Como comprar dólar para sua carteira de investimentos: fundos ou contratos futuros?


Por que comprar dólar para nossa carteira de investimentos?

Dentro do conceito do risco-Brasil, ele é um ativo de segurança, junto com outras moedas estrangeiras e ouro, imóveis e terras.

Veja porque essas reservas são importantes para cuidar de seu patrimônio.


Caros leitores, nessa postagem vou falar sobre os seguros que precisamos ter em nossa carteira de investimentos e detalhar em como manter posição em dólar, seja em contratos futuros ou fundos de investimentos, além de mostrar como utilizo a moeda para compor a minha alocação de ativos.

A ação de comprar dólar não está relacionada à sua torcida se ele vai cair ou subir, ou seja, a decisão de utilizá-lo não é tão óbvia como as pessoas imaginam. Há muito o que ponderar.

Comprar dólar: mini-contratos, contratos futuros ou fundos de investimentos?

Vou apresentar várias considerações e argumentar porque vejo o dólar como um ativo importante na carteira. E em seguida, as melhores opções para realizar a alocação na moeda, incluindo os fundos de investimentos ou através de contratos futuros na BM&F.

Comprar dólar só funciona dentro do contexto da Alocação de Ativos

No método de Alocação de Ativos, buscamos compor nossa carteira de investimentos tendo em vista um objetivo a médio e longo prazo, otimizando rendimentos e riscos, através de ativos com correlações inversas.

A alocação é composta por três pilares principais: renda fixa, renda variável e câmbio. É virtuoso pensar em um quarto pilar, o de Fundos Imobiliários, uma vez que são ativos mistos, não podendo ser classificados puramente entre os três citados. Mas vamos nos ater nesse artigo ao pilar do câmbio.

O pilar do câmbio na alocação de ativos

Comprar dólar ou outra moeda estrangeira, é uma ação contida no pilar do câmbio, assim como o ouro e outros metais preciosos, que são commodities cotados em moeda estrangeira. É um pilar importantíssimo, mas normalmente desprezado, pois na verdade ele não contém rendimentos de juros embutidos.

O dólar possui apenas o seu valor nominal. Logo, a maioria das pessoas os evitam pois não são propriamente ativos de renda. Tecnicamente elas não estão erradas. Um ativo que não rende juros não deve ser uma boa opção de investimento.

Mas o erro das pessoas não é técnico, e sim conceitual. Os ativos de câmbio, dentro de uma alocação de ativos, não são investimentos: são seguros. Eles fornecem uma segurança (mesmo que relativa) se toda a alocação da carteira der errado.

Uma oportunidade histórica para quem tinha dólar: a crise de 2008

Quem investia em ações em 2008 lembra com aflição os meses do meio do ano. O índice Bovespa mergulhou no fundo do poço, assim como o Real em relação ao Dólar. Foi o pilar do câmbio que me salvou naquela época. Além do seguro, a valorização do dólar possibilitou novos recursos para comprar ações em suas mínimas históricas e ficar bem posicionado para a valorização no período seguinte. Ou seja, além do seguro, o dólar pode gerar oportunidades de compra de ações a preços reduzidos.

Em 2008, quem não tinha câmbio, ficou no prejuízo. Prejuízo que pode ter sido ainda maior se a pessoa não tinha reservas na renda fixa e precisou tirar o dinheiro da bolsa, em baixa, por necessidade. Ou mesmo, por desespero.

Comprar dólar é um seguro e uma possível oportunidade! Facilite a consolidação desse modelo mental com exemplos do seu dia a dia. Talvez você tenha um seguro de automóvel ou residencial. Ou mesmo um seguro-saúde. Você pensa em ganhar juros sobre tais montantes que você dispende mensalmente?

Portanto, mais uma vez: quando pensar em dólar ou ativos similares, não pense em investimento. Pense como um seguro ou uma possível oportunidade para o futuro.

Por que preciso de um seguro se tudo parece que vai bem?

Esse é um auto-engano muito comum. Não sabemos se as coisas vão tão bem. Nem no Brasil e nem no exterior. O dólar fornece um seguro para o risco-Brasil. Mas também não é a panaceia que vai protegê-lo do mundo lá fora. Vamos comentar brevemente sobre o mundo e depois falamos do Brasil.

A discrepância entre ativos financeiros e ativos reais no mundo

Você já ouviu falar em reservas fracionárias? Se não ouviu, não compreende que uma considerável parte de seu dinheiro não existe. O saldo que você vê no seu computador é fictício: é apenas um valor baseado na confiança. Você confia que, sempre que precisar sacar seu dinheiro, o banco vai permitir o saque para você. E como esse sistema tem existido sem grandes percalços até agora, tendemos a não nos preocupar com ele. Mas ninguém sabe quando a bomba vai estourar.

Isso ocorre porque os bancos possuem a “permissão” de manter apenas parte do seu dinheiro em caixa. Eles são autorizados a emprestar as maiores quantias (a taxas bem maiores que você recebe, seja bem dito) em créditos também baseados na confiança. E pasmem, leitores, não estamos falando de uma pequena parte de seu dinheiro. Estamos falando de cerca de 80 a 90%! Isso mesmo: se todos decidirem hoje retirar o seu dinheiro dos bancos, apenas de 10 a 20% do valor poderá ser resgatado.

Não vou entrar em detalhes sobre esse sistema, mas vou deixar uma sugestão de leitura de um artigo que conta como surgiu historicamente o sistema de reservas fracionárias e os riscos do sistema.

Para proteger-se desse sistema, o dólar em si não aliviará a situação, pois seria um problema em escala mundial. Nesse caso, de colapso total, a recomendação é proteger-se com ativos reais, como o ouro ou com imóveis e terras. Cada um possui seus pontos positivos e negativos, mas também não vou entrar em detalhes nesse artigo para não fugir do tópico. Estamos falando de dólar, correto? 🙂

Aqui é mais crítico: o risco Brasil

Aqui em terras tupiniquins o negócio pesa ainda mais. Estamos imersos no sistema de reservas fracionárias como todos os países, mas só aqui existe o famoso risco-Brasil. Nosso país insiste em ser o país do mundo que tem tudo para dar certo, mas nunca dá. Será que a festejada volta ao crescimento da economia brasileira com o novo governo ocorrerá de forma sustentável? Ou as novas eleições nos trarão mais ameaças?

Uma pequena digressão aqui: no meu entendimento, o maior problema do Brasil não é a corrupção. Não é a inflação, não é a dívida pública, não é a frágil infraestrutura, não são os juros e muito menos a falta de crédito.

O maior problema do Brasil é o causador de todos esses problemas: o modelo mental do brasileiro comum. Todos esses pontos citados no parágrafo anterior são consequências de um modelo mental baseado na dependência do Estado. O Estado gera um custo imenso ao país, retirando dinheiro das pessoas e redirecionando-o à atividades menos eficientes.

Apesar dos esforços da nova equipe econômica e de alguns deputados liberais, os movimentos para demolir esse modelo mental ainda são tímidos. Mesmo com esse progresso, a maioria da população ainda é estatista. Nosso sistema político e judiciário amplia essa percepção quando ignoram livres associações como a recente decisão que prejudica a Loggi.

Espero que não, mas, e se a esquerda voltar a governar o Brasil, como ocorreu com a Argentina, qual será o tamanho do desmonte do que se construirá até 2022? Qual o tamanho do risco que corremos?

A gravidade da dívida pública no Brasil

O governo brasileiro, assim como a maioria dos governos dos países do mundo, gasta mais do que arrecada apesar dos esforços feitos esse ano. A rigidez do orçamento, onde 80% das despesas são obrigatórias, em função de tantos direitos adquiridos pela perversa Constituição de 1988, promove pouco espaço para redução de despesas.

Medidas como o teto dos gastos, a reforma da previdência e reforma tributária são cruciais, mas estão longe de resolver o problema do Estado brasileiro. No máximo, adiarão a sua ruína.

Nossa dívida pública em relação ao PIB, principalmente com as despesas geradas pela crise do novo coronavírus, continuará crescendo nos próximos anos, ficando mais estável somente em 2025 SE continuarmos com as políticas liberais. E se não continuarmos? Não sabemos quais são os limites para desastrosas consequências. Mas, quanto maior essa dívida, mais desfavoráveis são os efeitos para a população, para as empresas e para a segurança de nossos investimentos.

Investimentos no exterior

Alguns preferem investir diretamente no exterior. Eu ainda tenho uma resistência nesse tipo de aplicação enquanto eu não tiver planos concretos de sair do país. Acredito que nosso controle e nossas informações sobre esses investimentos são prejudicados pela distância e por ruídos das informações que recebemos aqui no Brasil. Gosto de estar mais presente e conhecer bem os ativos que compõem minha carteira de investimentos.

Entretanto, como comentei em algumas postagens mais recentes, estou colocando um pezinho lá fora através de gestores de fundos de investimentos que investem nos mercados mundiais. Nesse caso, prefiro terceirizar totalmente a gestão. Se desejar, abra em uma nova guia a comparação de rentabilidade de minha carteira passiva (fundos) com minha carteira ativa para checar qual está sendo mais vantajosa.

Porém, nada impede que uma grande crise não sobrevenha nos países desenvolvidos também. O sistema de reservas fracionárias lá fora é ainda mais ousado que no Brasil. Só ativos reais se salvariam em um débâcle. Esses sim seriam o seguro para uma grande crise mundial. E não ações ou ETFs internacionais.

Essa é uma opinião particular minha. Há vários colegas da blogosfera que possuem outros pensamentos e dedicam-se a colocar boa parte de seus ativos fora do Brasil, como o Frugal Simple e o Investidor Internacional. Recomendo ambos os sites para quem deseja saber mais sobre investimentos no exterior.

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Já para o risco Brasil, isoladamente, podemos pensar em possuir uma parte de nossos ativos em moeda estrangeira, seja o dólar, euro, iene ou renminbi. Vou seguir adiante falando no dólar, que é o seguro mais fácil e comum de se realizar no Brasil. O que não significa que ele é a melhor escolha entre essas moedas.

Como comprar dólar no Brasil?

Após a contextualização da importância de seguros como o dólar em sua carteira de investimentos, passamos agora para a parte prática. Como realizar aportes nesse ativo no Brasil?

Existem formas de exposição indireta, comprando ações de empresas exportadoras, como companhias produtoras de celulose, siderúrgicas e mineradoras exportadoras e outras empresas que possuem grande parte de seu faturamento relacionado à exportações, como a Embraer ou a Suzano.

Mas se estamos falando de seguro contra o risco-Brasil, não vejo muito sentido nesse tipo de alocação. Na compra desses papéis, você está na verdade realizando um investimento nessas empresas, onde a cotação do dólar interfere até certo limite na cotação de suas ações. Continuo agora falando apenas de exposição DIRETA.

1) Comprar dólar através de papel-moeda

Dentre as 3 formas de exposição ao dólar que citarei agora, essa é a mais segura referente ao risco-Brasil, pois você possui o papel na sua mão. Não é um dinheiro “digital”, que pode sumir em caso de crise sistêmica. Apesar dessa vantagem, você também carrega algumas desvantagens nessa modalidade.

  1. O spread (diferença de compra e venda) é alto. Você sempre compra com um ágio e vende com um deságio.

  2. Você precisa guardá-lo em algum lugar, necessitando de cofres e espaço.

  3. Você corre riscos de assalto, seja em seu armazenamento quanto em seu transporte para compra e venda. Afinal, estamos no Brasil, né?

  4. Você imobiliza seu patrimônio, não podendo investir em outros ativos (veja explicação dos contratos futuros na sequência).

Assim, o papel-moeda é viável para menores quantidades, como previsão de viagens e outros pequenos gastos.

2) Comprar dólar através de cotas de fundos de dólar

É a modalidade mais usada e já considerei a pior de todas. Hoje, com a queda das taxas de administração, voltou a ser considerada.

A maior vantagem é a facilidade de operação. Você aplica o fundo de seu banco automaticamente e “esquece” dele. Não precisa fazer mais nada. Mas isso encobre várias desvantagens que talvez você desconheça:

  1. Nem sempre o fundo aplica 100% em dólar ou títulos atrelados ao dólar. Legalmente, ele deve aplicar mais de 80% nesses ativos. O restante vai do humor do administrador do fundo. Mas se você quer aplicar em dólar, deveria ser 100% em dólar, não acha?

  2. O fundo cobra 15% de imposto de renda semestralmente (ou no resgate). Essa cobrança semestral, também chamada de come-cotas, mina sua rentabilidade a médio e longo prazo.

  3. O resgate sofre incidência ainda maiores de imposto de renda quando realizado antes de dois anos. Até seis meses é de 22,5%. E ainda tem o IOF nos primeiros 30 dias.

  4. A famigerada taxa de administração solapa possíveis ganhos. Em geral, ela está acima de 1,0%, embora já tenha sido muito maior. Hoje é possível encontrar apenas um fundo com taxa razoável (no BTG e Vítreo, com 0,10% ou menos de administração). Mas se você paga taxas entre 0,8% a 2,0% anuais, por exemplo, significa que com um montante de R$ 100mil em um fundo, a cada ano, o banco tira de seu saldo de R$ 800,00 a R$ 2.000,00. Sim, é sobre o principal!

  5. Você imobiliza seu patrimônio, não podendo investir em outros ativos (veja explicação dos contratos futuros abaixo).

  6. Não é um ativo físico, podendo correr riscos em crises sistêmicas.

O fundo de dólar, apesar das desvantagens, pode ser a melhor alternativa caso você possua o perfil de não se envolver muito no mercado financeiro, seja por interesse ou pelo tempo disponível. Mas, caso seu objetivo é ficar mais ligado na telinha, considere a última opção, logo abaixo.

3) Comprar dólar através de mercados futuros na BM&F

Essa é uma modalidade mais atraente para quem se dispõe a ter mais dedicação. Como não é de conhecimento da maioria, vou comentar rapidamente como funciona, deixar um link para consultas mais detalhadas e posteriormente expor suas vantagens e desvantagens.

O que é um contrato futuro de dólar e mini-dólar na BM&F?

Comprar um contrato futuro significa adquirir um papel que carrega a expectativa do preço futuro do ativo correspondente. É operado de forma semelhante às ações, no home-broker de sua corretora. São contratos que vencem mensalmente, mas é possível operar a cada dois meses, pois você sempre tem à disposição para comprar e vender o contrato que vence no mês seguinte e também o que vence daqui a dois meses (embora a liquidez deste seja menor).

Existem dois tipos de contratos futuros de dólar: o “cheio” (DOL) e o “mini” (WDO). O contrato cheio corresponde ao montante de US$ 50mil, enquanto o “mini”, ou WDO, corresponde a 20% desse valor, ou seja, US$ 10mil.

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O mais interessante desses contratos é que você fica exposto ao dólar sem precisar demandar esses valores. Você opera alavancado. Isso é uma alternativa magnífica para quem sabe o que está fazendo.

Vamos usar como exemplo o mini-contrato de dólar, que representa US$ 10mil. Quando você compra esse mini-contrato, você não dispende os US$ 10mil. Você só paga, diariamente, a variação da cotação daquele mini-contrato, diretamente da sua conta na corretora. Se o contrato subir 1%, você receberá US$ 100,00 em sua conta. Claro que o inverso também é verdadeiro.

Para a corretora não correr riscos, ela exige uma margem de garantia, que varia de R$ 2mil a R$ 6mil por cada mini-contrato WDO operado. Porém, esse dinheiro não é imobilizado, uma vez que você pode colocar suas ações e títulos do Tesouro Direto como margem de garantia.

Veja no texto que fiz sobre as corretoras de valores com a menor taxa de corretagem uma planilha com os valores de todas as taxas, incluindo a margem de garantia para os minicontratos de dólar.

Para entender tudo sobre minicontratos, existem várias postagens já prontas na Internet e vou, novamente, evitar ser repetitivo. O colunista da Infomoney André Moraes também escreveu um e-book gratuito sobre o assunto para maiores informações. O link é direto, via Google Drive, sem quaisquer anúncios. Apenas cuidado que o seu viés é de day-trade. A ideia que proponho é a manutenção dos contratos e sua troca por novos até o vencimento.

Vantagens em operar mini-contratos em dólar

  1. Como você opera alavancado, você não imobiliza seu patrimônio. Você pode deixar quase que sua totalidade aplicada em renda fixa ou ações. Necessita apenas ter liquidez para cobrir eventuais prejuízos diários. Muito melhor do que deixar o saldo parado com papel-moeda ou no fundo de um banco.

  2. O spread (diferença do preço de compra e venda) é baixo, principalmente para contratos com vencimento no mês seguinte, dada a grande liquidez do mercado.

  3. Os custos são muito menores do que um fundo cambial. Lembra do exemplo anterior que, para R$ 100mil investidos no fundo, você paga anualmente de R$ 800,00 a R$ 2.000,00? Nos minicontratos, considerando que você vai operar a cada dois meses, temos duas operações (compra e venda) bimestrais, ou seja, 12 ao ano. Para a equivalência do montante de R$ 100mil, você necessitará operar cerca de 3 contratos por vez. Ou seja, 36 operações por ano. O valor médio de cada operação vai de nada (R$0,00) na Clear e Modal, até R$ 3,00 na Socopa. Ou seja, você pode gastar nada com isso até o valor de R$ 108,00 ao ano.

  4. Sua aplicação está 100% atrelada ao dólar, e não a outros ativos desconhecidos de um fundo cambial.

  5. Para operações que não sejam diárias, você sempre paga o imposto de renda mínimo (15%) caso tenha lucro, independente do período de resgate.

Desvantagens de operar mini-contratos em dólar

  1. Assim como o fundo cambial, não é um ativo físico. Para livrar-se de riscos sistêmicos, sua carteira de investimentos deve ter exposição ao ouro, imóveis de tijolo (e não de papel) e terras.

  2. É necessário operar ao menos bimensalmente, vendendo o contrato que vai vencer e comprando o contrato de dois meses à frente.

  3. Se obtiver lucro, você mesmo terá que pagar os 15% de imposto de renda através de um DARF.

  4. O contrato mínimo para operação padrão é de US$ 10mil (lembre que esse é o valor do hedge, ou da proteção: você receberá ou pagará apenas a variação cambial relativa a esse valor). Se precisar operar menos, ainda é possível, mas você estará exposto a uma variação maior do que sua necessidade de proteção, e nesse caso, é algo não recomendado.

Conclusão

Operar contratos futuros é uma forma de tornar mais transparente nossas alocações. Em um fundo cambial, fica tudo meio obscuro, a gente não entende o porquê de suas rentabilidades, que sempre me pareceram inferiores às variações mensais do dólar.

Má-fé? Não posso afirmar. Talvez seja consequências do come-cotas e da taxa de administração. Mas o fato é que operar por minicontratos não tem como ser enganado. Ele acompanha 100% as cotações diárias do dólar. Então, você encontra-se mais seguro, no meu entendimento.

Claro que não existe almoço grátis. Ele vai demandar um trabalho um pouquinho maior do investidor e terá que se adequar ao seu perfil. De qualquer forma, caso o investidor não tenha tempo para essa operacionalização, ou não deseje usar seu tempo livre nisso, ele pode usar o fundo cambial do BTG, que diminui muitas das desvantagens acima citadas com sua taxa de administração inferior a 0,10%. Em março de 2020, a gestora Vítreo lançou um fundo de dólar administrado pelo Santander ainda mais barato, com 0,07% de taxa de administração.

É uma troca de dinheiro por tempo, o que pode ser muito compensatório para algumas pessoas. Eu mesmo estou pensando em diminuir meu tempo voltado à gestão de minha carteira de investimentos e, é possível que volte aos poucos aos fundos. Mas apenas nesses com taxas de administração de 0,10% ao ano. Ou abaixo.

E vocês, leitores? Se forem comprar dólar, preferem ganhar mais nos contratos futuros e demandar mais tempo administrando seu portfólio ou deixar nos fundos de investimentos e possuir uma maior liberdade no seu dia a dia?

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Rafael
Rafael
4 anos atrás

Ola André,
No último dia do mês eu preciso vender o contrato que eu estiver comprado?
Se eu não fizer a venda do contrato, o que acontece?
Parabéns pelo artigo,
Abraços

Leo
Leo
4 anos atrás

Oi andre, o ivvb11 possui correlacao negativa (descorrelacao) semelhante ao dólar frente ao ibovespa? Pensei nisso pq parte do etf refere-se ao dolar. Poderia ser mais uma opcao para este pilar, ao lado do fundo e mini-indice?

Anônimo
Anônimo
4 anos atrás

André. O que você acha a respeito de comprar ets nos eua que não tem oscilação, como por exemplo SHV e TFLO. No caso a oscilação deles é minina e estão com a moeda em dolar. sendo que qualquer variação no dolar vai ser replicado.

Anônimo
Anônimo
4 anos atrás

André, fiquei com uma dúvida. Vc diz que a sua alocação de câmbio na carteira é de 10%. Se eu for replicar a sua estratégia e meu patrimônio for de 500 mil reais, por ex., eu vou comprar só um mini contrato então (cerca de 58 mil reais)? Não seria o caso de comprar 8 ou 9 contratos e proteger o patrimônio todo?

Anônimo
Anônimo
Reply to  André
4 anos atrás

Entendi! Eu não estava pensando no dólar como proteção apenas para a renda variável. Eu estava pensando em proteger meu patrimônio todo contra a desvalorização cambial. Mas a sua obervação é pertinente. Um percentual muito alto em dólar pode tirar boa parte dos rendimentos quando o mercado melhorar.

Obrigado por responder e por trazer tanto conteúdo relevante aqui no blog! Seus textos são melhores do que muitos relatórios pagos por aí… Já aprendi muito com você! Abraço!

Ronaldo
Ronaldo
4 anos atrás

Olá, André! O que acha da proteção por meio da venda de contratos de índice? Num momento como o atual, em que o dólar já subiu bastante, será que vender índice oferece maior proteção? Um abraço!

Ronaldo
Ronaldo
Reply to  André
4 anos atrás

Perfeito, André. Grato pela rápida resposta. Em relação à necessidade de saldo na conta da corretora e ao número de operações no home broker, há alguma diferença entre os contratos de dólar e índice?

Victor
4 anos atrás

Tô pensando em alterar a alocação em dólar pra mini…
uma dúvida: pra apuração de IR (se for o caso) considera-se apenas o valor de compra e venda do mini-índice (obviaente mais taxas, etc) ? Os ajustes diários afetam de alguma forma essa apuração de IR a pagar?

abraço
Victor

Anônimo
Anônimo
Reply to  André
4 anos atrás

Valeu!

Abraço

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