Como balancear essa equação e descobrir até em que idade os pais devem sustentar seus filhos e priorizar sua própria aposentadoria?
Em que medida o excesso de zelo financeiro transforma as crianças em adultos dependentes e imaturos?
Imagine que seu filho alcançou os 18 anos e agora possui carteira de motorista. Embora atualmente os jovens não se interessem tanto por carros como há alguns anos, ele faz questão do presente. Você titubeia, mas dá um carrinho usado para ele em seu aniversário.
Um mês depois, ele chega em casa num guincho, trazendo atrás o que sobrou de seu presente. É justo que você pague todo o conserto (ou a franquia integralmente) ou ele deve participar dessa despesa?
Até quando nossas atitudes, a princípio benevolentes, tornam nossos filhos adultos inconsequentes?
Novos tempos na educação dos filhos?
Eu não tive uma infância muito fácil, embora não tenha sido difícil quanto a maioria dos jovens em nosso país. Meus pais puderam, com algum esforço, pagar meu ensino médio em uma boa escola particular, o que me ajudou a cursar uma universidade pública de renome.
Tenho meus méritos, entretanto, em aproveitar a oportunidade evitando maiores despesas, como, por exemplo, transporte. Desde meus 10 anos, caminhei, ida e volta, por 40 minutos diários à escola (pública). No ensino médio, acordava todo dia às 05hs da manhã para pegar um ônibus intermunicipal e chegar ao colégio em outra cidade.
Comecei a trabalhar recebendo uma bolsa de estudos já no segundo ano da faculdade em uma iniciação científica e, no ano seguinte, era funcionário concursado no Banco do Brasil, com 19 anos. Enfim, tive um bom suporte inicial, mas nunca abusei dele.
Tenho certeza de que muitos dos leitores identificam-se com essa situação. Para alguns, como o Frugal, as coisas foram bem mais difíceis. Para outros, mais fáceis. Porém, um fato podemos concordar: não havia um excesso de superproteção que há hoje na relação dos pais com seus filhos. Por vezes, me angustio com os jovens dependentes que estamos formando.
A geração dos jovens “nem-nem”
Existe uma tendência de decréscimo da parcela dos jovens que ganham mais que seus pais nos últimos anos. Clique no gráfico para acessar a fonte.
O que poderia explicar tal decréscimo?
Talvez alguém possa pensar que os salários tenham subido nos últimos anos, dificultado assim a superação dos rendimentos paternos. Mas isso não é verdade quando pesquisamos a evolução dos salários reais (descontados da inflação) nos EUA, país onde a pesquisa foi feita. O pequeno crescimento dos mesmos não explica tamanha queda no gráfico.
Será que poderíamos alegar que essa transformação na estrutura salarial familiar está ligada a atual superproteção dos pais e à condescendência em sustentar os filhos sem limites de idade? Acredito que, no fundo, essas atitudes dificultam o desenvolvimento de sua autoconfiança para enfrentarem o mundo de forma autônoma.
Afinal, qual seria o grau de responsabilidade de cada pai e mãe na situação de 23% dos 47 milhões de brasileiros entre idades de 15 a 29 anos que não trabalham e não estudam, a famosa geração “nem-nem”? Deveriam eles pararem de sustentar seus filhos para que esse número, que continua aumentando, e foi até inflada com o período de crise do COVID-19, diminua no futuro?
Tornando os filhos mais responsáveis
Penso que devemos encontrar esse equilíbrio fornecendo aos nossos filhos boas experiências, tanto teóricas quanto práticas.
Inicialmente, supri-los com uma boa educação financeira, cujas lições devem estar vinculadas com a rotina dos pais. Não adianta pregar as melhores lições e praticar o oposto. Os filhos seguem atitudes, e seus pais, queiram ou não, são os exemplos a serem copiados.
Concomitantemente, os pais devem priorizar a própria aposentadoria do que garantir uma vida farta aos seus filhos no começo da idade adulta. Ou seja, o fluxo de dinheiro a eles deve se limitar ao essencial. De preferência, a atividades ligadas à educação ou empreendedorismo.
Veremos rapidamente alguns pontos de ambas as ideias.
A educação financeira dos filhos e atitudes a refletir
Não é segredo aos leitores habituais desse blog: os pais devem transmitir aos filhos os ensinamentos básicos da educação financeira e, principalmente, praticá-los. Isso é muito mais importante do que, simplesmente, sustentá-los.
Cito os principais abaixo. Cada um deles permite amplas discussões e há sugestões para aprofundamento através de links para outros textos do blog ou para excelentes artigos de nossa finansfera:
- Persiga sempre sua independência financeira, aproveitando o privilégio do excesso de tempo que possui em sua juventude;
- Seu primeiro uso do salário deve ser, em primeiro lugar, pagar-se a si mesmo;
- Faça uma reserva financeira e não a use para despesas que não sejam emergenciais, nem mesmo para investimentos;
- Persiga um orçamento: mantenha um fluxo mensal positivo de dinheiro gastando menos do que ganha;
- Evite desperdícios em sua vida, sejam financeiros, como também de tempo;
- Invista de acordo com suas possibilidades e capacidades conhecendo seu perfil de investidor. Não teste a profundidade do rio com os dois pés ao mesmo tempo;
- Invista em conhecimento e saúde. Crie uma versão melhorada de si mesmo a cada ano.
- Use uma estratégia de investimentos, como a alocação de ativos, e acompanhe seus resultados;
- Seja paciente. Não espere enriquecer da noite para o dia.
Esse processo deve ser realizado com os métodos adequados a cada idade dos filhos, exigindo concomitantemente sua prática, visando resultados. Atitudes de dependência financeira devem ser sempre desencorajadas. Já ações que visam sua independência e protagonismo, aplaudidas.
Esse dever educacional está muito acima da obrigação de, simplesmente, sustentar os filhos. Enfim, além do sustento precisamos, como pais, formar cidadãos éticos, responsáveis, autossuficientes e protagonistas da própria vida. O blog Viver sem Pressa fez um compilado muito interessante sobre como os pais devem atuar na educação de seus filhos, além do campo financeiro.
O que financiar e não financiar em nossos filhos?
Acredito que filhos adultos (maiores que 18 anos) que não trabalham, mas ainda moram com os pais, não deveriam, como exemplo, ter nada além do que comida e roupa lavada. Os pais deveriam evitar sustentar quaisquer gastos extras para noitadas e outros tipos de lazer. Alguma exceção pode ser feita, entretanto, aos que cursam uma universidade, até um limite máximo de 24 anos, dependendo do curso.
Outras ressalvas poderiam ser feitas na aquisição de conhecimento para facilitar sua contratação no mercado de trabalho. Transporte e alguma roupa mais adequada para entrevistas de emprego podem ser algo razoável também. Se o jovem for um empreendedor nato, um empréstimo inicial poderia ser possível. E só.
Já filhos adultos que trabalham e moram com os pais deveriam dividir as despesas da casa, de forma proporcional. Isso aprimoraria ainda mais sua educação financeira com noções práticas dos custos que uma moradia impõe, bem como o estabelecimento de alternativas para minorá-los. Enfim, a prática permitiria o desenvolvimento de responsabilidades essenciais para a vida.
O sentimento conflitante dos pais
Em geral, entendo que a facilitação financeira que muitos pais oferecem misturam preceitos que igualam dinheiro ao amor, usando o primeiro como uma forma de abrandar a culpa por seus erros ou deslizes, ou ainda para continuarem a sentir-se importantes e úteis. Içami Tiba explana esses conflitos de forma muito pertinente em seu livro “Quem ama, educa“. Veja um pequeno vídeo de seus pensamentos, muito aderentes à minha opinião pessoal.
Porém, na maioria das vezes, apesar de as intenções serem boas, os pais mantêm um controle excessivo sobre os filhos e acabam gestando problemas futuros que culminarão em uma catástrofe – a dependência financeira permanente, que será uma fonte de sofrimento constante para eles – pais e filhos.
Os jovens, desde cedo, precisam conscientizar-se que a geração de riquezas para seu próprio sustento é essencial para seu sucesso como pessoa. É imprescindível que sintam o peso dessa responsabilidade se quiserem amadurecerem como adultos.
Agindo assim, os pais estariam, no fundo, incentivando seus filhos a tornarem-se pessoas independentes e, além de tudo, não prejudicando a sua própria independência financeira, assunto do próximo tópico.
Os pais devem, antes de tudo, buscar sua própria independência financeira
Quem já viajou de avião sabe que, se as máscaras de oxigênio caírem à sua frente, devem primeiro colocá-las em si mesmo e somente depois, nas crianças. No ramo financeiro, não é diferente.
Pais que insistem em continuar sustentando seus filhos já adultos, além de prejudicá-los no futuro, lesam sua própria independência financeira. Em um mundo de aposentadorias menores e maiores expectativas de vida, isso pode ser perigoso. Auxílios devem existir apenas em casos de exceção e serem temporários.
Para não chocar os filhos com mudanças bruscas, talvez seja interessante atribuir e deixar claro, no processo de sua educação financeira, o momento e a idade em que a ajuda nas contas deve começar. Fornecer apoio emocional para estabelecer neles resiliência para o futuro, também é imprescindível para que o processo seja permanente.
Mas penso que os pais devem sempre colocar-se financeiramente em primeiro lugar: afinal, eles não possuem a responsabilidade de sustentar filhos já adultos. E deixar claro que sua suficiência na aposentadoria é importante justamente porque não desejam se tornar um peso para seus filhos no futuro, uma vez que, eles sim, serão obrigados a sustentar seus pais se necessário.
Pais que pensam simplesmente em o que “deixar” para seus filhos, poderiam se inspirar no exemplo do megainvestidor Warren Buffet. Certa vez, disse que doará 99% de seu patrimônio para instituições de caridade após sua morte. Segundo ele, deixará para seus filhos apenas “o suficiente para que eles sintam que podem fazer tudo, mas não o bastante para eles acharem que não precisam fazer nada”. Para Buffet, o conhecimento herdado é muito mais importante do que os bens materiais. Isso é realmente “o” legado.
Comentários finais
Pensando primeiro na própria independência financeira, os pais acabam, por exemplo, estimulando ainda mais a educação financeira de seus filhos, fortalecendo seu relacionamento com a realidade e ajudando a tomar as decisões corretas, concordam?
Agindo dessa forma, os pais deixam claro para os jovens que eles não desejam ser dependentes deles no futuro e, como consequência, os incentivam a fazer o mesmo em relação aos seus próprios filhos. É um círculo virtuoso que se estabelece por gerações! Um arranjo de criação de riquezas perpétuo! 🙂
De outra forma, sempre pode existir o efeito colateral negativo: os pais, ao sustentar os filhos, podem impor prerrogativas e agir como se tivessem o direito e o dever de se envolver em sua vida financeira. Ser impedido pelos pais de se preocupar ou pensar em dinheiro pode levar a problemas tanto psicológicos como financeiros no futuro.
Como diz Brad Klontz, autor de “A mente acima do dinheiro“, livro disponível para leitura gratuita no Amazon Prime:
“Em todos os casos, a dependência financeira exaure a ambição e o senso de autonomia das pessoas e pode fazer com que se sintam sem esperança e perdidos no mundo.”
Sob esses dois aspectos, acredito que os pais devem sempre evitar serem pivôs de uma dependência financeira crônica de seus filhos, tendo como objetivo final desenvolver positivamente seu relacionamento e diminuindo, a longo prazo, os conflitos familiares.
E vocês, pais e filhos leitores, como que enfrentam esse assunto delicado?
Explore mais o blog pelo menu no topo superior! E para me conhecer mais, você ainda pode…
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… ou adquirir um livro que reúne tudo que aprendi nos 20 anos da jornada à independência financeira.
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Boa noite André! Incrível como sua estória de vida parece com a minha…Uma questão na minha criação que achei muito valida e pretendo fazer também com futuros filhos. Meus pais, a partir de uma determinada série, me pagavam pelas minhas notas. Todo bimestre a partir do meu boletim eu recebia um dinheiro (não era muito mas para um adolescente era uma boa) de acordo com minha nota, tendo um “bônus no fim de ano”…Pra mim e meu irmão era uma situação natural, mas nos ensinou o valor do dinheiro e de um trabalho (não sabia mas já trabalhava naquela época). Fica… Leia mais »
Que joia, Nunes! É um método muito usado entre as famílias e pode dar certo sim, como deu para você. Com meu filho, pretendo fazer algo semelhante, mas apenas para coisas que estão “além” de sua obrigação. Por exemplo, notas do colégio e arrumar o quarto serão “obrigação”, sem remuneração. Mas algo extra, como ajudar a lavar o carro, a louça, ir comprar algo a algum lugar, organizar coisas que não são dele, etc, podem ser remunerados. Só não sei exatamente como fazer isso de uma forma natural, e não somente um agradecimento monetário. Mas vou pensar melhor nisso com… Leia mais »
Oi André, Esse é um ótimo post, também tive uma infância/juventude mais simples, porém numa realidade bem diferente do Frugal (não conhecia essa estória, acabei de lê-la e é muito cativante a força de vontade que ele teve em tantas adversidades e carências). Referente a educação do meu filho (pequeno VAR) tenho estudado algumas didáticas/pedagogias financeiras e pretendo ensiná-lo financeiramente e além é claro de conhecimentos que adquirir apenas quando entrei na faculdade (eu iniciei com 26 anos). E que mundo enorme é iniciar uma faculdade. Converso muito com a sra. VAR e ela concorda com comigo em manter o… Leia mais »
Olá, VAR! Atrasei um pouco sua resposta pois ela ficou no spam. Ainda não entendo bem os critérios do WordPress…
Estou nessa toada também. Mas não é algo tão óbvio, né? Ficamos meio com medo de sermos excessivamente diligentes ou excessivamente condescendentes… Enfim… é a busca de um equilíbrio “ideal”, se isso possa existir…
Atualmente estou falando com ele em inglês para ele também se acostumar com os fonemas do idioma. Pretendo fazê-lo bilíngue desde bebê. Vamos ver se dá certo rsrs
Abraço e sucesso para você!
Maximo dos máximos até os 18. Sem essa de carro, faculdade…..vai se virar mermão ! Eu nao ganhei nem uma bicicleta na minha vez !!
Mágoas passadas não são propícias para criar um futuro construtivo, Jordano! Acredito que devemos analisar tudo com cautela e racionalidade. Deixar o emocional interferir não ajuda nas melhores decisões.
Abraço!
Concordo, mas nem o politicamente correto
O que há de “politicamente correto” no texto? Não estamos banalizando essa expressão?
É, texto correto. Eu tô nessa situação faz 12 anos e só agora meu pai quer que eu ande com minhas próprias pernas, só que eu não sei fazer isso. Essa frase é ótima: “Em todos os casos, a dependência financeira exaure a ambição e o senso de autonomia das pessoas e pode fazer com que se sintam sem esperança e perdidos no mundo.”.
Eu sei que vcs vão querer me julgar nos comentários, mas peço que não o façam, pq eu já faço isso o suficiente.
Loser, agora só depende de você. Estar consciente do que é certo e errado já é o primeiro passo. Agora é continuar caminhando! Para frente e avante!
Abraço e sucesso!
Excelente post André. Estava aqui maratonando seus posts e me deparei com esse que chamou muita atenção. Eu tive uma infância um pouco difícil, sempre estudei em escola pública e até meus 18 anos morava na zona rural. Meu pai tinha um pequeno sítio e eu sempre o ajudava desde pequeno, ou seja, uma vida bem simples e um pouco sofrida, porém todas as dificuldades que passei me fez tornar uma pessoa resiliente e despertou a vontade de melhorar de vida e correr atrás dos meus sonhos e objetivos. Como eu tinha um tio que era servidor público e via… Leia mais »
Olá Danilo! Por algum motivo, seu comentário ficou perdido aqui e não respondi no momento que publicou. Às vezes acontece, não entendo bem o porquê. Pode ser por erro meu (embora eu seja bem atento a isso), pode ser uma falha do WordPress ou mesmo uma carga grande de comentários na semana que façam o seu cair na fila e se perder. Enfim, mil perdões. Vi só agora quando respondi ao colega acima. Cara, que exemplo de vida, hein? Inspirador! Obrigado por compartilhá-lo aqui para os leitores que chegam. Já pensou em escrever um blog e arrebatar novas pessoas para… Leia mais »
Olá! André. Tudo bem? Sem problemas, não tem o porquê se desculpar. Não me lembro ao certo quando fiz o comentário, mas já faz um tempinho rs. Legal que tenha servido de inspiração, não imaginei que poderia ser visto desta forma. Quanto a escrever um blog nunca me passou pela cabeça, quem sabe um dia, né? rs. Hoje eu sei que por meio de um blog é possível ajudar e impactar de forma positiva a vida de alguém, pois sou prova viva disso porque o seu me ajudou e me ajuda até hoje e me fez abrir os olhos pra… Leia mais »
Obrigado novamente, Danilo!
Se um dia quiser escrever um texto, sem compromisso de continuidade, por aqui, é só falar! Portas abertas!
Grande abraço!
Ok, André.
Muito obrigado.
Forte abraço!
Ola André! Ótima sua analise, em casa temos duas questões; 1ª no caso do falecimento da minha mãe, minha irmã mora comigo e eu sou tutor legal dela, recebemos uma pensão por morte da minha mãe, ela sabe disso e não exige dinheiro, ela tem 16 anos, já trabalhou, porém devido a pandemia foi mandada embora (estagio), ela sabe que investimos um percentual em IPCA+2024, e o restante fica na conta poupança para eventuais compromissos, devido a isso sera q ela irá entender o beneficio que terá assim q este titulo vencer e ela receber a “bolada” do investimento, sempre… Leia mais »
Olá Tiago! Obrigado pelo comentário! No primeiro caso, precisa ver se ela terá a cabeça de usar a “bolada” em 2024. Afinal, pelo que entendo ela terá ainda 20 anos. Depende muito da cabeça dela. Acho que, se você notar que ela ainda não está preparada, vale reinvestir o montante em algo que traga uma renda mensal a ela, e combinar com ela de retirar só a renda. Pode ser os títulos com juros semestrais mesmo, ou mesmo um FII. Na pequena, minha franqueza diz que sua educação financeira vai depender muito da criação que derem a ela. Com 18… Leia mais »
Vc tem autoridade pra falar, afinal já tem uma filha grande.
Uozinho está ainda com 5 anos, espero conseguir educar um cidadão consciente. E sei que para formar esta consciência terei que privá-lo de coisas que a princípio poderia dar. Teremos conflitos ao longo do caminho, mas é assim que tem que ser.
Abraço!
Olá Uol!
Sim, é verdade: educação também se faz com alguma privação, no sentido de facilitar e incorporar às crianças o valor das coisas. E não só coisas materiais, mas também aspectos relacionados ao amor, amizade, apoio, etc.
O importante é saber equilibrar essa balança. E como cada pessoa é única, não há uma receita pronta: temos que ir tentando fazer o melhor a cada dia.
Abraço!
Oi André, Criar filhos de forma que eles se tornem independentes e pessoas boas, é o maior desafio dos pais. Minhas filhas ainda não sabem muita coisa sobre dinheiro, já que elas são pequenas. Basicamente, entendem que moedinhas compram balas. Eu penso em dar mesada quando elas crescerem um pouco mais, com o intuito de mostrar como funciona o jogo do dinheiro, simulando inclusive sobre juros compostos. Tanto eu como meu marido, saímos cedo de casa, aos 18 anos para fazer faculdade numa outra cidade. Dependemos dos nossos pais até nos formarmos, apesar de ganharmos bolsas de iniciação científica, um… Leia mais »
Olá Yuka! Eu acho muito bom seu método com as crianças. Na fase de crescimento, acredito que a mesada ensina muito. Perfeito! Agora, como foi o foco do texto, após 18 anos as coisas devem mudar. Se não estiver estudando e trabalhando, mudar radicalmente. Os pais se suprirem financeiramente os filhos da forma que eles desejam, estarão criando verdadeiros párias na vida. Até quando existirá essa independência? O pior é que, quanto mais demora para fazer esse “corte”, mais difícil vai ficando. A dependência financeira acaba se tornando uma dependência sentimental, doméstica, de vivência mesmo… A ideia é essa: formar… Leia mais »
Olá, André.
Parabéns pelo post. Dar tudo de mão beijada para os filhos é prejudicial. Dê apenas o necessário. Esse negócio de dar carro caso passe em um vestibular eu não concordo, por exemplo. Passar no vestibular é uma coisa que é “obrigação” de quem está tentando.
Filhos tem que saber o valor do dinheiro. Conheço muitos vagabundos que se casam e os pais continuam ajudando. No meu ponto de vista quem é errado são os pais. Filhos depois de certa idade tem que andar com as próprias pernas.
Abraços!
Isso aí, Cowboy! Concordo contigo!
Os pais são os maiores responsáveis pela maneira que os filhos agem em relação com o dinheiro, o trabalho e a dependência.
Abraço e bom final de semana!