Vale mesmo a pena ter um carro particular só para você?
Ele é uma marca de sua liberdade? Ou será que ele expõe uma relação de escravidão?
Veja como podemos fazer essa análise, tanto do ponto de vista financeiro quanto pelo tempo que ele toma em sua vida (algo que não tem preço!).
O senso comum relaciona a tempos a posse de um carro com a sensação de liberdade. Isso pode ter sido verdade em um passado ainda recente. Mas, atualmente, com a profusão de serviços facilitados pela tecnologia, será que isso é verdade? Ou ainda, será que esse vínculo, entre o automóvel e seu possuidor, além de abandonar o conceito de liberdade, transformou-se tanto a ponto de ser comparado à escravidão?
Veja porque eu acredito que as pessoas possuem uma relação de submissão ao seu automóvel. Elas são as escravas financeiras, servas sem escolhas e obedientes ao tempo que deve despender com ele. Nessas condições, quem será o dono de quem?
A associação do carro com a liberdade
Vamos voltar alguns (poucos) anos na história. Imagine uma época em que não havia muitas alternativas decentes de transporte entre sua casa e os lugares onde desejava ir. Os táxis eram muito caros, o valor dos aluguéis de carros eram exorbitantes e preços de passagens aéreas, absurdas. Ter um automóvel, nesses casos, já deve ter quebrado o galho de muita gente.
Desde essa época, o marketing das montadoras sempre esteve direcionado ao status, principalmente para os modelos mais caros. Vendendo a vergonha de não possuir um veículo da moda (ahh, esses SUVs…), a indústria sempre faturou muito alto com o desejo que as pessoas possuem de se mostrar aos outros.
Entretanto, a estratégia das montadoras também enfatiza a liberdade de possuir seu próprio meio de transporte. O desejo da não dependência de terceiros em seus deslocamentos, sempre esteve entre as maiores aspirações das pessoas. E num mundo onde não existiam muitas alternativas, parecia fazer sentido.
O fato é que a realidade muda. E será que estamos prontos para abraçar essa nova realidade? Onde não seremos os donos de nosso próprio meio de transporte? Parece que isso emana uma situação de menor liberdade e maior dependência. Será? Ou será que nosso pensamento baseado no passado e no senso comum não está invertendo esse novo cenário? Atualmente ter um carro, vale mesmo a pena?
Mudança de paradigma – carro é mesmo liberdade?
Transportemo-nos agora para o presente. Transportes urbanos baratos, com a profusão de aplicativos em seu smartphone. Plataformas de empréstimos de carros e de caronas entre cidades também são uma realidade. Tais ofertas provocaram uma redução no valor dos tradicionais aluguéis de automóveis nos últimos anos. E para ir um pouco além, viajar de avião ficou muito mais barato do que há alguns anos.
Isso já não seria suficiente para repensarmos nossos paradigmas? O mundo está mudando rapidamente, mas as transformações de nossos modelos mentais demandam mais tempo; as pessoas são resistentes a pensar de forma diferente do que sempre acreditaram.
As alternativas existem, principalmente nos grandes centros, e precisamos analisá-las e conferir se compensam para a nossa realidade.
“Ah, mas eu moro no interior e todas essas coisas ainda não chegaram aqui“…
É uma pena que você ainda não tenha a possibilidade de escolha. As razões abaixo foram enumeradas imaginando as opções que temos nas grandes cidades. Continue a ler o artigo para que, chegando o momento, a sua ponderação sobre o novo já esteja em um estágio mais avançado e você possa realizar as melhores escolhas.
Porque seu carro pode ser uma forma de escravidão
Relacionei abaixo três principais motivos para evidenciar o porquê somos escravos de nossos veículos, e porque eles não representam uma liberdade real para nós. O primeiro é sobre a liberdade financeira em relação ao automóvel. Em grande parte das situações, não compensa financeiramente possuirmos um carro. E mesmo se isso não for verdade para você, demonstro a seguir que tal situação representa a ausência de outras liberdades.
Além da financeira, apresentarei como nossa escravidão em relação ao automóvel suprime nossa liberdade de escolha e diminui as escolhas com o que decidimos fazer com o nosso próprio tempo. E ter mais tempo disponível, convenhamos, é uma das melhores métricas de liberdade que podemos manifestar. Se pensarmos em função dessa métrica importantíssima em nossa vida, talvez ter um carro já não vale a pena para você.
Falta de liberdade financeira
Possuir um carro apenas é vantajoso financeiramente para quem é usuário diário e não há alternativas de transporte público. Ir e voltar de Uber ao trabalho só é vantagem para o bolso se o percurso for relativamente curto. De qualquer forma, cada caso é um caso, e o meu objetivo aqui é que você faça a conta corretamente para definir o seu custo financeiro. Você perceberá ainda que o valor do carro é uma variável determinante no cálculo.
Pense rapidamente qual são os dois maiores gastos que você tem com seu automóvel.
Pensou?
Infelizmente, a quase totalidade das respostas que vejo por aí não são corretas. Em geral, as pessoas pensam em combustível, IPVA ou seguro. Porém, na maioria das situações, os maiores gastos com o automóvel são a perda do custo de oportunidade e a depreciação.
Imaginemos um carro novo e popular, custando na faixa de R$ 50.000,00. Comprando esse veículo, já no primeiro ano você perde em depreciação cerca de 15%, ou seja, R$ 7.500,00. Nos anos seguintes esse valor diminui, mas continua bem alto por algum tempo. Esse custo anual fica encoberto durante todo o tempo que você mantém o automóvel, e aparece somente quando decide vendê-lo.
Imagine agora que você não o tenha financiado e pago à vista. É a situação mais favorável, pois você não pagará juros de financiamento. Para isso, você retirou de sua carteira de investimentos o valor de R$ 50.000,00, que poderiam estar investidos em títulos de renda fixa com 3,0% de juros reais ao ano ou em um fundo imobiliário que paga 5% de dividendos no mesmo período.
Ou seja, você abriu mão de R$ 1.500,00 até R$2.500,00 ao ano. Assim, o custo de oportunidade perdido significa abrir mão de alternativas enquanto você opta por alguma delas. Você não receberá mais os juros e dividendos do investimento, logo, tornou-se um custo.
Façamos as contas então: apenas de depreciação, custo de oportunidade, IPVA (4% do valor em SP) e documentação, você perderá R$ 11.750,00 no primeiro ano. Se contratar um seguro, adicione o valor do prêmio. Avalie ainda gastos de combustível, manutenção, estacionamentos, lavagens, possíveis multas e mimos que todos compram para seu possante.
O resultado dessa conta será algo entre R$ 1.300,00 a R$ 2.000,00 ao mês para um carro de R$ 50mil. Para valores diferentes, a proporção, em geral, se mantém. Para carros usados, haverá menor depreciação, mas também um maior custo de manutenção.
Esses gastos representam menos escolhas para fazer em sua vida, uma vez que nosso orçamento é finito. Além de menos escolhas, os automóveis são, provavelmente, os bens que mais drenam recursos para que você alcance logo a sua independência financeira. É nesse sentido que ela é prejudicada por você possuir essa fonte de despesas.
“Ok, mas eu fiz as contas aqui. Meu trabalho fica muito longe de casa e um aluguel de carro não vale a pena, pois aqui é caro. Mesmo um Uber diariamente, não compensa. Qual escolha eu tenho?“.
Mantendo seu emprego e sua moradia atual, nenhuma. Tenha apenas ciência que, essa escolha não é fruto de optar por um carro pela suposta liberdade que ele oferece, mas apenas uma escolha financeira. Você continuará escravo desse bem.
Os dois tópicos abaixo tratam exatamente desse ponto.
Falta de liberdade de escolha
Para ir ao trabalho dentro de um ambiente urbano, talvez você prefira um carro mais econômico e compacto, para diminuir os custos e facilitar o estacionamento. Para viajar com a família, provavelmente você gostaria de um carro mais potente, seguro, confortável e espaçoso para as bagagens. Para fazer uma trilha, talvez um mais parrudo, com tração nas 4 rodas. E para ajudar um amigo com um transporte, talvez uma picape.
Imagine ainda que você goste muito de automóveis. Você acompanha os lançamentos, deseja conhecer os detalhes de cada carro, acelerá-los, avaliar sua estabilidade e todos seus mimos. Será que possuir um, seria a escolha mais racional para ter prazer em comandar essas máquinas?
Percebeu onde estou querendo chegar? A não ser que você faça parte de 0,1% da população que poderia ter vários carros na garagem, você nunca terá possibilidade de fazer tais escolhas sendo proprietário de um automóvel. Você sempre se sentará no mesmo banco, verá o mesmo painel e contará com as mesmas características, até uma nova troca. Que financeiramente, convenhamos, deve ser tão espaçada quando possível.
Alguém que decide não possuir um carro, escolhe usar aplicativos como o Uber ou Cabify para pequenos deslocamentos urbanos e prefere alugar e dirigir em finais de semana (com preços cada vez mais em conta). Essa pessoa não possui muito mais liberdade de escolha para decidir o automóvel apropriado para a ocasião? Quantas vezes você já pensou em alugar um veículo?
Os aluguéis de carros, antes com valores altos, já não são os mesmos. Hoje temos sites comparadores de aluguéis de carros, onde, no momento que escrevo, é possível alugar um Ford Ka com ar condicionado por R$ 64,00 por dia. Estão surgindo start-ups para facilitar o aluguel através do app do celular. Não é à toa que o mercado de aluguel de carros está crescendo muito nos últimos anos.
Ok, nas locadoras as possibilidades não são tão extensas assim. Você escolhe apenas a categoria (que já ajuda um bocado, definidas suas circunstâncias). Mas em plataformas P2P, como o Moobie há mais opções e a preços bem convidativos. Você pode até analisar se alugar o seu carro vale a pena financeiramente. Por que não?
Confesso que no Brasil ainda existem poucas opções. Ainda é um negócio novo, principalmente no Brasil, e espero que prospere. O que ainda dificulta sua expansão, no meu entendimento, é o apego brasileiro ao seu bem. Mas, se pensarmos globalmente, esse tipo de negócio tende a crescer muito.
Veja na figura acima a quantidade de carros disponíveis para compartilhamento em uma grande cidade mundial como Los Angeles. E tais iniciativas não existem apenas entre empresas P2P, mas mesmo grandes montadoras de carros estão testando suas próprias plataformas de aluguel, utilizando preferencialmente, carros elétricos.
Imagine ainda que você seja um apaixonado por carros clássicos. Veículos que custam fortunas e que, mesmo com muito dinheiro você provavelmente não poderia colocá-los na garagem? Que tal alugar um Delorean ou um Ford 1931? Se você não tem custos altos com automóveis, sobra mais dinheiro para você exercer essa liberdade. Veja a proposta do Driveshare.
Ultimamente, temos visto um aumento também dos serviços de assinaturas de carros, seja através de empresas de locação de veículos ou pelas próprias montadoras. Há opções de R$ 800,00 a R$ 10.000,00 mensais, dependendo do nível do veículo. Compare com seus custos mensais (não esqueça da depreciação e do custo de oportunidade, que citei anteriormente). Será que uma assinatura de carro não vale a pena para você?
Vamos terminar citando mais uma liberdade de escolha que você não possui por sair com seu carro? Você gosta de uma cervejinha? Ou um vinho? Pois é… nem degustar tranquilamente suas bebidas preferidas fora de casa agora é possível, com a extrema restrição de teores de álcool no sangue. Nem mesmo um copinho pode ser ingerido…
Se você dirige, você aborta sua liberdade de beber “só um pouquinho” em um jantarzinho com quem gosta. Se você escolhe pedir um carro por aplicativo, você livre para isso, não? Convenhamos, leitor, quem é de fato, o dono de quem?
Falta de liberdade de tempo
Acredite, mesmo que você não seja muito dedicado ao seu veículo, ele retira de sua vida um tempo que poderia ser muito mais bem aproveitado.
O dono dedicado lava, seca, encera, aspira e limpa o interior do seu automóvel com uma certa frequência. Tanto o proprietário dedicado quando o usuário também precisam calibrar pneus, checar o nível de água, e eventualmente, levar à manutenção. E até os mais relapsos precisam gastar tempo para procurar colocar combustível, encontrar uma vaga e estacionar.
Podemos citar casos específicos no caso de viagens aéreas mais longas. As pessoas que entendem de automóvel sabem que é prejuízo para o veículo deixá-lo parado muito tempo. Então, para longo tempo seu uso, são necessários vários procedimentos, como desligamento da bateria, adição de excesso de pressão nos pneus e dependendo da extensão do período, até a retirada da gasolina no tanque. Ou seja, mais tempo dedicado ao Senhor Carro.
Entretanto, em geral, ninguém age dessa forma. Optamos pela decisão de vendê-lo em tal situação similar, causando um prejuízo imprevisto. Eu sou um exemplo que viveu esse cenário. E é claro, que isso gera um prejuízo absurdo em depreciação. É difícil esquecer que comprei um carro por R$ 61mil em 2009 e o vendi por R$ 39mil em 2012, quando fiz a viagem para a Ásia. E olha que a inflação nesses anos alcançou quase 6% anuais. Veja o prejuízo…
É possível os leitores imaginarem, em seu meio, casos específicos de pessoas que terminam por ficar escravas do automóvel. Eu lembro sempre do meu pai que, apesar de não cuidar tanto de carros, era obrigado, a cada poucos dias, deixar por alguns minutos o motor de um carro a álcool ligado, que ficava na maior parte do tempo parado. Se ele não fizesse isso, o carro não liga sem a ajuda de um mecânico. Nessas situações, ter um carro definitivamente não vale a pena.
Novamente, insisto, quem é o dono de quem?
Meu caso pessoal e conclusão: vale a pena ter um carro?
Bom, apesar de tudo isso, confesso aos leitores que eu ainda tenho um carro. E uma moto. Não, não é hipocrisia de minha parte ter escrito todo o texto acima e possuir ambos em minha garagem. Eu explico, até para considerar que cada leitor possui um caso específico e deve pensar em sua própria realidade.
A motocicleta, hoje, é quase um fetiche. Ela foi comprada para ser usada mais na estrada e já está comigo há alguns anos. Já viajou até Goiás e está se preparando para ir ao sul do país. É um objeto de deleite, não um utilitário. Então, nada do que falei anteriormente aplica-se a ela. Emoção contra a razão, percebem? E a cada ano que passa, vejo que seu valor no mercado só aumenta. Ainda vai virar uma clássica. E vai ficar comigo.
O automóvel eu mantenho basicamente para os dias de chuva e frio. Ok, concordo que para pequenas distâncias, o Uber e similares resolveriam o problema. Porém aqui temos uma rotina de viagem de 150km ao menos, duas vezes por mês, onde além do risco de chuva, necessitamos quase sempre de espaço de bagagem. E é basicamente nessa frequência que o carro é de fato, necessário.
Os custos mensais para alugar um carro do mesmo padrão, associados ao transporte de ida e volta de minha casa até a locadora quase empatam com meus custos fixos (que são baixos – não faço seguro e a manutenção é baixa, pois são poucos quilômetros rodados ao ano). Infelizmente as empresas de compartilhamento de veículos na minha cidade ainda não oferecem alternativas. Se esse negócio vingar, entretanto, é muito provável que, nesse caso, a venda do carro vale a pena e seja a escolha mais sensata a se fazer. Estou sempre monitorando se a oferta de veículos aumenta.
O que ajuda na decisão de manter o automóvel, mesmo que provisoriamente, é o fato de que ele não possui um valor tão alto. Menor custo de oportunidade e menor depreciação, pois já tem alguns anos de estrada. Como já citei em outras oportunidades nesse blog, é suficiente que ele ofereça conforto e segurança, o que ele já fornece. Assim, a decisão de conservá-lo é compensatória. Talvez isso seja uma indicação de que permanecer com carros caros não seja uma escolha sensata e racional.
Acredito que eu e um dos homens mais ricos do mundo estamos alinhados nesse pensamento. Quem sabe se eu deixar o meu envelhecer mais uns 10 ou 15 anos, nossos patrimônios não se equivalham, né?
Mas, voltando ao título desse artigo, não me iludo. Eu sei que acabo sendo escravo de ambos, considerando todos os cuidados que dispenso a ambos os veículos. Principalmente da motocicleta, que ganhou recentemente uma reforma de bancos e alforjes. Próximo mimo: uma nova pintura…
Quando esses cuidados são voluntários e colaboram, de alguma forma, para sua felicidade, ao menos a irracionalidade pode ser compensatória. Você será um típico escravo feliz! O importante é decidir e estar ciente, de forma lógica e coerente, de suas escolhas.
E você, acha que ter um carro vale a pena ou não?
Explore mais o blog pelo menu no topo superior! E para me conhecer mais, você ainda pode…
… assistir uma entrevista de vídeo no YouTube
… ler sobre um resumo de minha história
… ouvir uma entrevista de podcast no YouTube
… participar de um papo de boteco
… curtir uma live descontraída no Instagram
… ou adquirir um livro que reúne tudo que aprendi nos 20 anos da jornada à independência financeira.
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Ótimo post André.
Realmente os custos para se manter um carro são altos. Eu ainda arco com os custos de possuir um modelo com 10 anos de uso levando em consideração alguns fatores: comodidade, conforto pra minha família, moro no interior, filhos pequenos e faço a cada 15 dias uma viagem de aproximadamente 200 km (ida e volto). Porém como na minha cidade vem aumentando as ofertas de serviços como de locação e de aplicativos não descarto futuramente em vendê-lo e optar por utilizar esses serviços.
Obrigado.
Forte abraço!
Temos situações bem similares, Danilo!
Eu por aqui, não penso em trocar de carro ainda não rsrs. O deslocamento pela cidade é bem tranquilo com aplicativos, mas as viagens bissemanais ainda não possuem oferta razoável.
Quem sabe jajá aparecem kits para convertê-lo em carro elétrico rsrs?
Abração e bom final de semana!
André, bons argumentos, todavia há um componente esquecido nessa grande equação e que seria a eficiência de cada um dos componentes. Por exemplo: Alternativa Uber. O Uber não atenderá 100 % das vezes no tempo e nas situações das quais você precisar dele. Ora porque o serviço não vem no tempo em que você espera (demora mais), ora porque o custo está muito alto no momento em que você precisa, ora porque o outro lado cancela a corrida, ora porque dá bug no sistema e ele informa que você não pagou a última corrida (já aconteceu comigo) e aí gera… Leia mais »
Olá Carlos! Sim, eu concordo contigo. Acreditei que expus esse ponto de vista quando comparei os serviços de aplicativos das grandes cidades com as pequenas. Se o serviço é inexistente, ou ruim, como nas pequenas cidades, não convém a mudança. Idem para aluguel. Quando comentei que eu ainda tenho um carro, é justamente por avaliar que, para mim, não compensa vendê-lo. E um dos motivos é que, justamente, eu não tenho uma locadora de veículos no bairro. Só o custo pessoal se ir até lá, alugar um carro, e depois ter de voltar p casa não compensaria. Se fosse do… Leia mais »
Excelente argumentação. Principalmente no que tange ao custo de oportunidade. O rendimento de um bom investimento pode pagar o aluguel mensal de um carro!
Obrigado, Caminhando e Poupando!
O principal é analisarmos tudo de forma mais racional possível e ver o que se aplicar ou não se aplica para nossa realidade. Tem muita gente que não pensa de forma lógica e acaba tomando decisões erradas.
Obrigado e abraço!
Olá! Certeza que financeiramente não me compensa ter carro, mas, a comodidade de ir e vir, não tem preço. Eu lembro na época que sai de casa, aluguei um apertamento bem no centro, próximo do meu trabalho, dava 2 quadras, 3 minutos chegava lá. Nessa época eu não tinha carro, vivia bem com um salário de R$ 1.200,00, pagando aluguel e ainda sobrava dinheiro. Hoje minha situação é bem diferente… Se eu tivesse que ir a pé ao trabalho, porque moro em uma cidade pequena que não tem Uber e táxi não compensa, daria em torno de 1 hora e… Leia mais »
Olá Bilionário! Seu depoimento reforça o que comentei: a decisão tem de vir da realidade de cada um. Em cidades menores, realmente os serviços mais atuais não são competitivos, e pode não compensar deixar o carro. Eu mesmo tenho uma condição na rotina que compensa manter meu carro. Discordo um pouco apenas do sentido de “comodidade” e “casos de emergências com filhos”. Comodidade maior é pegar um Uber e não se preocupar com o trânsito e estacionamento. Em emergências com filhos, principalmente se a pessoa estiver só, é muito melhor usar um Uber e ir atrás com ele, cuidando, do… Leia mais »
Caros, esse post tinha mais de 50 comentários no Disqus, muitos com informações complementares e importantes. Mas na migração do Blogger para o WordPress, no final de outubro, todos se perderam. Não os acho nem nos fóruns da empresa.
Se alguém tiver conhecimento e poder ajudar, é só enviar um e-mail ao blog!
Obrigado!