E agora? Vale investir diretamente no exterior?


Será que compensa investir diretamente no exterior? Veja por que, apesar de acreditar que os ativos brasileiros vão performar melhor a curto prazo do que os ativos lá fora, decidi criar uma carteira nos Estados Unidos.


Quem me acompanha por aqui sabe que nunca me interessei muito em migrar meus investimentos para corretoras no exterior, apesar de sempre enfatizar a importância da alocação em ativos vinculados ao dólar. Mas nesses últimos dias, tenho cogitado a ideia e decidi que essa nova frente pode ser útil no futuro.

Confesso que me negava um pouco a pensar nisso, pois esse procedimento adiaria minha expectativa de gastar menos tempo com o gerenciamento de meu portfólio. E eu quero mais tempo já há alguns anos, quando comecei a investir em carteiras de investimentos que me demandassem menos trabalho, como dos robôs de investimentos.

Vale a pena investir diretamente no exterior?

Mas porque, mesmo percebendo que existe uma curva de aprendizado e que vou usar mais de meu tempo para levar a cabo essas mudanças, mudei minha percepção quanto a investir diretamente no exterior?

A mudança de mentalidade ocorreu em função de dois principais motivos

A primeira razão foi a constatação que não temos segurança jurídica no Brasil. Esse país realmente cansa em muitas coisas, e essa segurança é fundamental para atrair novos investimentos e viabilizar sua economia, que direciona uma parte absurda de seus recursos para sustentar o setor público e a corrupção envolvida em suas entranhas.

Você já deve ter percebido que essa diminuição de otimismo em relação ao país surgiu recentemente, com o cancelamento do julgamento do ex-presidente corrupto. Mas, tomado como fato isolado, sua possível eleição seria, na verdade, uma incógnita. Talvez ele tenha aprendido algo e repita boas escolhas econômicas feitas em seu primeiro mandato, com o Palocci e Meirelles? Talvez não? Talvez nem seja eleito! Acredito nessa última possibilidade.

E agora? Vale investir diretamente no exterior? 1

O problema, assim, não é sua libertação propriamente dita e a possibilidade de concorrer às eleições. O problema, novamente, é a segurança jurídica no país, que já era péssima e desceu ladeira abaixo.

Novidades nas alternativas em se investir diretamente no exterior

No ano passado foi criada por brasileiros já experientes no mercado financeiro, uma corretora de valores nos Estados Unidos com a proposta de focar as necessidades dos brasileiros nas operações no exterior: a Avenue.

Além do atendimento totalmente em português, ela inovou facilitando o envio de recursos do Brasil para sua conta através de uma simples TED e no oferecimento de relatórios detalhados para a declaração e pagamento de imposto de renda: uma mão na roda para quem quer simplificar e valoriza seu tempo.

Para saber mais, comecei a acompanhar algumas ideias de colegas da Finansfera que já estão nessa seara há tempos, como o Alex, do BPMilhão e Como Investir no Exterior e o Raphael, do site Investidor Internacional. São boas fontes para iniciantes nessa modalidade, caso seja de seu interesse.

A motivação para entrar nesse processo aumentou nesse mês de março: a Avenue mudou sua clearing nos Estados Unidos, da Drivewealth para a APEX, possibilitando novas possibilidades de investimentos. Como mostrou seu CEO Robert Lee na entrevista ao Alex, o objetivo é abraçar novas possibilidades de investimentos e alcançar futuramente até outros mercados além dos Estados Unidos (como os ETFs de acumulação na Irlanda), eliminando essa que é a única limitação, por ora, da Avenue. Se desejar aprofundamento no tema, segue a entrevista abaixo.


Apresentando a Avenue mais como uma nova fintech e uma corretora de valores que quer sair dos padrões impostos pelo mercado e buscar a inovação, Lee anunciou uma outra novidade: um cartão de débito em dólar que pode ser usado para futuras viagens ou compras em dólar pela internet.

Não é uma aposta contra o Brasil

Em janeiro desse ano, escrevi um texto onde estava bem mais positivo aos investimentos no Brasil. Minha opinião não mudou a curto ou médio prazo, principalmente com a correção que o Banco Central fez em sua reunião ontem de correr atrás da curva da taxa de juros (que, inclusive, pode beneficiar o real e diminuir um pouco a cotação para a realização de minha primeira transferência). Mas, confesso, fiquei mais receoso com o longo prazo.

Essa nova carteira de investimentos, assim, tem muito mais a ver com a diversificação do que como uma aposta no exterior. Eu ainda acho que os ativos lá fora têm menos potencial de performance que os ativos brasileiros, ao menos em um futuro visível. Ou seja, acredito que, em um primeiro momento, é mais possível que eu perca dinheiro com esse movimento.

Porém, sempre advoguei a favor da diversificação, e não de “apostar” onde estará o próximo boom de ativos. Sempre tive produtos indexados ao dólar desde 2006 ou 2007, e, nas novas carteiras que construí nos últimos anos, fiz questão de adicionar fundos de investimentos atrelados ao dólar, ou na própria moeda, em ouro, em criptomoedas e ETFs como IVVB11. Atualmente, somando todas as carteiras, meus ativos indexados ao dólar chegam a quase 25%.

Mas todos os veículos que uso para essa exposição estão em fundos sediados no Brasil, o que faz com que exista um pequeno risco país nessa situação. Novamente, não acredito que o Brasil se transformará em uma Venezuela, nem mesmo em uma Argentina, mas, com base em tudo que aprendi até hoje, convém diminuir esse risco a partir de agora.

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Não pretendo, ao menos a curto prazo, aumentar muito a parcela indexada ao dólar na minha carteira global. Tanto que começarei as transferências aos poucos, aproveitando os dividendos que caem na conta e a venda de ativos para corrigir excessos de alocações.

Carteira no exterior será apenas com ETFs

Tempo, tempo, tempo… Como eu o desejo muito nesses próximos anos de forma que ele seja mais voltado ao meu filho, desisti de estudar ações no exterior. Afinal, estou diminuindo meus ativos no Brasil justamente para reduzir meu tempo dedicado em frente a uma telinha de computador ou tablet.

Assim, decidi possuir ETFs, e a mínima quantidade possível para montar uma carteira neutra com poucos vieses. Além de menos estudos, terei menos rebalanceamentos e menores complicações em recolhimento e preenchimento de declaração de imposto de renda. Essa foi minha proposta quando criei uma carteira de ETFs baseada em ativos brasileiros.

Apesar disso, ao menos no curto prazo, estou adiando um pouco minha ideia de ter mais tempo para a família. Meu filho está com quase 3 meses e a interação está crescendo cada vez mais. Vou fazer esse pequeno esforço de estudo concentrado nas próximas semanas para fechar esse ponto de uma vez. De qualquer forma, sinto-me mais tranquilo com a decisão de investir diretamente no exterior, pois acho que faltava essa exposição em meu portfólio como um todo.

Próximos passos

Ontem abri conta na Avenue, mas ainda não fiz a transferência. Esperei essa super quarta, com a decisão do FED e BC, pois acreditei que viria algo bom aí para a moeda. Não sei se será sustentável, há muitos fatores a considerar, e, independentemente de qualquer coisa, farei a primeira transferência nos próximos dias. Ficar adivinhando câmbio é um caminho para a decepção.

Comecei a estudar os ETFs e a montar algumas carteiras para checar sobreposições e criar um backtest de rentabilidade. Encontrei um bom site para essas simulações. Já adianto que é possível comprar apenas um ativo caso eu decida otimizar ao máximo meu tempo: nem rebalanceamentos seriam necessários. Mas também é possível construir uma carteira mais completa com 4 ou 5 ETFs.

Meu objetivo é que, no próximo post, na semana que vem, escreva aqui sobre alguns nuances da transferência de dinheiro (Remessa Online ou um simples TED para a Avenue?) e dos backtests realizados com os portfólios escolhidos, para balizar minha decisão na montagem dessa carteira. Falarei também como é operar, na prática, com a Avenue.

Explore mais o blog pelo menu no topo superior! E para me conhecer mais, você ainda pode…
assistir uma entrevista de vídeo no YouTube
ler sobre um resumo de minha história
ouvir uma entrevista de podcast no YouTube
participar de um papo de boteco
curtir uma live descontraída no Instagram
… ou adquirir um livro que reúne tudo que aprendi nos 20 anos da jornada à independência financeira.

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Fábio
Fábio
3 anos atrás

Olá André! Parabéns pela iniciativa!

Esse é mais um passo que eu espero que você tenha bastante sucesso. Acho interessante essa abordagem da diversificação, entretanto, na minha singela opinião de alguém que não investe no exterior diretamente (tenho cotas de IVVB11 mas conta corrente no exterior, não), imagino que para pessoas que fazem pequenos aportes…ainda não valha tanto à pena por causa dos custos envolvidos. Estou correto ou estou enganado? Desculpe, mas eu ainda sou leigo em investimento no exterior.

Um forte abraço.

Investidor Defensivo
3 anos atrás

Gostei muito de ter lido esta publicação. Minhas opiniões e pensamentos são muito parecidos com os seus. Em agosto do ano passado iniciei alguns aportes no exterior também por causa dessa mesma preocupação sua sobre o Brasil. Abri conta na Avenue e estou bastante satisfeito com a plataforma. Apesar de saber do spread mais alto e ainda não ter a possibilidade de investir em outras bolsas (como a Irlanda), estou gostando muito da Avenue. Depois de alguns estudos, montei minha carteira da seguinte forma: Core: 60% VT (Vanguard Total World Stock ETF) – 8.423 empresas representando o mercado mundial. Satélites: 10% VLUE (iShares Edge… Leia mais »

Reinaldo
Reinaldo
3 anos atrás

Em tempo: após estudar bastante, decidi, A PRINCÍPIO, montar minha estratégia de ETFs nos EUA com apenas dois (50%/50%): VTI (replica o mercado integral de ações, taxa anual de 0,03%) e BND (ETF de renda fixa, composto especialmente por títulos da dívida dos EUA e com duration de aproximadamente 6 anos, taxa anual de 0,04%).

Reinaldo
Reinaldo
3 anos atrás

“Carteira no exterior será apenas com ETFs”Coincidentemente, após ler um excelente livro (O Investidor de Bom Senso, de Jonh C. Bogle – o cara que criou o primeiro fundo de índice), repleto de dados, tabelas e gráficos históricos, fiquei convencido da superioridade, com relação à média, dos ETFs amplos. Reconheci a minha incapacidade para “bater o mercado”, tentativa que faz com que eu fique abaixo da média.Decidi, eu também, concentrar meus investimentos nos EUA em ETFs. Decidi, ainda, reestruturar a carteira dos meus filhos também para ETFs brasileiros (a despeito da desvantagem tributária).Quanto à minha carteira pessoal, que, dada a… Leia mais »

Nunes
Nunes
3 anos atrás

Bem vindo ao seleto grupo de investidores offshore André! Se a Avenue realmente passar a operar fora dos USA será uma grande vantagem mesmo (na época que decidi abrir conta no exterior comparei as opções e acabei optando pela Passfolio por na época me apresentar mais vantagens – Não gostei do spread da Avenue e taxas de transferência de ativos na época). Hoje me arrependo um pouco pois não pensei que iria transferir tanto para a conta no exterior e hoje os 30% de taxação de dividendos já são maiores que o valor de custódia cobrado pela IB… Na época… Leia mais »

Nunes
Nunes
Reply to  André
3 anos atrás

Boa noite André! Estranho essa obrigação de papel pra abrir a conta…Abri na Global Tradestation e foi tudo por celular (de um dia pro outro já podia investir)…

Leo
Leo
3 anos atrás

Mais um excelente post. Parabéns André e sucesso com essa nova alocação.

Bruno
Bruno
3 anos atrás

André, ótimo post como sempre!
Você ouviu o podcast do primo rico entrevistando o Paulo Guedes?
O Fernando Ulrich comentou esse episódio, especificamente o trecho sobre virarmos uma Argentina e Venezuela, no canal/podcast dele e ambos estão bem interessantes. O Ulrich cita essa questão de dolarização da carteira inclusive.
[]s

Alex (BPMilhão)
3 anos atrás

Grande André, obrigado pela citação. O mais difícil em escolher ETF e evitar a sobreposição, mesmo assim, ainda é o que mais economiza tempo e acho que é o que mais se esquadra na sua estratégia.

Conte comigo para o que precisar.

SAMUEL
SAMUEL
3 anos atrás

Olá André tudo bem? Eu comecei a estudar para transferir os investimentos nacionais para o exterior, no mesmo pensamento de carteira neutra, com pensamento a longo prazo (11 a 16 anos, para FIRE). Separei alguns ETFs para estudo, cheguei a bolar até uma estratégia, mas ainda não iniciei as transferências e aportes, quero compartilhar e pegar opiniões, as vezes podem me ajudar ou eu ter ajudado alguém: Alocação: 40% VT 30% VWO 15% VEA 10% VLUE 5% a definir Nesta composição acima ficarão alocados geograficamente em torno de: 32,4% nos EUA 30,2% em países Desenvolvidos fora dos EUA 32,4% em… Leia mais »

SAMUEL
SAMUEL
Reply to  André
3 anos atrás

Sim, esta correto, VLUE seria ações super valorizadas de grandes e médias que o VT que também tem uma parte considerável, mas o seu argumento de Mid and Small é bom, pois o potencial de crescimento é seria maior, talvez um ajuste aqui seria interessante. RSP, vejo com bons olhos pois ele obriga a vender ações que valorização para relancear a carteira, e alocas nas que desvalorizaram devido ao peso igual, a valorização pode ser ligeiramente melhor.

SAMUEL
SAMUEL
Reply to  André
3 anos atrás

Hum, RF no exterior não sei nada, no Brasil, com Selic baixa só atrelado ao IPCA, mas tbm não tenho.

Gosto muito de FIIs pela recorrência do alugueis, pesar de estar passando por um período critico, principalmente shoppings e lajes, mas os recebíveis estão equilibrando com o IGPM alto, e tem o KISU11 com uma proposta boa de alocação neutra que fiquei animado (deu pra perceber que tenho uma queda por pesos iguais rs).

E as reservas estão no PicPay e Nubank hoje.

Uó
3 anos atrás

“A primeira razão foi a constatação que não temos segurança jurídica no Brasil. ” Pois é André, acho que todos nós já sabíamos disto, mas ainda tínhamos uma ponta de esperança. Contudo, toda paciência tem limite. Ainda teremos boa opções de investimento aqui no Brasil, pois somos bons em algumas coisas como extrair e vender minério, mas o mundo como um todo apresenta outras excelente opções. O problema maior é isto mesmo, quando você se vira para o exterior, as possibilidades se multiplicam por 1000. E quanto mais possibilidades mais perdido você fica. Neste sentido, ETF acho que é a… Leia mais »

Uó
Reply to  André
3 anos atrás

Ainda não animei com ETFs. rs Mas este ano estou optando por comprar algumas empresas do exterior com dinheiro novo. A única do Brasil que ainda vou colocar dinheiro novo é a Suzano. Tenho aportado todo mês 15 mil reais em BDRs, por enquanto esta é minha estratégia, meio simplória, sei, rs. Lá no Blog do Uó eu listei quais BDRs estou comprando.
Abraço!

Uó
Reply to 
3 anos atrás

Ah, minto, esta semana comprei um pouco do ETF HASH11 rs

Voando Abaixo do radar
3 anos atrás

Oi André, bom dia. Parabéns pelo artigo que considero bem completo e com bastante referências.

Iniciei os estudos sobre investimentos no exterior no ano passado e comecei a investir em inicio de fevereiro. Abri uma conta na Passfolio e fiz meus primeiros aportes com seis ETFs. Farei aportes mensais independentes da cotação do dólar até chegar num valor confortável.

Também fiquei desanimado com toda essa situação da nossa pátria. Por esse motivo já retifiquei meu PIP (Planejamento de Investimento Pessoal) e pretendo ter pelo menos 25% do meu portfolio no exterior.

Abraços

Walter
Walter
3 anos atrás

Bom dia André! Tudo bem contigo e sua família?
Quais os Etfs que você adquiriu?

Simplicidade e Harmonia
3 anos atrás

André,

Boa decisão.

Eu comecei no início do ano através de BDR’s. Sei que não é a melhor opção, mas é um começo.

Infelizmente no Brasil as coisas parece que não vão para frente. Além da insegurança jurídica, há também a falta de uma gestão adequada da pandemia. Uma pena, pois o 5º país em área territorial é um dos últimos quando se fala em Bolsa, IDH, etc. Porém, continua ocupando os primeiros lugares nos rankings negativos.

Abraços,

Uó
Reply to  Simplicidade e Harmonia
3 anos atrás

Também comecei com BDRs por pura preguiça viu Rosana. Mas toda preguiça tem seu custo, rs.

Evaldo Luiz Brambila
Evaldo Luiz Brambila
3 anos atrás

André, inspiro em suas ideias desde há muito tempo. Sobre esta nova jornada de investimentos no exterior, comungo com você, iniciei meus estudos em meados do ano passado, e quem me inspirou fortemente foi Otávio Paranhos, ele passa com simplicidade e honestidade como montar e manter uma Carteira Investimentos Global. Abri conta na Avenue e Passfolio para ir “treinando” e comparando os serviços. Obrigado pela existência e por iluminar muitos caminhos.

Gustavo
Gustavo
3 anos atrás

Andre. Infelizmente já desanimei com o Brasil faz tempo, com essas derrapagens que já se tornaram normal, o Brasil sempre empaca.
em relação a corretora lá fora tem a tradestaion global Reino Unido que usa a plataforma da interactive brokers para fazer as transações. A taxa de manutenção por mês e isento e vc tem acesso aos mercados dos eua e globais e também aos fundos de acumulação da Irlanda. Fica a dica. E da para operar em várias moedas fortes.

Anônimo
Anônimo
Reply to  Gustavo
3 anos atrás

Valeu, Gustavo!
Tem alguma vantagem investir pela tradestation em vez de diretamente pela Interative Brokers?

Investidor Inglês
3 anos atrás

Fala André!

Abriu conta na Avenue, legal! Fiquei contente com as mudanças que a corretora está passando, irão nos beneficiar.

Antes tinha uma certa limitação de ações e se não me engano, ETFs. Agora não tem mais e espero que os ETFs sediados na Irlanda entrem logo para a plataforma.

Hoje minha carteira neles é bem enxuta. 3 ETFs. SHY, VTI e SCHD e mais uns 4 Reits. A ideia é mais a frente não ter Reits e ficar apenas com os ETFs.

Mas isso é para o longo prazo hehe

Abração!

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