A Nascente, de Ayn Rand: o padrão moral entre o indivíduo e o coletivo


Discursos do anti-herói do livro “A Nascente”, revelam intenções ocultas em meio à disputa pelo poder, a realidade do debate do coletivismo contra o individualismo e a apologia na pregação da igualdade contra a liberdade.

A obra deixou sua autora, Ayn Rand, famosa por frases, discursos e ideias dos personagens de suas novelas.

Conheça o perigo na provisão de meios para a constituição de uma única massa de pessoas susceptíveis à dominação e não seja uma delas.


Terminei de ler “A Nascente“, livro publicado na década de 40 do século passado que projetou a romancista-filósofa Ayn Rand. Ela hoje é mais conhecida por outra obra-prima, “A Revolta de Atlas“, seu grande best-seller lançado posteriormente. Ainda farei uma resenha desse seu mais famoso romance, mas aqui, desejo escrever sobre “A Nascente”: um livro fascinante, demolidor dos mitos do ideal do coletivismo, expondo dois extremos morais durante toda a narrativa.

E é sobre um desses extremos que pretendo deixar claro como a ideologia coletivista, dominante atualmente na política e no dia a dia, pode tornar cada vez mais perigosa para nossa liberdade.

A Nascente, de Ayn Rand: o padrão moral entre o indivíduo e o coletivo.

O indivíduo contra o coletivo em “A Nascente”

Um desses extremos morais é protagonizado por Howard Roark, a representação do verdadeiro espírito humano. Ele acreditava que o homem é uma unidade independente quanto aos seus pensamentos e ações, e não deve ter sua individualidade subjugada para atender demandas de uma abstração, de um coletivo denominado de “sociedade”, pois antes de pertencer a um grupo, ele já é uma unidade própria.

Rand dizia que o debate comum distorce os conceitos de individualismo, e não atinge o que de fato encerra o conceito de unicidade do ser humano, ou seja, que o homem é um fim em si mesmo e não um meio para o fim de outros humanos. Nesse conceito, ele existe por seus próprios propósitos, e não pode ser coagido a se sacrificar pelos outros ou beneficiado por sacrificar outros para si próprio.

Esse era o homem representado pelo arquiteto Roark, cuja luta contra três principais grupos de oponentes permeia todo o romance. Seus primeiros adversários são os tradicionalistas, representados por aqueles que não aceitam as mudanças na arquitetura que Roark propõe, acorrentados a ideias do passado. Confortáveis em suas posições, carecem de um pensamento inovador e defendem o status quo, negando qualquer tipo de debate que sugere desafiar suas certezas.

O segundo grupo são os resignados, pessoas de personalidade limitada que se sujeitam a serem meros seguidores das expectativas alheias. Para tal, anulam seus desejos e valores a fim de obter a aprovação social. Esse grupo representa a maioria das pessoas que você conhece, e seu protagonista no livro é Peter Keating, que ao final da história manifesta um intenso conflito interno por assumir crenças que não foram suas.

O terceiro grupo é o mais perigoso: são os censores do pensamento independente que vivem como parasitas e dominam os dois primeiros conforme sua conveniência. São os apologistas das causas sociais, do auto sacrifício pessoal em prol ao coletivo, defendendo um Estado poderoso o suficiente para impor tais obrigações às pessoas.

Nessa defesa, almejam e conquistam cada vez mais poder capturando a mente de seus seguidores, destilando mentiras convenientes ao invés de verdades inconvenientes e consequentemente, consolando mentes e corações perturbados no intuito de capturar suas consciências. Dominam os idiotas úteis principalmente do grupo anterior. Qualquer semelhança com a mentalidade coletivista (ou esquerdista, se preferir) brasileira não é mera coincidência. Não é à toa que seus discursos são semelhantes a manifestações ditatoriais mundo afora.

Continuem lendo para ver a incrível afinidade.

O discurso de Roark em seu julgamento

Roark é a figura central do romance para onde a história converge e foi o personagem utilizado por Rand para divulgar as ideias de uma filosofia que estava em construção – o objetivismo. ” A Nascente” ganhou uma versão para o cinema em 1949 e o discurso de Roark em seu julgamento resume o triunfo das ideias individuais sobre o parasitismo coletivo.

Roark diz que a mente, necessária para a sobrevivência e glória da espécie humana, é um atributo individual, não coletivo. O raciocínio ocorre por conta própria e não pode ser influenciado por alguma compulsão, necessidades ou desejos dos outros. Quem converte raciocínios em ações, segue seus julgamentos e deseja a conquista da independência, sem dominância perante aos demais e sim como uma troca livre e voluntária.

Após afirmar sobre seus direitos quanto aos seus projetos e ideias e de não servir aos parasitas coletivistas sem escolhas ou recompensas, coloca seus termos ao final do discurso: o homem tem o direito de viver para o seu próprio bem. Encorajo muito ao leitor acessar o link do discurso de Roark em seu julgamento. É um trecho do filme “A Nascente” e está dublado em português.

Nesse artigo, a ênfase maior ficará, entretanto, ao discurso do Ellsworth Toohey, o supremo representante dos coletivistas que buscam a dominação da sociedade pregando a salvação do mundo e o bem comum pelo apelo do altruísmo e o auto sacrifício. Entender esse tipo de pensamento nos ajuda a distinguir melhor qual a moral e a ética que está sendo aventada atualmente na nossa sociedade.

Possivelmente não por coincidência, é uma passagem muito menos comentada, mesmo no Google americano. Vamos a ela agora.

O discurso de Ellsworth Toohey a Peter Keating

Já próximo ao final do livro, um quase monólogo de Toohey para Keating revela os motivos de seu comportamento durante o decorrer da novela. Toohey sempre foi visto como uma pessoa inteligente (e era, embora imoral), mas seus propósitos nunca foram verdadeiramente conhecidos. Repleto de admiradores, era considerado como uma pessoa que desejava o bem a todos. Seus discursos, sempre competentes, pregavam o socialismo, a preocupação com a satisfação das pessoas, a igualdade dos membros da sociedade e o atingimento do bem comum.

Desdenhava a meritocracia e via nas pessoas ricas uma fonte de financiamento para terceiros. Odiava pessoas que pensassem por elas mesmas classificando-as como egoístas e impedia sua ascensão para o sucesso pessoal. O objetivo de sua igualdade era o nivelamento por baixo das capacidades individuais, de forma que ele pudesse sempre ficar em evidência. Seu ódio por Roark possui essas raízes.

Logo no início Toohey afirma que usa as massas alienadas para seus propósitos pessoais:

É para isso que eu tenho de fazer uma encenação, a minha vida toda, para pequenas mediocridades desprezíveis como vocês. Para proteger suas sensibilidades, suas posturas, suas consciências e a paz de espírito que vocês não têm“.

Toohey admite para Keating que todas suas atitudes tiveram um único propósito: poder. Porém, algo que seus tolos seguidores nunca perceberam. O poder é nefasto e até hoje as pessoas não percebem como o poder com que legitimam os políticos e burocratas, é o alimento da corrupção e a fragilização de sua própria liberdade.

Ele vê a si mesmo como um ungido para comandar as pessoas da forma que achar necessário:

Eu herdei o fruto dos esforços deles e serei aquele que verá o grande sonho transformado em realidade (…) Eu dominarei (o mundo). Se aprender a dominar a alma de um único homem, você consegue pegar o resto da humanidade, Peter. (…) Faça o homem se sentir insignificante. Faça-o sentir-se culpado. Mate suas aspirações e sua integridade. (…) Diga ao homem que ele deve viver para os outros.

Essa era sua técnica para destruir o senso de valores do homem e atribuir a cada um sua incapacidade de ser virtuoso, fazendo com que sua alma abra mão do respeito próprio. Assim “você o tem. Ele obedecerá.“. Esse é o princípio do coletivismo, ideia levada a cabo por Hitler, Stalin, Mao Tsé-Tung e o sonho dos coletivistas e esquerda latino-americanos, que tentam aqui implantá-las através de muita mentira e hipocrisia.

A pregação do sacrifício para atingir o bem comum também é citado por Toohey:

Todos os sistemas de ética que pregaram o sacrifício (…) dominaram milhões de homens. Claro, é preciso usar camuflagem (…) Use palavras imponentes e vagas. “”Harmonia Universal””, “”Espírito eterno””, “”Propósito Divino”” (…) “”Ditadura do Proletariado””. (…) A farsa prossegue há séculos e os homens ainda se deixam levar (…) O homem que lhe fala de sacrifícios fala de escravos e donos. E tem a intenção de ser o dono.

Hoje provavelmente a camuflagem tem tons diferentes. “Democracia popular”, “República Bolivariana”, “Igualdade Social”, “Ideologia de gênero”… O que tem de verdade e mentiras nesses termos? O quanto eles, proclamando uma suposta felicidade coletiva, solapam a sua liberdade individual em prol de uma fictícia maioria?

Contemporâneo de Ayn Rand, Aldous Huxley também notabilizou-se por chamar a atenção para o coletivismo em uma distopia famosa, resenhada e comentada por mim nesse artigo: “Admirável Mundo Novo: até quando uma ficção?”.

Um discurso muito usado pela esquerda hoje é que não existem verdades, como a tolerância de ações aceitas pelo relativismo cultural ou moral. Típica estratégia gramsciana para a conquista do poder pela esquerda. Toohey não a esqueceu e tratou nesses termos:

Os homens têm uma arma contra você: a razão. Portanto, você precisa certificar-se completamente de que a tirará deles. Corte os alicerces que a sustentam (…) Não a negue completamente (…) Apenas diga que ela é limitada. Que há algo acima dela (…) Que, nessa questão, ele não deve tentar pensar, deve sentir (…) Não queremos nenhum homem que pensa“.

É interessante quando em debates, tentamos usar a razão e outras pessoas apelam à emoção. Como a similar situação de que ter como oponente no xadrez um esquerdopata ou um pombo: ele vai cagar no tabuleiro, derrubar as peças e sair cantando vitória.

Raciocínio individual, Peter? Nada de raciocínio individual, apenas pesquisas de opinião pública. Uma média tirada de zeros, uma vez que nenhuma individualidade será permitida“.

As consequências da implantação estatal de políticas de igualdade social em países que instituíram as ideias socialistas, fazendo com que apenas a pobreza fosse socializada, não foram esquecidas:

Que todos vivam pelos outros. Que todos se sacrifiquem e ninguém lucre (…) Que todos fiquem estagnados. Há igualdade na estagnação. Todos subjugados à vontade de todos (…) Um grande círculo e uma total igualdade. O mundo do futuro“.

Outra manifestação da doutrina progressista, que não entende que a economia não é um jogo onde um ganha e outro perde e que somente transferir a riqueza de quem é mais apto a quem não é apenas perpetua o problema, como comentei no artigo “A ética tacanha de Robin Hood“, se não houver mudanças estruturais nas instituições.

Mais um aspecto da estratégia gramsciana fica evidente no discurso coletivista:

Dividir e conquistar, primeiro. Mas depois, unir e governar (…) Ensinamos os homens a unirem-se. Isso cria um pescoço pronto para uma coleira. Nós encontramos a palavra mágica: coletivismo (…) um país dedicado à proposição de que o homem não tem direitos, de que o Estado é tudo. O indivíduo visto como mau; a raça, como Deus. Nenhum motivo e nenhuma virtude permitidos, exceto o do serviço à raça”.

Muitas das ideias expostas até então foram sementinhas plantadas por Rousseau, mais de dois séculos atrás, como comentado no texto “Rousseau e o perigo das mentes revolucionárias que desejam o bem comum“.

O final do discurso tem uma frase excepcional:

Ofereça veneno como alimento e veneno como antídoto. Dê aos tolos uma escolha, deixe que se divirtam, mas não esqueça do único propósito que você tem que alcançar. Mate o indivíduo. Mate a alma do homem. O resto seguirá automaticamente“.

“A Nascente” vale a leitura, não acha? Será que não ouvimos vários trechos desses discursos por aqui mesmo, principalmente quando estamos mais próximos às eleições? Conheça o lado certo da história e, possivelmente, você entenderá melhor quem são as pessoas que eu chamei de sapos no artigo “Liberdades restritas através das intenções e práticas do Estado“.

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Anônimo
Anônimo
2 anos atrás

Meus amigos, comecem por usar a vossa própria razão. Noto nesta análise, e nos comentários, uma fuga preocupante ao raciocínio próprio, que deve ir à raiz das questões, se quer eficiência, e por outro lado uma obediência servil às ideias de Rand. Estou a fazer este comentário por obrigação, não me apetece, mas, para que a «liberdade» exista é preciso que o «ser humano» resista. Comecemos por resistir ao pêndulo da «direita» e da «esquerda» e pensemos por nós: acham que alguém consegue ser desses «heróis», sem passar por cima de verdadeiros heróis? Acham que a violação, que nunca é… Leia mais »

Investidor Suburbano
3 anos atrás

Excelente post, no momento e estou lendo A revolta de Altas e realmente nos traz bastante reflexão sobre o assunto.
Acho q esquerda Brasileira mto rasa, todos eles possuem os mesmos discursos. Não vejo como o Brasil voltar a ter um governo esquerdista, a população está se informando (na medida do possível nas redes sociais), e estão perdendo espaço.
Não tem como sustentar um discurso em que vc iguala as pessoas na miséria e ignorância, indefensável.

Muquirana
4 anos atrás

Adorei esse livro!! Não sabia que havia um filme. A revolta de atlas tem uma filmagem mas é uma decepção. Neste momento quando as democracias liberais estão saindo de “moda” e o autoritarismo populista está voltando com força, Ayn Rand se faz cada vez mais necessária.
Abs!

Carvalho
Carvalho
9 anos atrás

Oi André. Li a Nascente esse ano e acho como você o Revolta de Atlas bem superior. Achei os personagens da Nascente demasiadamente caricatos e história um pouco chata. Embora os personagens também sejam caricatos no Revolta de Atlas, a história é mais emocionante em suas reviravoltas e com os misteriosos desaparecimentos. Além disso os problemas são mais palpáveis nesse segundo livro, são fábricas, ferrovias, enquanto na Nascente o problema são escolhas arquitetônicas, algo bem mais abstrato, embora importante. Outra diferença que vejo é que na Revolta de Atlas a maldade está mais espalhada, são inúmeros burocratas e regulações a… Leia mais »

André Rezende Azevedo
9 anos atrás

Carvalho, sua análise está excelente! Obrigado por comentar. De fato, somos uma minoria, para lá de irrisória, principalmente nesse canto do mundo. A labuta é longa. A desconstrução do conceito de individualidade foi muito bem feita, desde quando as pessoas começam a pensar em entender o mundo, ou seja, no período escolar. É muito difícil alterar esse modelo mental rapidamente. Tem de ser pouco a pouco e apelando sempre à razão. O maior mal é deixar entrar emoção nesse tipo de discussão.

Abraço!

soulsurfer
9 anos atrás

Olá, André! Beleza amigo?Como o colega aí em cima achei a coisa caricata demais. Eu não li o "clássico" "A Revolta de Atlas". Estava zapeando pela TV um dia e vi que estava passando o filme (episódio II), fiquei uma hora vendo o filme e achei horrível, não só a qualidade e a interpretação (falo aqui de estética), mas a própria história em si. Se esse a "Nascente" é mais caricato ainda do que "A Revolta…" então a coisa é feia.Nesse seu próprio discurso, uma das partes é tida como "parasita", como se pode construir um discurso ideológico objetivo se… Leia mais »

André Rezende Azevedo
9 anos atrás

Olá Soul! De fato, ele fica um pouco a dever à Revolta, que considero bem melhor, como citei no texto. Não entendi apenas seu ponto "Se esse a "Nascente" é mais caricato ainda do que "A Revolta…" então a coisa é feia", se você ainda não leu a Revolta. Se for iniciar em Rand, recomendo esse último, concordando com as palavras do Carvalho. O livro "A Nascente" de fato exagera em certas situações. Eu comecei a me animar apenas na quarta parte final do livro rs. Não entendi seu raciocínio no segundo parágrafo. Toohey era um parasita pois obtinha o… Leia mais »

soulsurfer
9 anos atrás

Olá, André!É que quando vi o filme eu já achei alguns personagens extremamente caricaturados. Se neste livro a "Nascente" a caricatura é ainda maior, então eu acho que é demais. Porém, eu apenas li 1 hora do filme, e não posso dizer se é ou não, mas peles trechos pareceu ser. Talvez eu não tenha sido claro. Uma vez eu debati com o Dr. Money (um dos grande blogs sobre finanças e pensamentos econômicos) e ele citou trechos do livro "A revolta de Atlas", e em vários deles a linguagem era essa: parasitas. O livro possui uma agenda e uma… Leia mais »

soulsurfer
9 anos atrás

apenas "li" uma hora do filme é ótimo não? Apenas vi uma hora do filme, que com certeza não corresponde ao livro, mas creio que deu para ter uma ideia do se trata a trama.

André Rezende Azevedo
9 anos atrás

Ah Soul, ok, não tinha me atentado que vc tinha visto uma parte do filme. Cara, o filme é péssimo. Eu o vi (as duas partes – a terceira vai ser lançada esse ano) após a leitura do livro e me decepcionei. Foi muito mal feito. Sobre o enredo, é sensacional. Não gostar aqui é questão de gosto, mas representa fielmente o que vem acontecendo em vizinhos próximos e quem sabe, por aqui. Alguns exageros acontecem como em qualquer história, mas nós, leitores conscientes, temos capacidade para absorver a mensagem. Para reforçar: não faça sua imagem do livro pelo filme.… Leia mais »

André Rezende Azevedo
9 anos atrás

Relendo minha resposta, fiquei na dúvida da minha afirmação de que não acho o ser humano especial biologicamente. Para reforçar, estou falando de matéria e forma. Se algo biológico interfere nos comportamentos, ele seria especial biologicamente sim hehe. Bom… acho que você entenderá meu pensamento pelo restante dos comentários 🙂

Esse sistema de comentários é um pouco estranho. Aparece o botãozinho de "editar" mas ele não funciona. Só nos resta fazer um adendo posterior…

Darlene Guedes
9 anos atrás

caro soulsurfer concordo com você, pois em nossa estrutura biológica já carregamos a dualidade, pois para sermos um ser, precisamos de uma parte feminina e a outra masculina. Então o coletivo já vem cravado no dna. Lógico que todos necessitamos também de individualidade, mas não que seja pragmática , pois já mais ela, será. Mas na parte da ressonância magnética, não posso concordar, pois não sei bem sobre o que ela realmente vê. Também não li o livro, apenas está página e os comentários.

Darlene Guedes
9 anos atrás

-SÉCULO XVIII O FILÓSOFO INGLÊS JOHN LOCKE AO REFLETIR SOBRE A MENTE HUMANA, COMPAROU-A A UMA FOLHA EM BRANCO, PREENCHIDA E MOLDADA AO LONGO DA VIDA, POR MEIO DAS EXPERIÊNCIAS, DA CULTURA E DA EDUCAÇÃO(OS TIJOLOS DA PERSONALIDADE). MAS A DESCOBERTA DO DNA ABRIRAM-SE AS PORTAS PARA UMA COMPREENÇÃO INÉDITA DAS RAÍZES BIOLÓGICAS DO COMPORTAMENTO HUMANO, A PARTIR DAÍ FOI POSSÍVEL IDENTIFICAR GENES QUE TORNAM AS PESSOAS MAIS VULNERÁVEIS A DESENVOLVER TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS, ATITUDES ANTISSOCIAIS E VÍCIOS, POR EXEMPLO NEUROSE OU ESTABILIDADE ,ABERTURA OU NÃO A EXPERIÊNCIAS, CAPACIDADE DE ATENÇÃO OU DISPERSÃO . SÃO CARACTERÍSTICAS 50% HERDADAS DOS PAIS. A… Leia mais »

André Rezende Azevedo
9 anos atrás

Sim Darlene, as influências são diversas. Por isso que insisto que cada ser humano é um ser único.

Darlene Guedes
9 anos atrás

hóooo meu amigo… único , mas jamais só, boa tarde meu amigo…

soulsurfer
9 anos atrás

André, o homem é um animal biologicamente fantástico.O nosso cérebro é algo assombroso, somos sim especiais, mas não especiais no sentido de sermos apartados de outros animais ou da biologia, mas parece que concordamos aqui.Claro, cada indivíduo é único, aliás cada formiga também é unica, pois ela possui um DNA único. Mas, não vamos abstrair tanto, e vamos considerar a unicidade de cada indivíduo da espécie humana. Veja, eu não falei em determinismo genético (mas essa hipótese está voltando com certa força com as novas descobertas da neurociência), mas sim como a nossa biologia nos influencia.Precisamos relembrar onde toda essa… Leia mais »

André Rezende Azevedo
9 anos atrás

Valeu Soul! Vou dar uma olhada na segunda. Final de semana é complicado rsrs! Abraço e muitas praias por aí (se o tempo estiver bom)!

Darlene Guedes
9 anos atrás

O indivíduo só tem necessidade de reafirmar sua individualidade quando existe a pressão da exposição e da cobrança nas relações interpessoais. É possível ser você mesmo e atuante mantendo sua individualidade: constituindo sua construção individual e impondo sua representação social.

André Rezende Azevedo
9 anos atrás

Sim. Vejo a individualidade como uma condição per se, natural ao ser humano.

Lemming
Lemming
9 anos atrás

Ótimo texto que já é padrão no blog e não posso deixar de comentar.Li os 2 livros e vejo que existe uma confusão pelo texto tratar do personagem como arquiteto mas pelo que vejo e entendi do livro poderia tratar de qualquer outra que fosse sendo ele padeiro ou pedreiro.A grande questão e que vejo como uma pintura ou esclarecimento dos dias atuais fica claro no livro partindo do discurso de Toohey que é o nivelar por baixo, a ode a incompetência, apologia ao parasitismo e da limitação do ser humano como uma massa que não pode nem deve pensar.Dizer… Leia mais »

André Rezende Azevedo
9 anos atrás

Exatamente Lemming: não foi minha intenção reduzir os pensamentos expostos para a arquitetura. Ela foi apenas um pano de fundo para a expressão das ideias da autora.

Acredito que concordamos nos demais pontos! Obrigado pelo comentário!

Darlene Guedes
9 anos atrás

Caro Lemmig, o DNA carrega as características (coletivo) dos ancestrais, dos parentes, do pai , da mãe, mesmo que não se desenvolvam, ele as recebeu. E se todos cruzassem os braços seríamos todos parasitas, se todos ficassem namorando só na internet acabaria a humanidade. Como os homens brilharão, se todos cruzarem os braços ! Alguém tem que ir à luta, e as ideias partem do indivíduo para o coletivo. Então de certa forma ele trabalha tanto para os parasitas, quanto para as ideias coletivas. " Haverá sempre alguém disposto a fazer." E são os parasitas e as ideias coletivas que… Leia mais »

Darlene Guedes
9 anos atrás

Caro Lemming , na Criação, no início(Gênesis 2) quando Adão era um ser humano só e único. … não é bom que o homem esteja só… esteja como diante dele… (Gênesis 2:18) = quer dizer que Deus não estava se agradando do homem estar só, estava acontecendo algo que Deus vira que o homem precisasse de uma adjuntora (complemento), que lhe servisse diante dos seus desejos e anseios. – Segmund Freud(1856-1939) diz que nós concentramos energia, e a libido é uma forma de descarregar essa energia. – Gênesis 2:24 … e apegar-se-à à sua mulher, e serão ambos uma só… Leia mais »

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