontos que apresentou. ETFs são uma excelente alternativa para um certo perfil de investidor, que prioriza outras coisas além do mercado financeiro. Sua observação da aposta do Buffet é precisa. São só poucos iluminados que conseguem bater consistentemente os fundos de índices, que, como citou, estão sempre se renovando. No meu entendimento, vejo como desvantagens maior a situação tributária, tanto pelo pagamento de imposto com qualquer valor de venda e da tributação dos dividendos que são incorporados em uma eventual venda. Essa era a minha maior… Leia mais »
Neste momento de tantas incertezas e “maquiagens”, acho que está mais difícil fazer stock picking. Então, lá fora, irei priorizar ETFs de grandes gestoras, bastante diversificados e com baixas taxas de administração. O próprio Buffett, em mais de uma oportunidade (inclusive na última convenção da Berkshire), sugeriu que ETFs são a melhor alternativa para investidores pessoa física.
Sim, a maioria dos fundos não batem os índices, embora existam algumas excelentes mentes investidoras que o fazem.
Para o investidor comum que procura dar mais prioridade ao seu trabalho e à sua vida em geral, eles podem ser uma excelente alternativa.
Abraço!
Ótimo post. Parabéns! Odeio o Bastter. Mal educado, egocêntrico. Mais atrapalha do que ajuda os investidores, especialmente os iniciantes. Você poderia falar sobre BDRs. Para aquela pessoa que não quer pagar imposto de herança nos EUA quando alcançar os US$ 60.000,00, mas que não vai conseguir juntar patrimônio lá fora suficiente a fim de justificar a criação e manutenção de uma offshore, a melhor maneira para se expor a ativos estrangeiros seria via BDR mesmo com seus problemas? A listagem de BDRs ofertadas no mercado cresceu bastante nos últimos anos e por mais que hajam taxas, o investidor poderia ganhar… Leia mais »
Olá MI!
Eu não sou muito estudado em investimentos no exterior, mas os BDRs são certificados de empresas negociados lá fora, não?
A ideia desse post é simplificar a gestão através de ETFs a partir do Brasil. Se um dia tivermos um ETF dos BRDs brasileiros lá fora, aí sim, entraria no contexto, concorda?
Eu acredito que o mercado de ETFs no Brasil ainda vai ampliar bem. Vamos torcer para que haja logo essa disponibilização.
Abraço e sucesso!
Fala André!
Por um tempo fui bem avesso aos ETFs, e isso acredito que em partes seja culpa do Bastter rsrs (A maior parte é minha) Mas depois de estudar, vi minha bobagem perante o assunto. Tanto que tenho em carteira o ETF FIXA11, etf de renda fixa. Estou testando ele hehe
Outra, agradeceria se trocasse o link ai do seu post IVVB ou SPXI pelo meu comparativo destes ETFs rs
Abraço!
Esse ETFs foi um dos primeiros em renda fixa, né, Inglês? Agora eu também estou testando, vamos ver como fica.
Opa, vou colocar o link sim!
Abração!
Feito!
Olá, André! Gostei bastante do texto!
Esse pessoal do Bastter é bem complicado. Um bando de papagaios que saem repetindo tudo que ele fala e, realmente, com uma certa arrogância. O Instagram está cheio deles! Vendendo cursos pra repetir as falácias de que “preço não importa” e “sócio é ON”.
Enfim, gosto bastante dos ETF’s e acho que é uma excelente forma de ter exposição ao mercado sem precisar dedicar muito tempo para isso.
Abraço!
Parece que as pessoas possuem uma tendência à idolatria e criar seitas, não, Erenildo? Penso como você.
Sim, ele tem suas vantagens e desvantagens, mas pode ser útil para muitas pessoas que não possuem tempo e interesse de gerenciar muito detalhadamente sua carteira de investimentos.
Abraço!
André,
Muito bom o seu post.
Precisamos ter muita cautela com indicações, pois muitas delas acabam resultando em prejuízo.
Aproveitando o tema, o que você acha das casas de research como Suno, Nord e Eleven?
Abraços,
Olá Rosana! É verdade, filtros são necessários em todos os canais, como citei aqui para o Cowboy. Na Suno e Empiricus, idem. Na primeira não gosto do Tiago. Acho ele fraco e sua maior motivação é ferrar com a Empiricus. Chega a ser leviano em várias situações. Quanto à Empiricus, ela é enorme. Eu gosto do Felipe, a gente tem pensado muito igual ultimamente. Hoje ele dá o maior valor à diversificação e uma gestão ativa da carteira através do rebalanceamento, estratégia que sigo há mais de 10 anos. Ele largou um pouco a ideia de fazer trades, de ficar… Leia mais »
Oi Rosana, apenas um comentário que esqueci mas acho que vale a pena: na Suno, gosto do didatismo e conhecimento do Baroni, de FIIs. Mas também acho que ele não se sente vontade à recomendar investimentos. Estranho, né?
Acho que ele é excelente para análise do mercado, dos fundos, combativo nos direitos dos minoritários, mas fica inseguro em fechar uma call incisivamente. Tipo: “compre isso, vale a pena”. Esse tipo de postura tira um pouco da credibilidade.
Abraços!
André, Agradeço pela resposta tão completa. Esqueci de citar a Empiricus, pois não a acompanho. Mas depois do que disse, vou olhar o canal deles no YouTube também. Concordo que o Baroni é excelente nas análises, mas sobre indicações, tanto ele quanto o Tiago só indicam nas carteiras para assinantes. Acho meio desagradável eles ficarem lembrando isso nas lives. Às vezes essa parte fica até bem artificial. Poderiam fazer como a Nord, que vez por outra indicam uma ou outra ação. Como possuem várias ações na carteira, indicar uma ou outra poderia dar até uma certa credibilidade aos produtos. Acompanhei… Leia mais »
Olá Rosana!
No canal do YouTube não posso opinar, pois não uso muito o serviço.
Conheço pouco da Nord, mas a princípio, gosto mais do Ricardo. Ele transmite mais confiança.
Abraço e feliz Ano Novo!!
Olá, André.
Parabéns pelo post. Concordo contigo. Cada um sabe o que é melhor para si. Eu mesmo prefiro investir em ações individuais aqui no Brasil, mas quando for investir no exterior irei comprar ETF para pagar menos impostos e claro, há muitos ETF bons.
O site do Bastter é uma seita. Os seus ajudantes seguem a mesma linha. Alguns seguidores são enxotados de lá por pensar um pouco diferente. Eu vejo algumas coisas no site, mas eu só fui assinante por 1 ano. Chega uma hora a gente vê que há muita besteira lá.
Abraços!
Legal, Cowboy! Eu também pretendo colocar o pezinho no exterior através de ETFs ou fundos de gestão ativa.
Sim, precisamos filtrar as coisas boas e ruins, que existem em todos os canais. Em determinados deles, tomar um cuidado adicional.
Abraços!
Ótimo texto Viagem Lenta (não encontrei seu nome). Temos que filtrar muito do que o Bastter fala. Ele é o reizinho das frases prontas e da razão. Uma época atrás o site Infomoney era (aínda é?) bloqueado no fórum (ditadura?).
Enquanto temos diversos livros em língua inglesa que defendem a alocação em ETF’s justamente com base na dificuldade dos não-economistas em avaliar empresas. Além de ser comprovado que seguir um índice no longo prazo é sinônimo de sucesso.
Se alguém lhe diz o contrário ou nem abre espaço para discussão, pense duas vezes em seguir qualquer orientação dessa pessoa.
Abraços!
Olá Humberto! Meu nome é André!
Sim, esse marketing de usar frases prontas pode ser útil para agregar a manada, mas eu também torço o nariz para eles. Acho que nada é algo “pronto”, o “depende” é muito útil antes de tomar decisões, pois faz a gente pensar mais e encontrar alternativas melhores.
Pessoas, realidades e objetivos diferem-se. Como não haver debate, né?
Abraços e obrigado pelo comentário!
esperando algum robô/seguidor/pessoa paga pelo bastter/empregado do baster vir aqui encher o saco em 3, 2….
Humm , Marcelo, será? 🙂
Abraço!
Olá, meu caro. Tudo bem? Eu parei a leitura no primeiro item 1 do post só para fizer o seguinte: Eu já gostava do conteúdo. E hoje passei a gostar mais. Eu já tinha usado o seu voucher do remessa on line e, a partir de hoje, usarei mais vezes. Bastter é um vendedor de produtos… como assinatura de seu site por exemplo. E, como todo vendedor, tem que se esforçar para te convencer que ele está certo. E seus assinantes se sentem ofendidos assim como um seguidor do Osama Bin Laden se vocÊ falar que Osama está errado. Abraco…… Leia mais »
Olá Zezinho! Minha crítica ao uso do cupom não foi dirigido ao fato da venda em si. Acho que todos devem ter o direito de serem remunerados pelo o que fazem. Mas acredito que as coisas devem ser colocadas de forma honesta. Quanto aqui ao blog, confesso que sinto um pouco de desconforto quando as pessoas enxergam o Viagem Lenta como “vendedor” de produtos, embora que, pelo fato de recomendarmos a Remessa Online, isso possa ocorrer para alguns. Essa parceria só existe porque vejo vantagens na utilização do cupom, como você já deve ter visto no texto que faço a… Leia mais »
Nossa esse Huoya é um jumento com J maiúsculo. Não tinha ideia que o pessoal do Bastter fosse tão ruim, achei que eles eram bem quistos !
Olá Renato!
Acredito que, como em todos os lugares, há pessoas boas e ruins. Vejo isso em casas como a Empiricus, Suno, etc. Mas eu confesso que tenho um viés um pouco mais negativo para eles, visto que sinto uma atitude de “siga o mestre” por lá. Pode perceber que alguns mantras não são questionados por ninguém. Falta pluralidade. Pode ser apenas uma impressão, mas…
Abraço!
Pessoal, segue o link de parte dos comentários no Disqus, que não migraram para o WordPress mas continuam em sua plataforma. Muitos, nem por lá estão mais…
https://disqus.com/home/discussion/viagem-lenta/etfs_x_acoes_no_exterior_o_que_e_melhor/
Se desejarem ler mais sobre o assunto, ou comentar com sua conta Disqus, ou ainda, se tiverem conhecimento desse bug de migração e quiser ajudar, é só enviar um email para mim.
Obrigado!