Pensamentos liberais e estatistas: o que aponta o novo governo?


Em virtude da última eleição que elegeu o Bolsonaro, hoje as ideias liberais estão em voga. Em relação à manifestação das oportunidades a todos, parece que estamos começando bem.

Porém, nas práticas políticas e em privilégios, o processo de mudança será mais resistente.


A imagem abaixo ajuda a exemplificar bem o abismo que divide a essência dos pensamentos liberais com os pensamentos estatizantes e coletivistas. Os liberais lutam para que todos tenham as mesmas oportunidades, e com isso, possam com seus próprios méritos, brilhar como indivíduos e serem independentes da ajuda estatal.

A diferença básica entre pensamento liberais e estatistas

Os coletivistas, representados pelos rótulos mais conhecidos de progressistas e esquerdistas, fazem o jogo de cena de eternizar uma esperança que nunca chega, criando uma contínua dependência das pessoas perante o Estado, necessária para se perpetuarem no poder.

O maior problema da aceitação do óbvio, é o fato de que a maioria não deseja possuir a responsabilidade para subir por si mesma a escada. E prefere o afável conforto da dependência, como em alguns pontos comentados na postagem Admirável mundo novo: até quando uma ficção?.

Alguns pensamentos para entender como o Estado converte essa dependência em dominação para procurar seus próprios propósitos, podem ser lidos na postagem sobre a ética tacanha de Robin Hood.

Rodrigo Constantino, em seu antigo blog, comentou a imagem que precede o texto:

Essa imagem mostra com exatidão como governam os governos autoproclamados progressistas e de esquerda. O cidadão está no fundo do poço, mas o “intelectual” [ou o governante] não lhe dá a escada, o meio pelo qual ele possa galgar os degraus e subir, desde que faça algum esforço.Ao contrário, o “homem humanitário” debruça na borda do buraco, estica um braço que nunca vai adiantar e faz cena de que quer ajudar [ou seja, esquerda caviar].O “descamisado” do fundo do poço não sabe que existe uma escada, logo, imagina que aquele homem é bom e quer ajudá-lo, assim, aposta nele.Os meios (escadas): Escola pública de qualidade, cursos técnicos, Transporte, Segurança, Infraestrutura, Economia forte [liberal], criação de empregos, etc.Os jogos de cena: Bolsa família, Auxílio reclusão, maciça propaganda, Cotas raciais, etc., Política do “Pão e Circo”; pão (bolsa isso, bolsa aquilo…) e circo (estádios glamorosos).O país afunda, mas o poder está garantido.”

Parece que iremos notar um avanço nessas questões nos próximos 4 anos, principalmente por meios do Ministério da Economia, com Paulo Guedes, e de Justiça e Segurança Pública, por Sérgio Moro. Tantos outros estão com propostas que, se realizadas, irão enriquecer muito o lado liberal do novo governo, apostando mais nas pessoas e menos em sua dependência forçada ao Estado, que tanto bem faz para a manutenção do poder pelas hostes da esquerda.

O cenário que se desenha, nesse campo, parece ser mais promissor até do que eu imaginava logo após as eleições.

Práticas políticas pouco liberais

Nas práticas políticas ilícitas e nos privilégios, portanto, o governo começa patinando. Tais práticas podem ser vinculadas a pensamentos estatistas, uma vez que seus agentes veem o Estado como acima dos demais indivíduos, e não servidores dos mesmos, acreditando que seus mandatos o autorizam a impor um poder paralelo. Algumas considerações adicionais sobre direitos e privilégios podem ser lidas em “Liberdade e Poder: os direitos naturais de John Locke revisitados“.

Desde entre acordos de manutenção de privilégios a grupos específicos, como as aposentadorias de servidores públicos às velhas práticas de negociação de vantagens em função de cargos de confiança, como o caso Queiroz e Flávio Bolsonaro, a nova administração, longe dos princípios liberais, mostra que ainda não representa uma ruptura plena do poder como o conhecemos no país.

Remessa Online - cupom de 15% de desconto
Acesse por esse link rastreável: agora é tudo automático na sua tela.

Esse receio foi citado em artigos antes das eleições, como na postagem que mostra a desilusão dos políticos frente às expectativas que temos do Estado. Nesse texto, principalmente nos comentários, eu escrevi que duvidava de que o governo Bolsonaro seria, de fato, uma ruptura do status quo.

Nesse e em outros textos, comentei a importância da renovação do Congresso, divulguei meu voto integral para os candidatos do Partido Novo e apontei que o Legislativo será o fiel da balança nos próximos 4 anos do país. Tenho esperanças para que eles e os interlocutores do governo cheguem a bons acordos para a aprovação das leis de cunho liberal, dando cada vez mais poder ao indivíduo, e menos ao Estado. Só assim poderemos mudar a estrutura política do país.

Precisamos torcer, porém, para que o grau de produção de bobagens realizadas pelos “velhos” políticos, cujos representantes no clã dos Bolsonaro parecem ser, incrivelmente, seus “jovens” filhos, não atrapalhem a agenda positiva que a maior parte do governo deseja implantar. Observações que valem desde as falcatruas de um senador eleito pelo RJ, até bobagens ditas por um deputado eleito por SP e a postura de “quase-presidente” de um simples vereador da cidade do Rio de Janeiro.

Explore mais o blog pelo menu no topo superior! E para me conhecer mais, você ainda pode…
assistir uma entrevista de vídeo no YouTube
ler sobre um resumo de minha história
ouvir uma entrevista de podcast no YouTube
participar de um papo de boteco
curtir uma live descontraída no Instagram
… ou adquirir um livro que reúne tudo que aprendi nos 20 anos da jornada à independência financeira.

E, se gostou do texto e do blog, por que não ajudar a divulgá-lo em suas redes sociais através dos botões de compartilhamento?

Artigos mais recentes:

1 1 vote
O texto foi bom para você?
Assine para receber as respostas em seu e-mail!
Notifique-me a
guest
4 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
Anônimo
Anônimo
9 anos atrás

Bom post !

André Rezende Azevedo
9 anos atrás

Obrigado Azul!

Isabel Cristofoletti
Isabel Cristofoletti
9 anos atrás

Parece-me que não se trata de um privilégio do PT, mas mais a lógica dos sistemas ditos democráticos dos tempos modernos. Não fosse isso, não haveria programas leve-leite (lembra-se de quem reclama a autoria?), a reforma do Medicare, etc. Muita calma. As instituições precisam ser fortalecidas, os sistemas reformados, talvez um novo pacto social, mas como será isso? voto censitário? pois a fração mais pobre, segundo pesquisa recente, não acha que educação seja assunto dos mais importantes a ser provido pelo governo…

André Rezende Azevedo
9 anos atrás

Isabel, concordo com você parcialmente. Sim, não é uma prerrogativa do PT. O pensamento socialista e corporativista já vem sendo plantado há tempos no ocidente. O PT se diferencia, todavia, em institucionalizar por vias legais, essa dependência a seu favor, com o objetivo explícito de se manter indefinidamente no poder. E isso não vale apenas para o curral eleitoral mais pobre, mas também para as benesses dos sindicatos e UNE, bolsa BNDES para os empresários amigos e financiamento de países da América Latina que o apoiam, via caixa dois e dinheiro do narcotráfico. A única via que vejo para melhorar… Leia mais »

4
0
Por que não deixar seu comentário?x