Como você responderia à pergunta (ou afirmação) trivial do quão o dinheiro é realmente importante?
Como essa resposta estaria vinculada aos valores e princípios de sua vida? Veja uma reflexão para responder essa questão!
Nas rodas de conversa sobre finanças pessoais, é normal surgir o debate da importância do dinheiro em nossas vidas. As respostas podem variar muito dependendo da perspectiva de análise, embora sejam também influenciadas pelo êxito pessoal que cada pessoa atingiu nesse tópico em particular.
Quem alcançou ao menos, uma estabilidade financeira, tende a superestimar sua magnitude. Quem ainda vive em dívidas, tende a considerá-lo menos crucial para uma vida plena, talvez procurando um alento para seu insucesso.
Mas o fato é que a análise da relevância do dinheiro em nossas vidas envolve algo mais do que uma resposta monossilábica. Há variáveis a serem adicionas à questão, como nossos princípios e valores, que muitas vezes são vistos como antagonistas no assunto, quando, na verdade, não são.
Vamos checar alguns pontos a serem considerados para afirmar se o dinheiro é (ou não) importante?
Quando o dinheiro NÃO é importante
Se pensarmos o dinheiro como uma medida de algo ou quando comparamos o tempo que dedicamos a ele com outras atividades que amamos, podemos repensar sua influência em nossas vidas. Toda vez que sentimos que estamos “perdendo” algo, é possível que estamos abandonando o que realmente importa. Vejamos…
- Dinheiro e família: se você percebe que está dedicando menos tempo à sua família para ganhar mais dinheiro, não seria hora de repensar suas prioridades? O benefício que terá à frente compensará sua ausência? Sua falta é algo temporário ou está se tornando um padrão?
- Dinheiro e princípios: receber um montante mais alto no final do mês está fazendo com que você se desvie de seus princípios? Você tem feito mal a alguém? Consegue dormir tranquilo com as práticas que está colocando em curso nas atitudes do dia a dia?
- Dinheiro e valores: você está deixando os valores de cada pessoa serem medidos pelo dinheiro? Tem perdido amigos que não estão acompanhando seu progresso? Tem se aproximado de pessoas que veem o dinheiro como um modelo de virtude?
Esses pontos devem ser refletidos continuamente em sua vida para checar se você não está colocando-o como um fim, e não um meio para buscar a felicidade. Ou ainda pior… Você pode estar se utilizando de uma prática que poderá trazer sérias consequências a você no futuro: acreditar que os fins justificam os meios!
Quando o dinheiro é importante?
Responder essa questão positivamente, envolve pensar o dinheiro como um meio para se alcançar as realizações mais significativas. Podemos usar as mesmas variáveis acima para pensar em como ele pode fazer parte, positivamente, de nossa riqueza pessoal.
- Dinheiro e família: se você tem uma necessidade de cuidar de sua família e dar a ela o melhor, o dinheiro é importante até certo limite. Não há vida feliz sem um mínimo de condições financeiras. Conquistar a independência financeira envolve a capacidade de dispender mais tempo para sua família no momento mais propício, uma vez que você não necessita vender a quantidade de tempo determinada pelo seu patrão.
- Dinheiro e princípios: possuir tranquilidade financeira torna a pessoa capacitada a agir conforme seus princípios, sem necessidade de atropelá-los. Possuir dívidas, pedir dinheiro emprestado ou viver à custa dos outros? Nada disso: a estabilidade financeira ajuda a reforçar os alicerces da transformação de samsara a nirvana.
- Dinheiro e valores: reflita sobre seus valores mais bem guardados. Doar-se? Iluminar-se? Fazer a diferença no mundo? Todos eles envolvem dedicação e tempo. Se você não nasceu em berço de ouro, só através do conforto financeiro haverá tempo para praticar o que é primordial para que eles se manifestem.
Se você percebe o dinheiro como um recurso para atingir algo mais importante, possui uma relação saudável com o assunto e não fica estreitamente limitado a essas dicotomias conceituais. Você possui um modelo mental que promove uma espiral virtuosa em sua vida e sua simples presença age como uma influência positiva para as pessoas ao seu redor.
Refletindo sobre o modelo mental em relação ao dinheiro
Vale fazer um exercício de analisar o que é fundamental em nossas vidas, criando um impulso inicial para mudar sua relação com o dinheiro. Não existe roteiro pronto: cada pessoa possui sua realidade, seus objetivos, suas convicções.
Investigar distúrbios em nosso modelo mental em relação ao assunto também pode ser fundamental para checarmos se nossas ações atuais sustentam o objetivo que pretendemos alcançar em nossas vidas.
Segue um roteiro de ideias, muitas das quais consequências dos modelos mentais financeiros estudados por Bradley T. Klontz, as quais você pode avaliar o quão cada uma delas é importante em sua vida. Para cada item, reflita como a relevância eficaz dada ao dinheiro pode ser um fator positivo para que ela se realize ou como distúrbios nessa relação pode prejudicar seu alcance.
- Criar filhos felizes e independentes;
- Viver uma vida de integridade e honestidade;
- Explorar seus talentos criativos suspensos por falta de tempo;
- Doar-se a projetos e voluntariar-se para ajudar pessoas;
- Ser um agente que promova paz e satisfação em seu casamento;
- Viajar pelo mundo;
- Ser um bom suporte aos pais quando eles precisarem de ajuda;
- Executar ações amplas em prol de uma ideia ou religião.
Ao invés de ligar a TV assim que chegar em casa, ou gastar seu tempo em redes sociais sentado no vaso do banheiro, trabalhe em projetos que poderão trazer mais satisfação e significado em sua vida. Observe seus preceitos financeiros.
Perceba como um novo modelo mental pode encorajar a ação em cada um desses aspectos e em seus valores. Reformulá-lo pode contribuir com seus esforços para atingir seus objetivos? Como você pode reescrevê-los em sua mente para transformar sua relação com o dinheiro mais produtiva?
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Olá! André.
Meus parabéns por mais esse excelente Post.
Obrigado.
Forte abraço!
Obrigado novamente, Danilo!
Abração e excelente final de semana!
Ótimo post, André. Parabéns!
Obrigado Claudinei!
Abraço!
Olá, André.
Eu sempre faço essa reflexão. Meu objetivo e praticamente todos aqui da finansfera é ter liberdade financeira. E no meu caso depois que atingir isso eu vou dedicar mais tempo a família e tocar meus projetos pessoais.
Abraços!
Fala Cowboy!
Se eu pudesse fazer algo diferente no passado, acho que tentaria fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Dedicar tempo à família não envolve necessariamente grana, diminuir aportes, etc. Uma coisa não deveria excluir a outra.
Dessa forma, a jornada à IF fica até mais prazerosa!
Grande abraço!
Olá VL, tudo bem? A gente quase nunca para pra fazer este tipo de reflexões, sempre em busca de mais e mais, é interessante tirar um momento do dia pra pensar sobre isso, gostei da forma que você colocou a questão entre dinheiro, família, valores e princípios. Ontem estava conversando com um colega sobre algumas previsões sobre novas tendências, IA, desemprego, etc, e chegamos nesse assunto do dinheiro, muitas pessoas tem como objetivo de vida acumular dinheiro, mas sem um propósito do que fazer com o dinheiro acumulado, é como um jogo onde vence quem acumula mais. Um exemplo clássico… Leia mais »
Olá Bilionário!
Obrigado pelas palavras! Realmente muitas pessoas acumulam o dinheiro sem razão, enxergam ele apenas como um fim, e não como um meio para realizar desejos mais profundos. Faltou um pouco de reflexão na vida dessas pessoas, e o intuito do texto é justamente para não refletirmos quando for tarde demais.
Agora em relação ao Buffet… não estou muito por dentro de sua vida atual, mas só o fato de ele decidir doar a maior parte de sua fortuna será que não traz felicidade a ele? Para mim seria super gratificante!
Abraços!