As pessoas que acompanham esse blog há algum tempo sabem que a publicação de guest posts não é muito frequente. Um dos motivos talvez seja “meus” filtros como qualidade, adesão à proposta do blog e honestidade quando aos possíveis backlinks. Já recebi vários pedidos não aprovados.
Alguns, porém, passam no crivo, como o recente texto do leitor Marcos sobre as melhores cidades para viver a FIRE, e agora, o post da Natália, analista de marketing da BitcoinTrade.
Natália escreveu sobre um tema de interesse de muitas pessoas no blog com qualidade e que conversa diretamente com minha ideia de colocar bitcoins na minha nova carteira de fundos de índices, cujo texto renovei há dois meses. Sua rentabilidade começará a ser publicada em agosto/2020.
Além disso, chequei a BitcoinTrade na internet e as ocorrências positivas superam muito as ocorrências negativas. A empresa, inclusive, está há três anos no Reclame aqui e possui nota “ótima”. Assim, o texto cumpriu todas as etapas para publicação nesse espaço. Deixo vocês com ele a partir de agora…
Ah, e para não deixar dúvidas: não se trata de link afiliado e nem estou ganhando nada nessa publicação. A ideia é apenas trazer uma informação importante que o blog ainda não possuía.
Atualmente, todo investidor já ouviu falar sobre as criptomoedas e seu principal representante, o bitcoin. O assunto passou a estar presente nos principais portais de notícias mundiais, atraindo muitos curiosos. Essa nova possibilidade de investimentos, que está trazendo bons rendimentos para muitos investidores, chama a atenção daqueles que desejam alcançar a independência financeira.
Mas você sabe exatamente o que são os bitcoins? Por trás do bitcoin e das criptomoedas está um sistema chamado blockchain. Mais do que um investimento, a premissa na criação do bitcoin foi ser uma moeda de troca que proporciona transações financeiras de forma rápida, segura e barata. Entenda a tecnologia que suporta o bitcoin e se você pode se beneficiar desse novo investimento.
Como funciona o blockchain?
Descentralização
O blockchain é um sistema descentralizado, isto é, ele não está ligado a uma única instituição. Até então, nossa forma de lidar com o dinheiro dependia de um ponto central, como é o caso dos bancos.
Em sistemas centralizados, há uma instituição financeira que funciona como uma intermediadora entre duas partes. Por exemplo, quando uma pessoa deseja fazer uma transferência monetária para outra pessoa ou empresa, nem sempre há uma confiança mútua, certo? Por isso, estas duas partes confiam no banco para mediar essa relação e realizar a transferência, gerando histórico e comprovante. Desse modo, ambos se sentem mais seguros para realizar a troca.
A problemática que os desenvolvedores do blockchain identificaram no funcionamento desse sistema tradicional foi que, como as autoridades estão suscetíveis a falhas, uma única adversidade que a instituição central enfrentar pode causar consequências negativas para todos que dependem dela. Por isso, idealizou-se um sistema descentralizado que se baseia em uma rede distribuída que guarda todo o histórico das transações entre diversos computadores interligados.
O blockchain é, então, uma cadeia de blocos na qual cada bloco contém informações que registram de forma criptografada todas as transações realizadas, não sendo possível acessar os dados da identidade de nenhuma das partes. Sendo assim, as transações acontecem de forma segura e transparente, ao passo que esse histórico está acessível a todos os participantes da rede e nenhum usuário pode alterar as transferências, o que evita atos maliciosos e falsificações.
Um sistema coletivo garante o sucesso e a segurança das transferências ao contar com diversos usuários que verificam e validam uma mesma transação. Desse modo, em vez de dependermos de um banco ou instituição superior que é a única testemunha da transferência realizada, dependemos de toda uma rede com inúmeros participantes. Isso significa que para alguma transação acontecer no blockchain, é necessário que não apenas um, mas diversos usuários testemunhem e efetivem aquela transação, ou seja, precisa existir um consenso entre a rede. Os usuários que participam da rede do blockchain validando as transações são chamados de mineradores.
Mineração
No processo de mineração, os usuários participantes da rede ligam um bloco ao outro na cadeia de blocos, adicionando novas informações e novas transações. É claro que este não é um trabalho manual, de modo que essas pessoas possuem computadores que processam cálculos complexos o tempo inteiro para continuar minerando. Isso exige eletricidade e grandes gastos. Logo, os usuários precisam ser recompensados por esse trabalho: eles recebem bitcoins como “pagamento”.
Atualmente, a cada bloco minerado, o usuário recebe como recompensa 6,25 bitcoins. No início, essa recompensa era de 50 bitcoins; o que acontece é que a cada 4 anos esse valor cai pela metade. Esse processo é conhecido como halving do bitcoin, e em 2020 passamos pela terceira etapa. O próximo acontece em 2024, quando a recompensa será de 3,125 bitcoins por bloco minerado. O halving foi criado com o intuito de evitar uma criação infinita de bitcoins, visto que quanto mais blocos minerados, mais bitcoins serão criados e circularão no mercado, o que poderia causar uma desvalorização do preço da moeda. Sendo assim, o halving prevê a longo prazo uma quantidade limitada de bitcoins para evitar a inflação.
Bitcoin pode ser reserva de valor?
A principal dica para manter uma reserva de valor é a diversificação. O bitcoin é uma moeda, então sim, pode ser reserva de valor. Ao se aliar às moedas tradicionais, as criptomoedas podem e devem fazer parte da sua carteira, de modo que você esteja protegido para qualquer alteração no cenário econômico. Entretanto, o bitcoin ainda possui algumas desvantagens, como por exemplo não ser uma moeda aceita universalmente. Listamos os principais prós e contras dos bitcoins para você entender todos os lados dessa criptomoeda.
Vantagens
1) Segurança
Por se tratar de uma tecnologia descentralizada, o blockchain representa uma economia compartilhada que traz para os indivíduos o poder que antes estava apenas nas mãos do governo e dos bancos. Isso significa que as criptomoedas não sofrem com possíveis condições às quais as autoridades podem se submeter.
Um banco pode enfrentar uma terrível falha no seu sistema, pode falir e prejudicar seus clientes, ou um governo pode reter as economias de seus cidadãos de uma hora para outra. É possível imaginar diversos cenários em que o mau funcionamento de uma instituição superior afeta uma infinidade de pessoas.
Já no caso do blockchain, esse tipo de situação não acontece, visto que uma falha em algum nó da rede não prejudica o sistema como um todo. Como existem inúmeros participantes espalhados por diversas partes do mundo, não há a chance de derrubar o sistema.
Além disso, a modernidade dessa tecnologia também protege os indivíduos ao contar com a criptografia e o anonimato. Todas as transações ficam registradas, mas as partes envolvidas na transação são identificadas apenas pelo endereço público; não há dados como nome e CPF. Isso significa que ninguém consegue associar tal endereço público a uma determinada pessoa (claro, a não ser que você informe alguém que aquele endereço pertence a você).
2) Sem burocracia
As transferências na blockchain não contam com as burocracias que estamos acostumados nos meios tradicionais. Para enviar dinheiro para o exterior pelo banco, por exemplo, é necessário preencher diversos documentos e todo o processo pode demorar horas ou dias. Já no caso do bitcoin e das outras criptomoedas, as transações acontecem de forma muito mais rápida e pouco custosa, a qualquer momento. A tecnologia blockchain está disponível 24 horas por dia e não depende do horário comercial. Com isso, não importa se é um dia útil ou véspera de natal, é possível transferir suas moedas digitais para qualquer país.
3) Quantidade limitada
As moedas tradicionais podem ser infinitas, visto que o governo emite quantas moedas quiser. Já o bitcoin tem um limite de existência. Como explicamos, o halving do bitcoin faz com que a cada 4 anos a quantidade de novos bitcoins criados a partir da mineração caia pela metade. Dessa forma, estima-se que até o ano de 2140 haverá 21 milhões de bitcoins em circulação, e, a partir deste momento, mais nenhum será criado. Essa escassez se torna um ponto positivo ao passo que evita uma desvalorização da criptomoeda.
Desvantagens
1) Oscilações
O valor do bitcoin se movimenta de acordo com o mercado, já que não existe nenhuma instituição controlando seu preço. Por um lado, isso é bom, mas por outro, é uma moeda de alta volatilidade, podendo sofrer fortes oscilações. Durante o ano de 2019, vimos o preço do bitcoin subir de R$13.000 para R$49.000, e cair para R$29.000 (valores arredondados). Já em 2020, após o halving, seu preço chegou a cerca de R$54.000. Estes são só alguns exemplos para ilustrar as variações bruscas que a moeda pode sofrer. O mercado se movimenta o tempo todo, e de um dia para outro, a oscilação pode ser grande.
2) Tecnologia recente
Faz pouco mais de dez anos que o bitcoin e o blockchain passaram a fazer parte do mercado financeiro. Por enquanto, podemos ver um crescimento das criptomoedas, porém há o risco da moeda não ser adotada de forma massiva. Seu objetivo é ser utilizada mundialmente no dia-a-dia, e, por enquanto, não existem dados suficientes para prever realmente qual vai ser o futuro do bitcoin, mesmo que por ora o panorama seja positivo.
3) Responsabilidade própria
O bitcoin e sua tecnologia tem boas medidas de segurança, mas quando é você quem perde sua senha, você mesmo pode ser prejudicado por elas. Isso significa que se você se descuidar e, por exemplo, perder a senha da sua wallet de bitcoins, não há a possibilidade de recuperar, já que não existe uma instituição superior com todos esses dados. O usuário tem total controle sob o próprio dinheiro digital, e, com isso, grande responsabilidade. Por isso, é importante se informar sobre segurança e adotar algumas medidas, como fazer back-ups com frequência, aprender a salvar e proteger seus acessos, e escolher uma boa carteira entre todas as opções.
Também é importante citar que podem acontecer fraudes que não são falhas no sistema do blockchain em si, mas golpes que se apoiam nos próprios descuidos dos usuários. Se você cai em um golpe de phishing por e-mail, e inocentemente informa seus acessos a criminosos, eles podem transferir seus bitcoins para suas carteiras. Como no blockchain as transações acontecem de forma anônima, infelizmente não seria possível rastrear quem roubou seus bitcoins.
Vale a pena investir em bitcoin?
A presença das criptomoedas está em crescimento e sua tecnologia é segura e inovadora. Devido às oscilações do mercado, podemos entender o bitcoin como um investimento de risco. Para quem tem interesse em adentrar esse mercado, estudar suas especificidades e se dedicar a acompanhar sua movimentação, o bitcoin pode render bons frutos. Confiar em uma adoção em massa do bitcoin também é um atrativo para investir na moeda.
O que sabemos é que o mundo está cada vez mais tecnológico de uma forma geral, e esse parece ser um caminho sem volta. Por isso, é importante não ficar para trás e experimentar as tendências atuais. No final, o que importa é diversificar a carteira de investimentos e compensar perdas com ganhos. O futuro é incerto e é importante estar preparado para todas as possibilidades.
Para a compra e venda de bitcoins, existem as exchanges, que são como corretoras de valores, só que de criptomoedas. Ao se cadastrar em uma dessas plataformas digitais, você pode entrar com um valor em reais, e, então, comprar a quantidade desejada de bitcoins. São elas que intermediam as negociações entre os compradores e vendedores de criptomoedas.
As negociações são disponibilizadas publicamente em um livro de ordens, assim como na bolsa de valores. Os preços seguem, então, a oferta e demanda dos clientes, sem acontecer qualquer interferência por parte da exchange.
No Brasil, é possível comprar bitcoin na BitcoinTrade, uma das principais corretoras de criptomoedas do país. A empresa existe desde 2017 e é a primeira exchange da América Latina a possuir o PCI DSS Compliance, um certificado internacional de segurança de dados envolvendo cartões em transações bancárias digitais. Além do bitcoin, a corretora também já conta com outras 5 moedas digitais na plataforma e segue expandindo suas negociações.
Explore mais o blog pelo menu no topo superior! E para me conhecer mais, você ainda pode…
… assistir uma entrevista de vídeo no YouTube
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… participar de um papo de boteco
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… ou adquirir um livro que reúne tudo que aprendi nos 20 anos da jornada à independência financeira.
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É verdade que as criptomoedas ainda enfrentam incertezas e desafios em relação à sua adoção ampla e segura, mas seu potencial disruptivo não pode ser ignorado. À medida que a tecnologia blockchain continua a evoluir e novas soluções são desenvolvidas para os desafios das criptomoedas, sua aceitação e adoção podem aumentar.
Além disso, a natureza descentralizada e global das criptomoedas as torna acessíveis a um público muito maior do que o sistema financeiro tradicional. Isso pode ajudar a promover a inclusão financeira e oferecer alternativas para aqueles que são excluídos ou subatendidos pelo sistema financeiro existente.
Concordo contigo, Coin365!