Meritocracia – os 5 principais argumentos na sua oposição


Veja quais são os principais argumentos, mitos e falácias que procuram desconstruir o real significado de meritocracia.

Quais são os interesses envolvidos na sua defesa e seus maiores beneficiários?


Apesar das ideias, mitos e argumentos usados para definir a meritocracia não estarem vinculados diretamente ao assunto principal do blog, aposto que é um tema constante de reflexão entre as pessoas que buscam sua independência financeira. Afinal, todos nós nos esforçamos para um objetivo e acreditamos que, uma vez agraciados com sua conquista, temos nosso mérito nessa jornada, não?

Meritocracia: quais são os mitos e argumentos usados contra ela? - Imagem de Pexels por Pixabay

A motivação inicial para expor algumas ideias sobre o conceito de meritocracia veio em função de uma notícia da mídia que recebi de um grande amigo: “Após escala ficar pública, 12 médicos pedem demissão em Araraquara“.  A ideia do prefeito da cidade em expor a lista de presença dos médicos nos centros de saúde foi inibir as faltas constantes desses profissionais que prejudicam o atendimento da população.

Chega a ser revoltante que funcionários pagos com o dinheiro público em um atendimento essencial à população, assumissem tal comportamento reativo perante a publicação da escala de trabalho. Eles preferiram a demissão ao invés da prestação de contas de algo tão básico, como o cumprimento de seu contrato de trabalho, demonstrando dessa forma, como usufruíam muitos privilégios e ainda assim eram apoiados pelos seus sindicatos.

Hoje, felizmente, essa ideia está funcionando em diversas cidades, como nesse exemplo em São José do Rio Preto, expondo como é importante vincular o recebimento de um salário, ao menos, à disponibilização de seu serviço à população. Ou seja, precisa existir um certo grau de meritocracia nos serviços públicos, concordam?

A ideologização do significado da meritocracia

Assim, se você concorda que as listas de presença de médicos pertencentes a centros de saúde públicos devem estar disponíveis publicamente, você defende a meritocracia. Nesse exemplo, o significado da meritocracia na gestão pública é a vinculação do salário a um mínimo de cumprimento de sua função: a presença no local de trabalho.

O médico, assim como qualquer profissional, deve “merecer” um retorno apenas se ele cumprir o acordo realizado em seu contrato de trabalho. Demonizada por socialistas e progressistas, a meritocracia tornou-se uma palavra ofensiva e sinônimo de “exclusão social” em conhecidas falácias divulgadas pelo pensamento de esquerda, criando diversos mitos que caracterizam nossa idiocracia.

Os discursos que se posicionam contra o conceito de meritocracia constantemente usam de espantalhos e enganos de causa e consequência para atacar tal ideia. Uma gestão ou uma sociedade baseada na meritocracia consiste em considerar e validar atributos como educação, moral, talento, competência, treinamento ou simplesmente, capacidade de criação de valores para os demais, para a aquisição de determinado sucesso.

E tal conceito tão óbvio quanto a meritocracia, é atacado sem fundamentos, com argumentos falhos que desafiam qualquer lógica. Vamos ver quais são os discursos mais comuns que contaminam a ideia meritocrática para entender o que a meritocracia NÃO é.

Os 5 mitos e argumentos falhos contra a meritocracia

1) Ser a favor da meritocracia é ser a favor das graves desigualdades sociais

Essa é uma das principais falácias apresentadas contra a meritocracia, e, não por coincidência, majoritariamente evocada pelos defensores do aparato social estatal. O papai Estado, o maior gerador das desigualdades sociais, é uma instituição plenamente não meritocrática.

Seus funcionários possuem privilégios abissais frente aos trabalhadores da iniciativa privada, como a estabilidade de emprego, reajuste de salários constantemente acima da inflação e condições ímpares para atingir a aposentadoria. Disso resulta uma acentuada transferência de riqueza para os amigos do poder, seja através de dinheiro lícito ou ilícito, como em casos de corrupção.

Desprezar a meritocracia é, assim, enaltecer e defender privilégios (que não são direitos) e o oportunismo de certos grupos, jogando CONTRA as graves desigualdades sociais.

A melhor solução no meu entendimento é a privatização, talvez com exceção da segurança pública e sistema legal, de todos os serviços públicos. Empresas, mesmo que tradicionais, deveriam ser totalmente passadas para a iniciativa privada, inclusive a Petrobrás.

A implantação de uma gestão meritocrática (defendida corajosamente por alguns bons funcionários públicos), selecionaria as melhores pessoas com salários compatíveis no mercado, no intuito de oferecer melhores serviços à população. Além de resultados mais eficientes na prestação de serviços, a economia gerada para o país possibilitaria uma transferência de renda muito maior e mais produtiva para pessoas, de fato, necessitadas.

2) A meritocracia é injusta, pois os ricos são ricos em virtude da transferência de heranças

Esse argumento não tem nem pé nem cabeça, mas é algo muito difundido. Primeiro, porque a herança é um direito legal e não é o ponto da discussão. Como confundir o direito a uma herança com a condição meritocrática de quem a recebe?

Ninguém que defende a meritocracia acredita que alguém recebe uma herança por mérito, mas sim pelo direito do (ex) proprietário dos bens em decidir o destino de seu patrimônio. O mérito aqui foi de quem a construiu, e não de quem a recebeu.

Culpar a meritocracia dizendo que a herança é uma propagadora das desigualdades sociais é ignorar que o mérito é uma consequência de ações próprias. Se o filho possui um razoável sucesso financeiro simplesmente porque recebeu uma polpuda herança do pai que faleceu, ele não tem nenhum mérito nisso.

Existem, entretanto, a posteriori, graus diferentes de mérito. O filho que multiplicou a riqueza (de forma legal, bem entendido) tem claramente o seu mérito, diferentemente daquele que dilapidou o patrimônio da família. Mas as consequências do recebimento da herança na sociedade nada têm a ver com meritocracia.

Ademais, a maioria das fortunas existentes no mundo não se mantiveram por várias gerações. Se pesquisarmos as listas dos maiores bilionários do século (dos quais, muitos devemos admirar), por exemplo, notaremos que em um espaço de duas gerações os sobrenomes das listas modificaram-se profundamente.

3) Não existe meritocracia, pois as condições de nascimento das pessoas são diferentes

Outra obviedade, mas sem sentido no debate. Isso determina de forma muito clara as chances de sucesso das pessoas, não restam dúvidas. Não há como contra argumentar que um bebê que nasceu na Suíça possui uma probabilidade de possuir uma vida satisfatória muito maior do que um bebê nascido no Congo.

Ainda, ser um famoso cirurgião é muito mais fácil para quem nasceu em uma família com recursos e/ou quando seus pais já são cirurgiões. O mérito é um componente nessa conquista, mas condições iniciais também influenciam o progresso pessoal. Os resultados colhidos são, entretanto, uma consequência das oportunidades iniciais.

Essa discussão, porém, é uma falsa falácia contra a meritocracia, pois suprime qualquer relação de causa e efeito. O conceito de meritocracia pressupõe condições similares. Só podemos equalizar méritos quando temos essas premissas satisfeitas.

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Ou, em outras palavras, para avaliar uma variável, precisamos comparar situações análogas em um mesmo grupo. Por exemplo, dentre as pessoas que nasceram pobres na periferia do Brasil, o mérito foi importante para que algumas obtivessem sucesso? A resposta é “sim” para a quase totalidade das situações.

O argumento, entretanto, não está relacionado com meritocracia, mas sim em garantir da melhor maneira possível, o acesso aos serviços básicos à população de forma que elas partam de uma condição justa – algo que não é prioridade para o Estado e por parte da sociedade que o apoia.

Se possuíssemos uma maior equalização inicial, aí sim poderíamos pensar em comparações meritocráticas posteriormente. Enfim, é mais um argumento fora do contexto para confundir o debate. Algo corriqueiro em época de fakenews e glorificação de mimimis.

4) Argumentar que a meritocracia não se aplica porque ninguém é igual a ninguém

Os demonizadores da meritocracia costumam usar a figura abaixo para condenar o conceito de meritocracia. Mas… onde está o sentido? É novamente, mais um exemplo da falácia do espantalho, substituindo o argumento real por outro falso, para facilitar a refutação.

Diferenças e desigualdades sociais não são argumentos contra a meritocracia
Isso, de fato, é um argumento contra a meritocracia?

Uma empresa exige o mesmo de seu diretor quanto exige do operário? Uma escola exige que o professor de geografia seja apto em matemática? Cada um é exigido conforme seu cargo e habilidades necessárias àquela função. Por outro lado, uma prefeitura que exige que tanto os médicos quanto os funcionários da limpeza cumpram seu horário de trabalho invade suas individualidades? É claro que não!

Na defesa desse “argumento”, as pessoas que são contra à meritocracia terminam, seja voluntariamente ou não, defendendo a ineficiência na sociedade. É muito fácil pessoas não comprometidas com suas funções acusarem a “meritocracia” quando os mais aptos recebem as promoções e os melhores salários.

A verdadeira responsável, entretanto, por esse sentimento é a inveja interna perante a quem recebeu sua recompensa pelo esforço e avanço profissional. Ou seja, a responsabilidade nunca é “minha”, mas sim da “meritocracia”. Ela é a culpada!

Esse é mais um dos enganos nesse debate, onde as pessoas contrárias a meritocracia atacam levianamente sua inteligência. Isso não é argumento. Isso é desonestidade intelectual.

Prover um ambiente meritocrático envolve sim, respeitar cada pessoa, mas também exige que ela tenha uma habilidade aceitável para a função que ela deveria ser capaz de realizar. Manter pessoas incapazes nas funções, além da ineficiência e ineficácia social, envolve riscos e danos maiores para toda a sociedade.

5) A defesa da meritocracia impede as lutas contra as diferenças sociais

Quem normalmente ataca a meritocracia, adora protestar contra as diferenças sociais. Enxerga os talentos pessoais como um problema, uma vez que defende a tese de que todas as diferenças sociais são fundamentadas pelo mérito, embora muitos resultados que determinada pessoa alcançou na vida também são definidos pela sua responsabilidade própria.

Um condenado possui uma condição inferior de liberdade por responsabilidade própria. Uma pessoa que nunca gostou de estudar, não cursou uma universidade por responsabilidade própria. Um esportista que nunca levou a sério seus treinos, não alcançou os resultados que almejava por responsabilidade própria. E isso chama-se justiça! São consequências desejáveis!

Mas, por outro lado, nem todas as diferenças sociais são fundamentadas pela meritocracia. Coloquei anteriormente que, um dos pressupostos da meritocracia é basear-se em condições iniciais minimamente similares.

Logo, o argumento não é verdadeiro, pois, se não possuímos uma sociedade que oferece condições equivalentes no nascimento de cada pessoa, não podemos falar em meritocracia. Isso é outro debate, que envolve muitas outras variáveis.

Apesar dessa confusão que é feita, as pessoas podem continuar queixando-se contra muitas diferenças, mas como várias não se encaixam na agenda globalista, não são realizadas. Muitos protestos poderiam auxiliar, e muito, a melhoria das diferenças econômicas e sociais entre as pessoas.

Por que não protestam contra a aposentadoria privilegiada dos funcionários públicos, por exemplo? Ou contra a privatização por grupos políticos das estatais que tem dilapidado seu patrimônio?

Lutem contra a máfia dos sindicatos que rouba (ou roubou, com as novas leis do atual governo) parte de seu salário constantemente sem a concordância dos trabalhadores! Reclamem da política de expansionismo financeiro do governo que gera inflação e prejudica principalmente as camadas mais pobres. Ou ainda, contra a elevada presença do Estado que cria uma casta de apadrinhados.

A defesa e os argumentos a favor da meritocracia, enfim, não prejudicam as lutas sociais sob nenhuma forma.

O Grand Finale desses malucos: a meritocracia é racista!

Eu poderia colocar mais um sexto argumento contra a meritocracia nesse texto, mas prefiro comentá-lo de forma separada, porque é algo que atravessou as raias do absurdo: relacionar meritocracia com racismo. Bem, acredito que nem é tanta surpresa, uma vez que uma famosa atriz escreveu nas redes sociais que as pessoas mudam de calçada quando seus filhos negros passam… Chega a ser doença…

A sociedade está, infelizmente, realmente doente. Li, na época que escrevi a primeira versão desse texto, em um blog que não encontrei mais:

De fato, essa ideologia (a meritocracia), levada às suas consequências lógicas, levaria à crença na existência de raças naturalmente desiguais, uma destinada a comandar, outra à escravidão

Pois é, caros leitores, nada a ver uma coisa com a outra… Eu estou plenamente convencido de que, quem está dividindo a sociedade em raças, castas e gêneros não somos nós que cremos na meritocracia, na liberdade ou na responsabilidade individual, e sim as pessoas que insistem nessa vitimização. É mais uma prova da constante desvirtualização que temos no debate hoje no Brasil. Ou seja: você é a favor da meritocracia? Racista!

Meritocracia e desigualdade

É verdade que a meritocracia, de certa forma, legitima uma certa desigualdade econômica. Mas isso é uma condição que envolve escolhas pessoais e justiça, como tentei deixar claro no artigo “Transferência de riqueza e igualdade salarial: conceitos imorais”, quando afirmei que “(…) as pessoas são naturalmente desiguais, possuem metas desiguais, possuem motivações desiguais. Ora, é claro que nunca serão economicamente iguais!“.

Lutar contra essa argumentação torna o discurso sem sentido. E enfatizo novamente, o que precisa ser garantido é a similaridade de oportunidades.

O debate sobre o assunto é tão corrupto que oculta um dos problemas fundamentais em nosso país: a assistência de condições básicas na fase inicial da vida, um dos pilares para promover condições iniciais melhores para todos.

É urgente mais reconhecimento para os melhores profissionais de educação e saúde, pois esses aspectos influenciam decisivamente as escolhas primárias na vida de uma criança e adolescente. Isso são atos meritocráticos, que contribuem para a ascensão da qualidade do sistema como um todo, uma vez que possuem incentivos para o restante da equipe. E qualidade é algo com que todos podemos nos beneficiar.

Explore mais o blog pelo menu no topo superior! E para me conhecer mais, você ainda pode…
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… ou adquirir um livro que reúne tudo que aprendi nos 20 anos da jornada à independência financeira.

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Guilherme
Guilherme
4 anos atrás

Excelente texto, André!

Ao ler o texto, não pude não lembrar de uma frase muito boa, engajada no contexto defendido pelo artigo: não há coisa melhor do que conquistar as coisas pelo mérito. Pelo esforço. Pela dedicação.

Isso aí, conhecimento de alta qualidade mais uma vez sendo difundido, com maestria!

Abraços!

Bilionário do Zero
4 anos atrás

Estou virando fã deste blog. Eu penso da mesma forma, na verdade, no serviço público, a única coisa que o servidor precisa se preocupar é em “bater o ponto” corretamente, é a única ferramenta que os gestores possuem para avaliar os servidores públicos, e ainda assim, eu vejo muitos problemas acontecendo. Eu sei de funcionários que ficavam abusando de Horas extras, e por isso, acabaram ganhando um FG (Função gratificada), que permite que eles não precisem mais registrar o ponto, mas deixam de ganhar as horas extras, ganham um valor fixo extra mesmo que não trabalhem. Esse é um caso… Leia mais »

André Luis
9 anos atrás

Mais um excelente texto! Show!2 pontos: 1) Estou decepcionado com o governo atual e não defendo o PT mas pelo que eu acompanho das noticias do Brasil e os poucos números q eu vejo, notam-se avanços em saúde e educação, ou pelo menos, nunca se investiu tanto. Acredito que haja um interesse legitimo nestes campos que supostamente não comporiam parte de uma agenda populista. Não acha "muito pesado" afirmar que prover serviços básicos a população "não é prioridade para os governos em geral e principalmente para o que temos no momento"? No seu texto até parece q vc anda descontente… Leia mais »

André Rezende Azevedo
9 anos atrás

Obrigado Kbç! Que estamos gastando mais, não comparei mas não duvido. Afinal, a carga tributária está maior. O dinheiro tem de ir para algum lugar mesmo hehe. Mas acho que não é por aí que avaliamos algo, pois vc pode gastar mais com menos eficiência e o resultado ser pior. Estou é curioso para vc me mostrar os avanços na educação e saúde rsrsr. Na educação temos índices como IDEB e a prova PISA e estamos pior em praticamente tudo. Pouquíssimos avanços, andando como caranguejo. Além disso, no último censo o IBGE apontou, que nunca antes nesse país tivemos aumento… Leia mais »

André Rezende Azevedo
9 anos atrás

Kbç, por coincidência, vi esse artigo de hoje como não lido no meu feedly: http://www.institutoliberal.org.br/blog/desafios-liberais-para-educacao/
Tem muitos links para informações também.

Cantinho
9 anos atrás

Os gastos do governo não são contabilizáveis já que dizer que foi para a saúde não quer dizer que foi usado efetivamente para prestar serviços médicos.

André Rezende Azevedo
9 anos atrás

Exatamente. A baixa eficiência e eficácia nos gastos públicos não nos permite desvendar para onde de fato, vai a grana.

Leandro Medeiros
Leandro Medeiros
9 anos atrás

Caro André, atrevo-me a contestar a conclusão de sua construção acima: "As pessoas são naturalmente desiguais, possuem metas desiguais, possuem motivações desiguais. Ora, é claro que nunca serão economicamente iguais". Acredito que você tenha apontado traços evidentes de singularidade humana, os quais carregam certa carga de necessidade e efeito (traços biológicos e psicológicos, que, guardados os limites de determinação social, levam à ação desigual), para dar como decorrência algo que não encontra base em suas premissas: Não necessariamente teríamos valorações economicamente diferenciadas para atividades humanas diferenciadas. A relação entre ganho/ofício é estabelecida por meio de convenções sociais, em determinado contexto… Leia mais »

André Rezende Azevedo
9 anos atrás

Caro Leandro, suas palavras são verdadeiras. Mas acredito que, na comparação com a minha construção, houve uma confusão entre ambições, escolhas e motivações (pertencentes à minha frase) com a necessária competência em seu uso dentro de uma economia de mercado. Concordo totalmente com sua ideia de valor. As pessoas são recompensadas em função do benefício que proporcionam às demais. Esse conceito não tem discussão. Mas esse desenvolvimento da ideia já seria uma etapa posterior ao que quis comentar no meu texto. De fato, não prossegui analisando por essa perspectiva. O que não considero um erro, pois o assunto estaria meio… Leia mais »

Leming®
Leming®
9 anos atrás

Na minha opinião não se deve utilizar fatores psicológicos ou a desculpa esfarrapada de contexto social para justificar desigualdade. Nasce pobre e morre pobre, nasce ignorante e morre assim quem quer ou não tem nenhuma vontade de evoluir (exceto pessoas com comprovada deficiência cerebral).O valor do trabalho é determinado no contexto histórico quando se fala em profissão já que quem faz reparo de videocassete não pode esperar ter o mesmo valor hoje com os avanços tecnológicos. Também não é obrigado a continuar fazendo o mesmo.Quando aquilo que você faz agrega algum benefício, utilidade ou valor para seu "produto" sua compensação… Leia mais »

André Rezende Azevedo
9 anos atrás

Leming, onde vc entendeu que eu usei fatores psicológicos e o contexto social para justificar a desigualdade?

Leming
Leming
9 anos atrás

Caro André,

Era para ser uma resposta ao Sr. Leandro Medeiros mas por algum motivo o navegador gerou a resposta ao mesmo como resposta ao tópico.
Peço desculpas pela confusão.

André Rezende Azevedo
9 anos atrás

Sem problemas Leming!

Aproveitando, após ler a Revolta de Atlas anos atrás acabei hoje de ler A Nascente. Será tema do próximo post! Abraço!

Leandro Medeiros
Leandro Medeiros
9 anos atrás

Meus caros! Louvo a ocasião de podermos discutir tais temas a partir de pontos opostos da realidade e, nem por isso, acabarmos em insultos estéreis, que nada acrescentam à discussão. Quanto a minha primeira observação, André, tive somente a intenção de apresentar mais um aspecto envolvido na relação desigualdade/meritocracia, e não de encerrar um assunto cuja complexidade exige mais análise e cuidado. Quanto ao que argumentou, Leming, faço algumas considerações: O trecho de seu texto resume o simplismo exagerado que critico: "Nasce pobre e morre pobre, nasce ignorante e morre assim quem quer ou não tem nenhuma vontade de evoluir… Leia mais »

André Rezende Azevedo
9 anos atrás

Obrigado Leandro. Alguns pitacos: Como coloquei no texto, eu reforço a ideia de igualdade de oportunidades, como o acesso à educação de qualidade, por exemplo (embora eu tenha convicções muito fortes a respeito de que isso não é um direito, ou seja: não podemos vincular tais políticas a deveres de outrem – possivelmente, em países como o Brasil um sistema de vouchers como o proposto por Friedmann possa ser uma solução temporária), mas acho que vincular fatores genéticos com mérito seja muito complicado, até porque o mérito não existe sob uma forma apenas – o financeiro. Os fatores genéticos e… Leia mais »

PADilla Prof. LUiZ Roberto Nuñes PADilla
9 anos atrás

Parabéns, André! Magnífica demonstração de como os psicopatas espalham falsas crenças para sabotar as pessoas decentes e jogar uns contra os outros! Certamente notastes como os cachorro são autênticos enquanto a maioria das pessoas – supostamente "mais evoluída" – é dissimulada? Foram "educados" a serem assim: acharem "normal" serem fingidos; o ambiente de falsidade é propício à manipulação pelos psicopatas. Nas últimas décadas, esses 2% da população dominaram a sociedade mediante falsas crenças e inversão de valores: http://padilla-luiz.blogspot.com.br/2013/06/espertos-agindo-como-tolos.html

André Rezende Azevedo
9 anos atrás

De fato PADilla! O interessante é que esse tipo de manipulação e o qual você aborda em seu blog, foi comentado no meu último post em um comentário sobre o livro de Ayn Rand: http://www.viagemlenta.com/2014/09/a-nascente-ayn-rand-o-padrao-moral-entre-o-individuo-e-o-coletivo.html.

Abraço e obrigado pelo comentário!

Anônimo
Anônimo
9 anos atrás

ÓTIMO TEXTO, PROF. PADILLA..TEMOS QUE DESMONTAR TODO ESTE CASTELO DE CARTAS FALSAS DOS PSICOPATAS DO MOMENTO..PARABÉNS…Mauro A. F. Leite

PADilla Prof. LUiZ Roberto Nuñes PADilla
9 anos atrás

No Brasil, a ditadura disfarça-se na superficialidade induzindo a estultice e nos transportes públicos caros e ineficazes induzindo a “necessidade” de usar carro particular. o indivíduo em um escravo de uma armadilha: ”precisa” do carro para ir trabalhar e trabalha para pagar o veículo e todos gastos que o usar acarreta… Os congestionamentos podem ser evitados, contudo, são mantidos devido ao interesse dos governos: a perda de tempo e de energia no trânsito facilita a aceitação da escravidão disfarçada; impedem a maioria da população dispor de condições de perceber e se rebelar contra a escravidão dissimulada: roubam tempo, energia e,… Leia mais »

Leonardo Antônio Zaramella Borges
9 anos atrás

Então dê o mérito ao PT por conseguir manter-se no poder.Só uma observação sobre a Meritocracia Educacional referente a charge: Há professores que exigem o mesmo nível de conhecimento de uma minoria de alunos (ou um único) dos demais da sala. Suponhamos que você está em uma turma de inglês e você não sabe nem o básico. Na mesma turma há um colega que tem um nível básico de conhecimento mais avançado que o seu (por ouvir mais músicas em língua inglesa, assistir filmes nessa língua ou por ser um "auto-didata"). É justo a professora aplicar uma avaliação exigindo de… Leia mais »

André Rezende Azevedo
9 anos atrás

Leonardo, em várias postagens desse blog eu comento sobre a efetividade, nas últimas décadas, da esquerda em disseminar a revolução cultural, bem como sua maestria em lidar com a máquina de propaganda e marketing. Claro que ela tem o mérito de estar no poder, embora seja por motivos espúrios. Sobre a charge, ela parte de um mesmo objetivo comum dos alunos: aprender inglês. Isso já destoa seu argumento, pois nela, não há um objetivo comum entre os animais de escalar a árvore. Cada um deles possui interesses diferentes. Considere ainda que seu argumento inclui outro erro inicial: alunos com níveis… Leia mais »

Anônimo
Anônimo
8 anos atrás

E o mais ridículo na sociedade contemporânea acerca da meritocracia e beleza!Ninguém faz-se bonito ou feio.Isso é culpa inteiramente dos genes.Como é que se pode considerar a beleza um mérito?Mas são parvos ou q?É como achar que nascer rico é um mérito!Nascer rico ou belíssimo (do tipo com 1.80 e olhos verdes) não é um mérito!Mas antes um privilégio!

André Rezende Azevedo
8 anos atrás

Eu diria que é uma condição (e irrelevante). Não entendo também como privilégio. 🙂

Anônimo
Anônimo
8 anos atrás

Gostaria de parabenizá-lo pelo blog! Essa postagem tem argumentos excelentes e bem explicados. Muitas vezes temos as idéias mas na hora de argumentar, não achamos os meios, as palavras e os exemplos certos. Realmente me ajudou muito, você conquistou mais uma leitora! Tudo de bom, continue espalhando essas idéias coerentes, esse Brasil de esquerda carece disso.

André Rezende Azevedo
8 anos atrás

Obrigado pelas palavras! Fico feliz em poder ajudar. Volte sempre!

alexandre
8 anos atrás

Meritocracia, onde leva tudo isso, aonde esta a sustentabilidade nesse processo ideologico? Na divisao? Eu fiz por merecer e o resto que se foda? Como se nao existissem os condicionamentos e por consequencia a falta de opcao ou desconhecimento de que se pode optar,pergunta la no estado islamico! Chegaram a condicao de homem bomba por merito, como se nao fossem influenciados e condicionados pelo meio em que vivem.prisoes psicologicas existem e sao piores que as fisicas tai as religioes que tanto escravisam,como se dependesse so do individuo, a natureza nos mostra que somos interdependentes sozinhos nao sobrevivemos portanto os condicionamentos… Leia mais »

André Rezende Azevedo
8 anos atrás

Que texto enrolado Alexandre… Meritocracia não divide nada, apenas premia os melhores. É justiça. A falta de justiça, a evidência de que muitos recebem o que não deviam receber é que leva à divisão. O estímulo à divisão provém de frase como "eu fiz por merecer e o resto que se foda". Onde no texto está evidenciada tal ideia?… Então agora o fundamentalismo islâmico que coopta homens-bomba para matar inocentes tem sua culpa na meritocracia? Nossa… viajou muito… A meritocracia nunca fez apologia à vida solitária. Ela é um dos produtos do liberalismo, do mercado justo, e funciona principalmente por… Leia mais »

Renato
8 anos atrás

Assunto bastante complicado. Quem decide quem tem ou não merecimento sobre as coisas? A meritocracia premia os melhores através de qual ótica? É ela ao mesmo tempo lei e juiz, ou está a serviço dos homens? Não sei, preciso pensar mais sobre o assunto e agradeço pelo post, mas me pareceu que, no texto, a meritocracia foi colocada como algo desligado do mundo real, como algo incorruptível em essência, como se ela garantisse a igualdade independentemente do arbítrio de quem a utiliza. E isso me parece um ponto importante a ser discutido.Por exemplo, muitas vezes uma empresa exige mais de… Leia mais »

André Rezende Azevedo
8 anos atrás

Renato, obrigado pela opinião e aguardo novas ideias quando pensar mais sobre o assunto. Por ora, não entendi onde você quis chegar com seus exemplos finais. Além de não concordar com eles, não percebo onde entra a meritocracia nessas considerações.

Angelo Telesforo
Angelo Telesforo
7 anos atrás

Você trocou o "onde" e "aonde". "Aonde leva…" "onde está…". Esse mimimi contra meritocracia vem de pessoas que sabem que ficariam ao largo, pois não têm mérito.

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