Dias 141 a 142 da viagem: Delta do rio Mekong, ao sul do Vietnã


A viagem à fantástica região do Delta do rio Mekong, no sul do Vietnã. Baseada na cidade de Cantho, com noite em uma homestay local e o grande mercado de Cai Rang.


Em Ho Chi Minh comprei um pacote de uma operadora local para a visita do Delta do Mekong, com a duração de dois dias, passando uma noite na região dentro de uma homestay mantida por uma família local (hotel era outra opção). Fiquei em dúvida como seria essa homestay, e desconfiei de ser algo meio turístico. Mas mesmo assim arrisquei, e essa escolha nos proporcionou um dos melhores momentos da viagem, narrados a seguir.

Chegando na homestay ao final da tarde no delta do Rio Mekong
Chegando na homestay ao final da tarde no delta do Rio Mekong

O delta do rio Mekong é uma região muito peculiar, unindo condições geográficas características – milhares de rios, igarapés, ilhas com uma das áreas mais populosas do país, em uma economia baseada na pesca e no cultivo do arroz, beneficiado justamente por essa abundância de umidade.

A viagem teve uma parada inicial na cidade de My Tho, onde paramos para ver a bela Pagoda Vinh Tragn, com uma das estátuas mais divertidas de Buda. Após essa parada, pegamos um barco e até o dia seguinte o transporte principal seria aquático! Paramos em uma ilha para um passeio de charrete (?…). Coisas de pacote turístico, sem comentários… E almoçamos, junto com um espanhol e uma colombiana, na ilha Tortoise, um um bonito local com pontes de bambu atravessando igarapés.

Jaulas de crocodilos também estavam presentes, e uma das diversões dos turistas era alimentá-los com carne através de varas de bambu. Claro, sempre tentando fazer os bichinhos de idiotas. Mas era divertido vê-los imobilizados e rapidamente, darem o bote na carne.

Estátua gigante do Buda sorrindo
Estátua gigante do Buda sorrindo

Após o almoço, ocorreu um dos pontos altos da viagem: fomos a um passeio de canoa conduzido por duas vietnamitas entre estreitos cursos de água, admirando as plantações na margem e a vegetação local. E posteriormente visitamos várias vilas, pomares, artesanatos locais, e em um deles tive a oportunidade de carregar uma cobra de 8 quilos nas costas. Sensação meio estranha…

Chegando ao final da tarde, fomos para a homestay, em uma viagem que finalizaria com quase 40 minutos de barco por um canal nos arredores de Can Tho. O pôr do sol, durante essa navegação estava incrível. Pena que a vegetação atrapalhou um pouco a contemplação.

A homestay era simples, mas bem aconchegante. Claro, não havia ar condicionado, mas as camas tinham mosquiteiro. A sensação era como um bebê dentro de um berço.

 Pelo meio dos igarapés... calor, muito calor, mas com paz!
Pelo meio dos igarapés… calor, muito calor, mas com paz!

Pelo padrão vietnamita, o jantar na foi servido cedo, logo após quando chegamos, por volta das 18:30hs e foi muito bom! Um peixe delicioso, feito pela própria família, arroz, vegetais e sopa. Acompanhado claro, de uma cervejinha. Até então não fazíamos muita noção de onde estávamos, pois chegamos de barco na residência. Algo como a porta dos fundos para a gente, mas talvez para eles, seria a da frente… 

Fomos direto após o jantar para a rua no lado oposto e vimos que estávamos em uma autêntica vila local. Sem vendedores, sem agências de turismo, sem pessoas oferecendo táxis e motorbikes para você… um paraíso em tranquilidade.

Na volta para a homestay, estava acontecendo uma festa de aniversário de uma moradora local dentro do mercado central (!). Parando na frente apenas por curiosidade, fomos convidados a entrar. Em meio a músicas eletrônicas e dançantes como Gangstyle escolhidas por uma espécie de DJ, nos ofereceram cerveja (quente, mas com gelo no copo), puxavam assunto e dançavam muito.

Festa de aniversário no Mercado Central
Festa de aniversário no Mercado Central

O dono do homestay disse posteriormente que muitos bebem até cair. Muitas crianças estavam no local e dançavam muito. Acabei ficando um bom tempo com elas em uma coreografia que inventei na hora, lembrando das aulas de ritmo e dança da faculdade. Nesse aspecto porém, eu só consigo enganar de forma razoável crianças mesmo…

Acordamos para ver o amanhecer e tomar café no mercado local. O mercado é como todos os outros aqui na Ásia: cheio de peixes, caramujos, tartarugas, cobras e outros bichos vivos e também já degolados, com muito sangue escorrido nas calçadas.

Voltamos posteriormente para a homestay para o café da manhã, que não foi tão bom quanto o jantar anterior, mas deu para enganar a fome. Após a despedida da família, nos encontramos no barco junto com o grupo que passou a noite no hotel e fomos ao maior mercado flutuante do delta, o Cai Rang.

Artesanato em uma das ilhas do delta do Rio Mekong
Artesanato em uma das ilhas do delta do Rio Mekong

Os barcos, centenas deles, formam uma miríade no rio em uma linha praticamente onde é possível caminhar de um para o outro tranquilamente. Vende-se de tudo o que de pode imaginar nos barcos, desde um noodle quentinho até um café gelado (comum no Vietnã). As frutas, especialidade da região, são inúmeras e muito saborosas.

O passeio continuou por vilas locais, mostrando o artesanato realizado pelos moradores. Porém o mais interessante nessa parte final foi a visita de uma mini-fábrica bem artesanal de noodles. Lembrei muito dos meus antigos estudos nos laboratórios tecnólogicos do Curso de Engenharia de Alimentos da UNICAMP, conhecimento que hoje, estou bem distante…

Voltamos, após uma viagem de 3 horas, para Ho Chi Minh para os últimos dois dias no Vietnã, antes de pegar o voo para a ilha de Bali, na Indonésia.

Próxima parada: Bali, a ilha hindu da Indonésia.

Veja todas as fotos do delta do Rio Mekong no Google Photos ou então, as melhores fotos do Sudeste Asiático no álbum do Pinterest.

As postagens dos roteiros e também dessa aventura que começou na Europa, passou pela Ásia, retornando ao velho continente, estão na página da viagem de 205 dias à Ásia.
Veja mais viagens e reflexões de viagens nessa página.

Explore mais o blog pelo menu no topo superior! E para me conhecer mais, você ainda pode…
assistir uma entrevista de vídeo no YouTube
ler sobre um resumo de minha história
ouvir uma entrevista de podcast no YouTube
participar de um papo de boteco
curtir uma live descontraída no Instagram
… ou adquirir um livro que reúne tudo que aprendi nos 20 anos da jornada à independência financeira.

E, se gostou do texto e do blog, por que não ajudar a divulgá-lo em suas redes sociais através dos botões de compartilhamento?

Artigos mais recentes:

0 0 votes
O texto foi bom para você?
Assine para receber as respostas em seu e-mail!
Notifique-me a
guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
0
Por que não deixar seu comentário?x