Dias 168 a 179 da viagem: Metro Manila e Anilao, nas Filipinas


Relato de viagem a região metropolitana de Manila, área Intramuros, bairro Guadalupe, a incrível Basílica de aço São Sebastião e à praia ao sul da ilha em Anilao, nas Filipinas.


Após um intenso networking na Indonésia, viajei às Filipinas, com muito do meu trabalho atrasado e precisando colocar algumas coisas em dia. Na maioria desses dias, reservei cerca de 3 a 4 horas para atualizá-lo, assim como esse blog, que estava com quatro postagens atrasadas (e no momento que escrevo, ainda está com duas…).

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Crianças e quadra de basquete, paixão nacional

Assim, não fiz o roteiro das praias badaladas de outras ilhas, até pelo pouco tempo que tinha no país. Fiquei na região metropolitana, que oferece muito mais para conhecer a cultura e os costumes dos filipinos, bem como sua vida real.

Os principais pontos em sítios históricos, os quais gosto de visitar, estão na região também. Para não ficar com gostinho de não ter conhecido uma praia filipina, viajei ao sul da ilha de Luzon, e visitei a pequena vila de Anilao, próximo a Batangas.

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Igreja de Guadalupe, em Makati

Aqui também conheci muitas pessoas do Couchsurfing, sendo que nesses 11 dias, dividi as noites em hostel (e adiantando o que estava atrasado), mas também na casa de 3 pessoas. Ainda saí com mais amigos que dividiram seu tempo comigo durante algumas andanças e refeições na cidade.

O país possui cultura e costumes extremamente opostos aos outros países da Ásia, em função do predomínio da colonização espanhola até o fim do século XIX e posteriormente norte-americana, até o final da Segunda Guerra Mundial. A ausência de uma significativa civilização anterior à colonização (como no Brasil), facilitou a implantação de uma cultura ocidental, baseada no catolicismo. Hoje o país é considerado o terceiro maior país católico do mundo, em população.

A assimilação da cultura americana é massiva, e pode ser sentida através dos filmes e seriados que possui  uma enorme audiência, no consumismo desenfreado que faz surgir inúmeros shopping-centers (4 dos 10 maiores do mundo estão aqui) onde os filipinos compram a crédito que se estende por meses (também como no Brasil) e na presença de praticamente todas as redes de fast-foods que conheço, em cada esquina da cidade.

Vista a partir da muralha, Intramuros, Manila
Vista a partir da muralha, Intramuros, Manila

Manila é sede de uma grande região metropolitana, com diversas municipalidades muito próximas uma das outras. Em um dia, era possível por exemplo, passar por três cidades diferentes. Passei as noites desses 11 dias em Manila, Makati, Muntilupa e Quezon City, apenas para ter uma ideia de como tudo se junta em uma mesma metrópole.

A principal atração turística de Manila é a área conhecida como Intramuros, onde existia a Manila antiga, controlada pelos espanhóis. Muitas construções dessa área remontam ao século XVI e XVII e toda a área era cercada por uma fortaleza composta de muitos bastiões de defesa. Grande parte da muralha é ainda preservada. Visitei essa área com uma amiga num dia em que a temperatura incomodava, e muito. Sombrinha, muita água e auxílio de richshaws foram necessários…

Jeepneys, marca nacional
Jeepneys, marca nacional

Outras caminhadas ocorreram em outros dias, como na região de Makati, centro financeiro do país. Nessa área, não se avistam sinais de pobreza ou que estamos em um país subdesenvolvido. Arranha-céus rasgam as visões verticais e as avenidas, limpas, com passagens subterrâneas para pedestres nos transportam para paisagens das prósperas cidades asiáticas, como Kuala Lumpur e Bangkok. Faltaram apenas os sky-trains ou metrôs para compor o quadro.

O que não falta em toda a região são os jeepneys, meios de transporte coletivo mais comum nas Filipinas. Estão por toda a parte, possui as mais diferentes sofisticações e existe concursos periódicos para escolher os veículos mais transados, em diferentes categorias. Andar em um deles é bem desconfortável, pela altura disponibilizada e pelo aperto. Em geral, sempre lotados. Mas é muito barato. Algo em torno de US$0,20 por uma corrida básica de 5km.

Basília de São Sebastião: linda construção
Basília de São Sebastião: linda construção

Outros locais visitados foram o bairro de Guadalupe, que possui uma igreja cujo início da construção remonta ao ano de 1531, e também na área central de Malate e Ermita, passando por todo o belo Parque Rizal, considerado um herói nacional na mesma linha que Tiradentes, uma vez que questionou o domínio da metrópole durante a colonização.

Passei também por lugares com parca infra-estrutura como Quiapo, com muitas construções que denominaríamos de favelas, para alcançar a linda Basílica de São Sebastião, a segunda construção pré-fabricada de aço do mundo (após a Torre Eiffel) e a única igreja a utilizar esse material.

Sua construção em estilo gótico é belíssima, e foi finalizada em 1891. Os arquitetos a construíram no final do século XIX em resposta a incêndios e terremotos que outrora destruíram as igrejas até então existentes. Novidade para mim… Você bate na parede e ouve o som de metal.

Treino de tênis de mesa em shopping center
Treino de tênis de mesa em shopping center em Manila

Inúmeras igrejas estão por toda a parte da região, evidenciando a colonização espanhola. Algumas belas construções, como o prédio central de correios, em estilo neoclássico de 1926, destruído na segunda guerra mundial e reconstruído posteriormente, estão ainda bem preservados, mas outras, como o Teatro Nacional, construído em 1931, está em estado de deterioração total. Uma pena em virtude da beleza da construção.

Na Metro Manila, denominação comum por aqui para a região metropolitana, participei junto com amigos do CS de eventos talvez um pouco inusitados para um turista real. Mas como eu não sou um turista real, estive presente em uma campanha de marketing em um hotel para o lançamento de um novo produto (batata frita, tipo Rufffles) de uma indústria local.

Interessante a campanha, com a contratação de várias pessoas que dançam, cantam, enfim, fazem um agressivo marketing do produto. Além de comer muito no almoço servido, ganhei muitas batatas e ainda fui presenteado com vouchers no valor de US$50.00 para serem gastos em uma grande loja de departamentos (consegui comprar um tênis e uma camiseta). Participei ainda de um encontro dos blogueiros da Filipinas na Universidade de Manila, com palestras interessantes para o mundo dos blogs. Enfim, vivenciando um pouco a vida real da população filipina.

Saindo da região metropolitana, fui a Anilao, conhecer uma praia do país, cerca de 3 horas distante. Optei pela cidade por ter lido que possui uma das mais belas águas cristalinas do país e por ser ainda uma pequena vila com uma população residente local, ainda não infestada por turistas (exceto no isolamento de alguns resorts).

Anilao, águas fantásticas
Anilao, águas fantásticas

De fato, a vila é pequena, precária em termos de infra-estrutura, mas realmente a transparência da água é magnífica, o que atrai também pessoas para o mergulho submarino. Difícil, porém, são os meios de transporte para chegar até lá.

Em geral, o transporte nas Filipinas não possui facilidades caso sua viagem não seja em ônibus fretados por agências. Muitas baldeações, estradas ruins e falta de informação para os turistas são comuns no país, tornando a aventura mais complicada, o que irrita em alguns momentos.

Anilao, entretanto, foi um bom destino para relaxar um pouco. Perguntando por algumas informações, encontrei um morador local que fez questão de me levar para almoçar e conversamos um pouco na beira da praia. Foi um fuga do trânsito, da poluição, do tráfico e do vai e vem de pessoas que caracterizam a região metropolitana de Manila.

Próxima parada: Hong Kong e Macau.

Veja todas as fotos de Manila e Alilao no Google Photos ou então, as melhores fotos das Filipinas no álbum do Pinterest.

As postagens dos roteiros e também dessa aventura que começou na Europa, passou pela Ásia, retornando ao velho continente, estão na página da viagem de 205 dias à Ásia.
Veja mais viagens e reflexões de viagens nessa página.

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