Individualidade e responsabilidade são fatores essenciais de humanidade plena. Veja, nesse pequeno texto, como elas podem trazer significado e satisfação para sua vida.
Muitas vezes, parece ser difícil tornar-se a pessoa que desejaríamos, de verdade, ser. Ela é, muito provavelmente, diferente da pessoa de seu vizinho, de alguém de sua família ou de um amigo. Mas a sociedade exige a adoção do estilo de vida que as massas praticam. E, de preferência, rapidamente, para não “perdermos tempo” e não ficarmos para trás.
Queremos os melhores carros. Necessitamos estar atualizados com a moda do ano. Celular com mais de um ano? Obsoleto! Afinal, a versão mais nova tem uma câmera a mais. Um eletrodoméstico de 2 anos, que poderia durar mais de 10, já pede uma renovação. Assistimos os mesmos programas de televisão, onde o marketing e os anúncios veiculados constantemente reforçam o consumo irracional.
Talvez acreditemos que essa forma de pensar e agir é alinhada com a vida atual e o que ela oferece. Afinal, as coisas evoluem, não? Mas, por natureza, é simplesmente uma busca pela conformidade. Na medida que queremos o que os outros possuem ou o que está em voga, nos conformamos em viver a vida que os outros estão vivendo. Gastamos nosso precioso tempo em imitar o que acreditamos que as pessoas gostariam que fôssemos.
Isso vale também nos “debates” pelas redes sociais. É mais fácil nos conformarmos com a opinião dominante. Para que questionar demais se todos estão falando se um tal de isolamento radical é a única alternativa? Bradar contra os impulsos do totalitarismo que impedem até as pessoas de ficarem sentadas na praça ou andar na praia? Mais confortável ficar do lado da massa, não? Assim estaremos alinhados e resignados à realidade que nos é imposta.
Não perca sua individualidade
Paramos para pensar que esse comportamento resulta nada mais, nada menos, do que uma perda total de nossa individualidade? No fundo, realmente queremos esse estilo de vida? Fazemos parte dessa manada? Queremos estar com as roupas da moda, com um novo celular ou com o carro do ano? Ou ainda: acreditamos que vale a pena gastar nosso dinheiro, que poderia ser usado para outros fins, em comprar mais “coisas”?
Não deveríamos assumir o protagonismo em nossas vidas e gerenciar o tempo destinado para fazermos nossas próprias escolhas? Agir no campo do consumo de acordo com os nossos valores, e não com os de nossos vizinhos? Será que essa forma de pensar não permitiria revelar uma felicidade antes oculta em nosso dia a dia?
Mudar o modelo mental vigente e tomar o controle total de nossa existência é determinante para descobrirmos a melhor maneira de superar a vergonha que sentimos em não ser como as pessoas desejam que deveríamos ser. É fundamental para superarmos eventuais invejas por não viver a vida dos outros, mesmo que sejam inconsistentes com nossos valores.
Quando refletimos no assunto, podemos definir com clareza o que é mais importante para nós e para nossa família. Precisamos de tantas coisas, ou podemos praticar mais o minimalismo, que nos permite uma paz interna que nos preencha de forma plena? Direcionar nossos recursos para buscar essa satisfação, independentemente do que os outros façam ou tenham, é essencial para a real felicidade.
Seus vizinhos podem ter mais coisas que você? Claro que sim. Não vale a pena lutar essa competição. O importante é conscientizar-se que, quando estamos fazendo o nosso melhor, com nossos recursos, geramos confiança e responsabilidade. O que, talvez, falte a eles.
Desenvolva sua responsabilidade
Quando ignoramos a conformidade ditada pela rotina e usamos nosso tempo para perseguir o que nos traz significado e satisfação, desenvolvemos algo essencial para uma vida plena: a responsabilidade.
Sempre estando testando novas formas de apreciação. Experimentamos algo, avaliamos nossos sentimentos e observamos os resultados futuros. Se formos espertos, mudamos algumas coisas que não deram certo. Se ficar melhor, a mantemos, analisando melhorias. É a busca incessante para nos mantermos confortáveis.
Talvez o que falte às pessoas que perderam sua individualidade tentando acompanhar os outros é responsabilidade para tentar algo próprio. Ser dono de sua própria vida pode amedrontar: afinal, se as coisas não derem certo, de quem será a culpa?
Ser responsável significa experimentar mudanças que podem funcionar para você, mesmo que não funcione para seu vizinho ou familiares. E tomar a decisão correta, mesmo que não seja a vigente nos modelos mentais da sociedade.
A responsabilidade permanece na avaliação dos resultados dessas mudanças. Foram ruins? Vamos mudar! Bons, mas podem melhorar? Que tal regulá-los? Foram perfeitos? Ótimo, continuemos praticando! Muitas vezes, você pode até obter efeitos surpreendentes, como a independência financeira e aposentadoria antecipada. Mas não foque somente no que é incrível. O bom não é inimigo do ótimo. Comece de forma simples.
A individualidade e a responsabilidade fornecem o combustível necessário para você ser o único especialista de sua própria vida. Essa é a beleza de sua existência.
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O tema é muito pertinente principalmente nos dias atuais repletos de verdades absolutas e marketing agressivo que manipula como quer os desejos da sociedade doente. Só não devemos confundir individualidade com individualismo. Com relação à pandemia nunca vi tanto mimimi em minha vida por parte de alguns grupelhos e asinhas de fora (muitas) de governadores e prefeitos no que tange a respeitabilidade constitucional do ir e vir das pessoas. E digo isso com propriedade pois sou medico e tambem trabalho na saúde pública. Abs
Marcos, tocou num ponto importantíssimo: individualidade e individualismo. As pessoas costumam confundir muito os conceitos. E, nessa confusão, perdem a riqueza que uma vida com protagonismo pode fazer a elas.
Sucesso no trabalho nessa difícil situação que estamos vivendo!
Abraço!
André,
Gostei muito do seu post e das reflexões propostas.
“No fundo, realmente queremos esse estilo de vida?”
Quantas pessoas será que param para pensar de forma mais profunda sobre isso?
Muitas vezes passamos de consumidor a produto – e nem percebemos…
Um bom final de semana!
Olá Rosana!
A maioria não pára e muito menos pensa. Triste dizer, ficam correndo atrás do que nem mesmo elas sabem o quê…
Esse debate de ser o produto é algo bem interessante. Tem muito a ver com o acreditar no “tudo grátis”. Quase sempre há algo oculto, e temos que entender o quê. Se não entendemos, corremos mesmo o risco de ser o produto…
Bom final de semana! Abraço!
Excelente texto, André! Podemos e devemos pensar “fora da caixa”. Gostei particularmente desse trecho: “Sempre estando testando novas formas de apreciação. Experimentamos algo, avaliamos nossos sentimentos e observamos os resultados futuros. Se formos espertos, mudamos algumas coisas que não deram certo. Se ficar melhor, a mantemos, analisando melhorias. É a busca incessante para nos mantermos confortáveis.” Tenho um vizinho idoso que toda noite liga a TV para assistir os programas policialescos. Dá uma pena grande, pois ele provavelmente fez isso a vida inteira, e o resultado foi a construção de uma vida que, infelizmente, perdeu muito de sua potencialidade, justamente… Leia mais »
Obrigado, Guilherme!
Pois é, esse trecho mostra também que não somos sempre os donos da verdade. Devemos estar prontos para observar o mundo ao redor e checar se o que ainda pensamos, ou em como agimos, está correto ou não.
Com certeza. Se a pessoa sempre assumiu um papel passivo e nunca questionou o que ouve, faz e debate, acaba perdendo sua individualidade e a própria humanidade.
Abraços!
Excelente artigo – ainda mais em tempos atuais!
Obrigado, Renato!
Ficar em casa nesse momento não eh perder individualidade, ficar em casa eh ajudar a saúde pública. Se vc sair, está colocando em risco não só você como outros a sua volta. Não acredito que o isolamento deva ser feito através da força do estado mas infelizmente eh o que está acontecendo, já que as pessoas não assumem a responsabilidade de não procurar o sistema de saúde aos sentirem os sintomas daquilo que elas buscaram para si ao sair de casa. Eh um debate complexo, de um lado a saúde e do outro a necessidade de ganhar dinheiro. Eh preciso… Leia mais »
A irresponsabilidade deste artigo é gritante ao associar o isolamento social como se fosse “uma nova moda das massas” e não como a única alternativa viável para a evitar que o sistema de saúde colapse em um contexto de pandemia global. Neste contexto, o desenvolvimento da responsabilidade é pensar no coletivo. Na sua saúde e no do próximo. Acompanho alguns blogs de finanças e ninguém chegou a esse ponto. Irei removê-lo do meu leitor de RSS.
Douglas, eu não disse isso, mas sim que agir conforme o mando de pessoas/governos sem questionar nada, nos torna mais conformistas e sem individualidade própria. Talvez você defenda isso mesmo, por dar tanta importância para um coletivo, que, no fundo, entende-se em dar contínuo poder ao Estado. Comunistas e nazistas também pensavam assim. Pensar no coletivo é você mesmo fazer algo que ajude as pessoas e não dar poder a uma entidade que supostamente fará isso. Quando ao caso do coronavírus, vc demonstra em sua resposta que, infelizmente, faz parte da manada, quando diz que o isolamento é o único… Leia mais »
Olá Expatriado! Em nenhum momento disse que ficar em casa é perder a individualidade. O ponto é a falta de questionamento pelas “verdades” que nos são impostas. Se você questionou as ordens públicas e decidiu por si mesmo que o isolamento é a melhor alternativa, ok! Minha crítica de perda da individualidade é para as pessoas que não procuraram entender o outro lado e estão bovinamente repercutindo o mantra “fique em casa”, como papagaios de pirata. Na maior parte das vezes, por motivos políticos. Cabe a cada um conscientizar-se de sua situação nesse momento. Para completar: não concordo que é… Leia mais »
André, excelente artigo. As pessoas seguem a massa sem qualquer questionamento. Vc tem toda razão!
Vc poderia listar os países que não fizeram o isolamento radical e estão com menos casos que aqueles que o adotaram?
Um grande abraço.
Olá Antonio! Obrigado! Os países orientais, como Taiwan e Coreia do Sul fizeram um isolamento muito menos radical, embora eles tenham tomado outras medidas como muitos testes e uso de máscaras. Aqui no flanco ocidental, é interessante comparar países muito parecidos, como Holanda e Bélgica. A segunda foi muito mais drástica e possui um maior número de infectados (número de testes muito parecidos) e mortos, apesar da população bem menor. A Suécia também fez um isolamento mais flexível. Apesar de muitos comparar seus números com a Dinamarca, com um isolamento mais radical, quando fazemos as contas pelo número total da… Leia mais »
Uma reflexão para ambos…
O texto possui 15 parágrafos. Apenas um faz a referência ao isolamento. Mas foi apenas nesse que a discussão nasceu.
Esse debate virou muito mais político, com um clima de FlaxFlu do que propriamente científico. E é justamente nesse ambiente que perdemos a racionalidade e agimos de forma mais emocional. Um caminho bem propício para enfraquecer nossa individualidade e caminhar para o pensamento de massas…
É André, tentar questionar qualquer coisa vira isso ai. Faz um tempo que ao se posicionar em algo, do outro lado vão te bater pois não aceitam opinião contrária.
Imagina uma sociedade que pense de uma forma só, que pobre seria? Muito provavelmente, não teríamos metade das coisas que temos hoje.
Enfim, bela reflexão. Eu em minhas pesquisas acredito que o isolamento é que temos pra hoje. Nessa luta com o desconhecido, ganhar tempo é o que há de melhor a se fazer.
Abração
Muito ruim para o debate, né, Inglês?
Se você não pensa como eles, você é o bobo, chato, nazista, só pensa no dinheiro (economia) e não liga que muitos velhinhos estão morrendo. Infantilidade a grau máximo.
Abração e bom final de semana!