Os sítios arqueológicos e o desfiladeiro da histórica cidade de Delfos, na Grécia, eternizam a incrível história dessa civilização.
Saindo de Meteora, cheguei no Terminal de Ônibus de Lamia por volta das 17:30hs, e verifiquei no balcão da companhia sobre as opções de viagem para Patra e Delfos. O ônibus para Patra sairia apenas às 20:00hs e demoraria cerca de 4 horas e meia. Inviável chega na cidade nesse horário, pois não havia feito reserva de hospedagem. O de Delfos também não seria algo perfeito, pois saía às 19:00hs e sua viagem duraria 2 horas e meia.
Pensei em passar a noite em Lamia mesmo, mas achei que seria muito mais fácil arranjar uma hospedagem em Delfos, pois é uma cidade tipicamente turística. Paguei o ticket de 9,20 euros e segui para a histórica cidade e seu desfiladeiro. A viagem foi tranquila, acompanhada pelo GPS apenas para certificar se tinha pego o ônibus correto. Adoro essa tecnologia!
O ponto final do ônibus situa-se bem ao final da rua principal de Delfos (ou no começo, para quem vem de Atenas), que possui muitos hotéis relativamente simples. De qualquer forma, são hotéis, não hostels (confirmei no booking.com: eles não existem em Delfos) ou guestrooms. Mesmo pechinchando, não consegui algo abaixo de 20 euros, somente em cash. Como eu estava cansado e sem condições de procurar algo melhor em virtude do horário, fechei com o atendente do Hotel Sibylla.
O quarto é bom, com uma varanda de bela vista, percebida pela manhã, para o desfiladeiro, que parece penetrar na cidade de tão íngreme, e para o Golfo de Corinto ao fundo. O dia nublado, infelizmente não ajudou a separar nitidamente os tons da água e do céu. Dormi mais essa noite, pois o sítio arqueológico fica a menos de 500m desse ponto da cidade e me permiti acordar mais tarde, calculando que terminaria de ver tudo a tempo de voltar ainda cedo para Atenas.
Mas não foi bem isso que aconteceu… Tomei o café da manhã tranquilo e andei um pouco na rua principal de Delfos – que não é a mesma cidade da antiguidade, antes de ir ao sítio. Uma cidade minúscula, bem cuidada e encravada entre o Monte Parnassos e o profundo vale. Um aperto só: não tem nem 400m de largura em seu ponto mais largo (vejam no google maps, é curioso).
Na caminhada para o sítio, a companhia lado a lado do enorme desfiladeiro que permeia o Monte Parnassos, assusta e ao mesmo tempo maravilha qualquer pessoa que goste de história e que incorpore as sensações do lugar. Percebe-se claramente como aquele local era sagrado para os habitantes da época, em virtude das lendas geradas em virtude do assombro e imponência que causa.
O sítio arqueológico fica em uma área visualmente estratégica do monte e é muito bem documentado, com informações sobre cada ponto nas ruínas, incluindo a reconstituição visual das construções em sua época de ouro. Ler sobre a história, apreciar os desenhos, ver o que restou e deixar o cérebro reconstituir todas as partes que faltam é fascinante.
Quando fui à Itália, comprei um guia ilustrado que mostrava em um folha as fotos das ruínas de Roma e em papel transparente em sobreposição, o desenho da reconstituição do local, exceto as ruínas atuais. Isso é, o desenho “cola” na foto e mostra qual a função de cada pedrinha das ruínas. Sempre volto a folhear o livro quando o vejo descansando no armário.
As ruínas de Delfos fizeram-me relembrar esse quebra-cabeça mental, e suas construções mais preservadas são o Tesouro de Atenas, o Templo de Apolo, onde ficava a pitonisa – a voz do oráculo, o Teatro e o Estádio. O ticket custa 9 euros e dá o direito de entrar também no Museu, que comento a seguir.
Após a saída do sítio, caminhando um pouco além na estrada, o viajante encontra a fonte Castalian, canal onde escoa a água filtrada pelo monte e que possui a mesma idade dos sítios (cerca de 2500 anos). Logo acompanhando a estrada à direita, além de 300m encontra-se a entrada para o Santuário da Athena Pronaia, um outro sítio arqueológico que possui uma construção circular – o Tholos, com três de seus pilares ainda de pé. São mais visões de séculos e séculos de história. E para quem gosta de felinos, também pode ser estimulante, pois é inacreditável a quantidade de gatos no local.
Vindo da cidade, o museu fica imediatamente antes do sítio principal. Haviam-me sugerido visitá-lo posteriormente ao sítio. Se eu fosse de novo, faria o inverso. O museu, totalmente reformado em 1999, é um primor na organização das peças e coleções, com extensas explicações de cada peça, totalmente referenciadas. Se for ater-se em tudo, é fácil gastar mais de 4 horas apenas no Museu. Essas informações são importantes para entender minimamente a função das construções que estão no sítio. Na saída do museu, inclusive, existe uma maquete sobre toda a área do sítio arqueológico, muito útil para a reconstituição mental posteriormente.
Bom, acabei gastando quase 6 horas nas visitações. Voltei à cidade, comprei a passagem para Atenas (15,10 euros) ainda com um tempo de poder experimentar uma moussaka, prato típico da Grécia. Gostei muito, mas com a fome que eu estava eu era suspeito. No caminho de volta, passamos por dentro de algumas cidades e uma me chamou a atenção: Arachova.
Pareceu-me uma cidade muito agradável, com casas bem conservadas, no estilo mais norte-europeu. Pesquisando na net, descobri que abriga uma estação de ski e é produtora de azeitonas. Cheguei em Atenas já de noite, mas já havia reservado o mesmo hotel do dia da chegada e estava tranquilo quanto a hospedagem.
Veja todas as fotos da região de Delfos no Google Photos ou então, as melhores fotos da Grécia no álbum do Pinterest.
As postagens dos roteiros e também dessa aventura que começou na Europa, passou pela Ásia, retornando ao velho continente, estão na página da viagem de 205 dias à Ásia.
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Que bela aventura!
🙂
que imagem bela tenho que fazer uma vou ispirar nela parabens
nawanda monteiro
varjao go
Obrigado Nawanda!